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13/09/2005 - 12h55

Liberais e esquerdistas também lutam por espaço no governo alemão

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da Folha Online

Nas eleições legislativas alemãs, que ocorrem no próximo dia 18, os alemães terão a chance de escolher um novo chanceler [cargo equivalente a primeiro-ministro], em substituição a Gerhard Schröder, líder do Partido Social Democrata (SPD), que antecipou as eleições em um ano, após uma derrota esmagadora da sua legenda nas eleições regionais.

Schröder vai disputar as eleições com outros três candidatos: Angela Merkel, líder da União Democrata Cristã (CDU), e apontada como favorita a assumir a Chancelaria alemã; Guido Westerwelle, líder dos liberais de centro-direta; e a dupla esquerdista formada por Oskar Lafontaine e Gregor Gysi.

Veja quem são os líderes liberais e esquerdistas que concorrem nas próximas eleições:

Guido Westerwelle

Fritz Reiss/AP
Guido Westerwelle, líder do Partido Liberal
Líder do Partido Liberal alemão, Guido Westerwelle, 43, é considerado um dos melhores 'marqueteiros políticos' que o país já teve: conseguiu levantar o seu partido, em 2001, das sucessivas derrotas ocorridas durante seis anos e, aos poucos, têm trazido os liberais de volta ao poder: em 2004 conseguiram até mesmo garantir representação no Parlamento europeu.

O trabalho de Westerwelle, que resultou em uma reformulação da imagem dos liberais, começou em 1994, quando ele assumiu a secretaria-geral da legenda, e conseguiu tirar os liberais da posição de "integrantes de coalizão", que levavam sempre outros partidos e líderes ao poder.

Nas últimas eleições, ocorridas em 2002, Westerwelle se recusou a garantir uma coalizão partidária, o que permitiria ainda uma certa mobilidade dos liberais no Parlamento, caso eles obtivessem pouca representação por meio das urnas. Dessa vez, entretanto, o jovem político deve ficar ao lado de Merkel, e formar uma coalizão partidária com os democrata-cristãos.

Apesar do trabalho brilhante à frente do FDP, Westerwelle, segundo analistas políticos, poderia ter ido muito mais longe, se não tivesse envolvido, em 2002, Jürgen Möllemann, o então presidente do partido no Estado da Renânia do Norte-Vestfália, acusado de desviar dinheiro de campanha para fazer panfletos anti-semitas.

O escândalo culminou com a morte de Möllemann em um acidente de pára-quedas, no qual pairam suspeitas de que o político tenha cometido suicídio, e a perda da confiança de parte dos eleitores sobre o FDP, afirmam especialistas.

Esquerdistas

Michael Probst/AP
Gregor Gysi (esq.) e Oskar Lafontaine, da oposição
O Partido da Esquerda --uma aliança política nova, formada no início deste ano entre o Partido do Socialismo Democrático (PDS) --que traz a herança do antigo Partido da União Socialista da Alemanha (SED), a principal legenda da extinta Alemanha Oriental-- e o Partido do Trabalho e Justiça Social (Wasg).

A principal estrela política do PDS é Gregor Gysi, 57, que teve papel fundamental na transformação do SED, após a queda do Muro de Berlim, em 1989. Seus esforços políticos conquistaram a simpatia dos eleitores da antiga Alemanha Oriental, mas ele tem pouquíssima penetração na região onde antes havia a Alemanha Ocidental.

Um dos principais problemas enfrentados por Gysi são as acusações sobre seu envolvimento com a Stasi, a polícia política da antiga Alemanha Oriental. Segundo membros de organizações alemãs de direitos humanos, o político trabalhou para o Ministério de Segurança do Estado alemão, o que ele desmente.

A outra ponta da coalizão alemã, o Wasg, foi organizado pelo antigo líder do SPD, Oskar Lafontaine, em julho de 2004, e se tornou oficialmente um partido político em janeiro deste ano. A legenda complementa o PDS, porque é mais conhecida --e aceita-- no lado ocidental da Alemanha.

Lafontaine é ex-presidente do SPD, e com a eleição dos socialistas em 1998, ficou com o Ministério das Finanças, cargo do qual abdicou no ano seguinte. Em maio passado, se desligou formalmente do SPD e é considerado atualmente o maior rival político de Schröder.

Com Deutsche Welle

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