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15/09/2005 - 12h58

Indecisos viram alvo de Schröder e Merkel na Alemanha

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da France Presse, em Berlim

A três dias das eleições legislativas antecipadas alemãs, no próximo domingo (18), o chanceler social-democrata (SPD) Gerhard Schröder e sua rival democrata-cristã (CDU/CSU), Angela Merkel [conservadora], tentam conquistar o voto dos indecisos, estimados em cerca de 30% do eleitorado.

Na reta final, Merkel e Schröder aumentaram seus esforços nos últimos momentos da campanha eleitoral na luta para convencer com seus melhores argumentos os que ainda não se decidiram por um ou outro partido, e que deverão fazê-lo praticamente no domingo, diante das urnas.

"O fato de muita gente ainda não ter decidido sua escolha é decisivo", disse nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores Joschka Fischer, do Partido Verde, aliado do SPD no governo de Schröder.

Fischer espera superar o recorde de 8,6% dos votos alcançado em 2002 por seu partido.

"Este objetivo é alcançável, se nos comprometermos realmente e se não cedermos às especulações, quaisquer que sejam elas, sobre a eventual formação de coalizões após as eleições", disse Fischer em entrevista à imprensa alemã.

Pesquisas

As pesquisas são menos otimistas. Desde o começo da campanha, os Verdes estão estagnados em torno de 7%, o que somado aos recentes números do SPD [atualmente entre 33,5% e 34,5% das intenções de voto] não seria suficiente para manter a maioria atual.

São os democratas-cristãos (CDU/CSU) e sua candidata à Chancelaria, Merkel, que dominam as pesquisas com números que variam de 40,5% a 42% das intenções de voto, apesar de a coalizão ter se deparado com uma crise em suas fileiras nas últimas semanas.

O medo se espalhou entre seus membros agora diante da possibilidade de que não seja possível alcançar a maioria absoluta com seu aliado, o Partido Liberal (FDP), que nas pesquisas aparece com cerca de 6% de apoio entre o eleitorado.

Sem rejeitar totalmente a possibilidade de uma coalizão social-democratas/verdes/liberais, Fischer disse que esta alternativa "já foi rejeitada claramente pelo FDP e, por isso, não há porque continuar especulando sobre ela".

Revide

Os conservadores procuram revidar os ataques do SPD adicionando o nome do especialista em questões financeiras Friedrich Merz à equipe integrada pelo catedrático, além do especialista em assuntos fiscais Paul Kirchhof, apoiado pela ala católico-conservadora (Opus Dei) da CDU/CSU.

Na saída de um encontro com uma equipe de conselheiros, incluindo Kirchhof, Merkel afirmou que "nada mudou" em sua decisão de nomear o catedrático como ministro das Finanças em caso de vitória. Mas apoiou o "senhor das finanças" da CDU, Friedrich Merz, para que faça parte da equipe.

No entanto, a mudança prometida por Merkel divide os alemães. Segundo uma pesquisa do Instituto Forsa, uma pequena parte das pessoas interrogadas (51%) não pensa que tenha chegado o momento para uma substituição, e apenas 45% considera o contrário.

Uma grande coalizão só é desejada por 23% dos alemães, 35% deseja uma coalizão entre democratas-cristãos e liberais, e apenas 19% pretende que a atual aliança social-democrata/verde continue no governo.

O Instituto Allensbach por sua vez diz que os dois campos chegarão a um empate nas eleições.

"Uma grande coalizão conduziria a uma estagnação da Alemanha. Isto não vai ajudar realmente aos que não têm emprego", afirmou por sua vez o presidente da Confederação Alemã da Indústria (BDI), Jürgen Thumann.

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