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14/09/2005 - 16h13

Al Qaeda mata 150 no Iraque e declara guerra a xiitas

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da Folha Online

Um pesado ataque reivindicado pela rede terrorista Al Qaeda marcou esta quarta-feira como um dos dias mais violentos no Iraque. Autoridades iraquiana registram um total de 150 mortos e 570 feridos após explosões coordenadas de 12 carros-bombas, além de ataques de grupos armados, todos ocorridos na capital Bagdá.

A Al Qaeda, em um comunicado divulgado na internet, disse que as ações desta quarta-feira foram levadas a cabo em retaliação às operações dos EUA na cidade de Tal Afar (norte), um bastião rebelde que tem sido atacado por forças da coalizão que tentam acabar com a insurgência local.

Ali Haider/EFE
Pessoas passam por área devastada por explosão de carro-bomba em Bagdá
Em outro comunicado, feito por meio de um gravação em áudio divulgada na internet, a Al Qaeda no Iraque declarou guerra aos muçulmanos xiitas. "A organização da Al Qaeda no Iraque declara guerra aos xiitas em todo o Iraque", diz a voz que supostamente seria do líder na rede no Iraque, Abu Musab al Zarqawi. A autenticidade da gravação não pôde ser verificada.

As explosões tiveram início nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira e se estenderam até o início da tarde [o Iraque está sete horas à frente do horário brasileiro].

220 kg

O primeiro --e mais mortífero-- ataque desta quarta-feira ocorreu quando um suicida lançou o carro-bomba que conduzia contra uma fila de centenas de pessoas que aguardavam para conseguir trabalho em Kadimiyah, região predominantemente xiita. De acordo com o Ministério iraquiano da Saúde, 112 pessoas morreram, e mais de 200 ficaram feridas.

De acordo com fontes do Ministério iraquiano do Interior, o suicida transportava em seu veículo 220 kg de explosivos.

A explosão em Kadhimiyah foi a ação individual mais mortífera desde 28 de fevereiro último, quando um ataque suicida contra recrutas que aguardavam para fazer exames médicos em frente a um posto da polícia foram alvo de um suicida que matou 125 pessoas em Hillah, cerca de 60 km ao sul de Bagdá.

Na seqüência, outros 12 carros-bomba explodiram em diferentes bairros de Bagdá, deixando rastros de sangue e destruição, depois de alguns dias relativamente calmos na capital iraquiana.

Ainda em Kadimiyah, cerca de mil pessoas morreram no mês passado em um tumulto ocorrido em uma ponte, provocado por rumores de que um homem-bomba ia se explodir no local.

Dois comboios militares americanos também foram atingidos por carros-bomba nesta quarta-feira, mas ainda não há informações oficiais sobre vítimas.

Assassinatos

Além dos carros-bomba, 17 corpos de homens com marcas de balas pelos corpos foram encontrados em um vilarejos de predominância sunita, no norte de Bagdá.

Homens armados usando uniformes militares cercaram um vilarejo ao norte do Iraque e assassinaram 17 pessoas, nesta quarta-feira.

O tenente da polícia Waleed al Hayali, de Taji --que fica a 15 quilômetros da capital Bagdá-- disse que os homens detiveram as vítimas após dar uma busca no local.

Eles tiveram suas mãos atadas às costas, foram colocadas vendas em seus olhos e os agressores mataram a todos com tiros na cabeça.

Entre os mortos está um policial e outros civis que trabalhavam como motoristas para empresas que prestam serviços ao Exército americano no Iraque, informou Al Hayali.

Morteiros

Ao menos duas pessoas morreram em 75 ficaram feridas nesta quarta-feira aos rebeldes terem lançado um ataque com morteiros contra um mercado no bairro Al Madaien, 25 km ao sul de Bagdá, de acordo com informações do Ministério do Interior.

Onze morteiros caíram dentro do mercado por volta das 12h (no horário de Brasília), que fica em um região habitada por sunitas e xiitas.

Com agências internacionais

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