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15/09/2005
-
10h58
da Folha Online
A Suprema Corte de Israel manteve nesta quinta-feira a legalidade da construção do muro de proteção na Cisjordânia, rejeitando uma ordem da Corte Internacional de Justiça de Haia (Holanda), que considera a construção uma "violação" aos direitos palestinos. Entretanto, o tribunal israelense ordenou que o traçado do muro fosse alterado em um de seus trechos.
O painel de nove juízes da Suprema Corte determinou que, em julho de 2004, quando os juízes de Haia trataram da questão do muro, a necessidade da manutenção da segurança dentro do território israelense "não foi considerada".
A decisão da corte israelense --a primeira desde a decisão de Haia-- determinou que o Ministério israelense da Defesa refaça o traçado do muro na região perto do assentamento judaico de Alfei Menash, onde moram 5.000 israelenses. Se construído conforme o plano, a barreira iria terminar isolando palestinos que moram em cinco vilarejos, na mesma região.
O governo de Israel diz que a barreira de 680 quilômetros que está sendo construída ao longo de todo o território ocupado pelos israelenses na Cisjordânia tem por objetivo a prevenção de ataques de grupos extremistas palestinos.
Mas autoridades palestinas dizem que o muro simplesmente barra a passagem dos palestinos e separam os moradores de vilarejos e fazendeiros das escolas, centros de trabalho e hospitais.
Resposta
O principal negociador palestino sobre a crise israelo-palestina, Saeb Erekat, disse nesta quinta-feira que "se Israel quer construir uma barreira, isso deveria ser feito dentro de seu próprio território, e não em terras árabes, capturadas em 1967 após a Guerra dos Seis Dias".
Durante a guerra, Israel tomou o controle da faixa de Gaza --devolvida nesta segunda-feira aos palestinos, após o fim do plano de retirada das colônias judaicas da região, da Cisjordânia, além do Sinai [devolvido aos egípcios nos anos 80], e das colinas do Golã, na Síria.
"Se [o muro] está sendo construído para a segurança de Israel, deve ser feito dentro das fronteiras estabelecidas em 1967 [antes da guerra]", afirmou Erekat.
A Suprema Corte israelense determinou, entretanto, que o fato de o muro ser construído além da fronteira --conhecida como linha verde, que determina o traçado do Estado de Israel até 1967, é "justificável", pois tem o objetivo de "proteger os cidadãos".
Com agências internacionais
Especial
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Israel desafia Tribunal de Haia e mantém muro na Cisjordânia
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A Suprema Corte de Israel manteve nesta quinta-feira a legalidade da construção do muro de proteção na Cisjordânia, rejeitando uma ordem da Corte Internacional de Justiça de Haia (Holanda), que considera a construção uma "violação" aos direitos palestinos. Entretanto, o tribunal israelense ordenou que o traçado do muro fosse alterado em um de seus trechos.
O painel de nove juízes da Suprema Corte determinou que, em julho de 2004, quando os juízes de Haia trataram da questão do muro, a necessidade da manutenção da segurança dentro do território israelense "não foi considerada".
A decisão da corte israelense --a primeira desde a decisão de Haia-- determinou que o Ministério israelense da Defesa refaça o traçado do muro na região perto do assentamento judaico de Alfei Menash, onde moram 5.000 israelenses. Se construído conforme o plano, a barreira iria terminar isolando palestinos que moram em cinco vilarejos, na mesma região.
O governo de Israel diz que a barreira de 680 quilômetros que está sendo construída ao longo de todo o território ocupado pelos israelenses na Cisjordânia tem por objetivo a prevenção de ataques de grupos extremistas palestinos.
Mas autoridades palestinas dizem que o muro simplesmente barra a passagem dos palestinos e separam os moradores de vilarejos e fazendeiros das escolas, centros de trabalho e hospitais.
Resposta
O principal negociador palestino sobre a crise israelo-palestina, Saeb Erekat, disse nesta quinta-feira que "se Israel quer construir uma barreira, isso deveria ser feito dentro de seu próprio território, e não em terras árabes, capturadas em 1967 após a Guerra dos Seis Dias".
Durante a guerra, Israel tomou o controle da faixa de Gaza --devolvida nesta segunda-feira aos palestinos, após o fim do plano de retirada das colônias judaicas da região, da Cisjordânia, além do Sinai [devolvido aos egípcios nos anos 80], e das colinas do Golã, na Síria.
"Se [o muro] está sendo construído para a segurança de Israel, deve ser feito dentro das fronteiras estabelecidas em 1967 [antes da guerra]", afirmou Erekat.
A Suprema Corte israelense determinou, entretanto, que o fato de o muro ser construído além da fronteira --conhecida como linha verde, que determina o traçado do Estado de Israel até 1967, é "justificável", pois tem o objetivo de "proteger os cidadãos".
Com agências internacionais
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