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15/09/2005
-
15h24
da EFE, em Berlim
A extrema direita da Alemanha busca seus 15 minutos de fama nas eleições legislativas, ancorada em Franz Schönhuber, 82, [ex-SS, tropa de elite nazista], enquanto os políticos alemães se preocupam em atrair às urnas 2,6 milhões de jovens eleitores no próximo domingo (18).
No colégio eleitoral de Dresden, que votará 15 dias depois do resto do país, Schönhuber se apresentou nesta quinta-feira como candidato. Ele saiu dos bastidores e acrescentou seu nome às listas do Partido Nacional Democrático (NPD), representante dos neonazistas, oficialmente como independente.
Apesar de se considerar moderado na direita radical alemã, sua inclusão na campanha foi uma surpresa de última hora para a extrema direita. A agremiação não tem chance de obter cadeiras de acordo com as pesquisas de intenção de votos, mas ganhou relevância no reta final da campanha.
A morte de uma candidata do NPD motivou o adiamento da votação no distrito do Leste. Seus 219 mil eleitores podem ser os juizes destas eleições.
A preocupação dos demais partidos alemães, por sua vez, chegou aos jovens eleitores, que parecem mergulhados em apatia.
Para despertá-los, foram lançadas campanhas na internet e com celebridades como o piloto Heinz-Harald Frentzen, os jogadores de futebol Benny Lauth e Thomas Doll e as jogadoras de vôlei de praia Stephanie Pohl e Okka Rau, que, com representantes das artes e da cultura, afirmam em todas as esquinas: "Nós vamos votar, porque não votar significa votar nos radicais de extrema direita".
"Estou aqui para cumprir um dever nacional", disse Schönhuber, acrescentando que concorre sob o princípio da "prioridade nacional", apesar de admitir que não conhece profundamente o programa do NPD. "Chamar-me de velho nazista é uma difamação", acrescentou Schönhuber, que despertou interesse da mídia por sua "candidatura de última hora".
Schönhuber é fundador do partido Republicanos, uma cisão da União Social Cristã de Baviera (CSU) que chegou ao Parlamento Europeu sob sua liderança, em 1989.
O candidato se diz orgulhoso de representar Dresden, cidade onde estudou e que "é um monumento contra a guerra, "da mesmo categoria que Hiroshima, Guernica e Varsóvia'.
Afastado desde 1994, quando abandonou a chefia dos Republicanos, Schönhuber disse ter voltado 'em homenagem' a Kerstin Lorenz, que era candidata do NPD a um mandato direto e morreu após um comício.
Curiosamente, Schönhuber "recomendou" o voto para Gerhard Schröder como chanceler, já que um governo dessa "mulher insensata que é Angela Merkel" seria "uma catástrofe nacional", afirmou.
Desde o ano passado, quando o NPD entrou no Parlamento de Dresden, com 9,1%, sua estratégia é o boicote informativo, segundo um repórter da rádio pública. Não se sabe ainda se com o "líder" Schönhuber essa postura será mantida.
As peculiaridades desta campanha não se encerrarão nem mesmo em 18 de setembro, quando votarem os 61,7 milhões de eleitores de 298 distritos do país, nem em 2 de outubro, quando outros 219 mil votarão.
O Tribunal Constitucional rejeitou ontem os pedidos de vários cidadãos, que pretendiam impedir a publicação das apurações para evitar que Dresden votasse "com vantagem". Uma candidata independente, originária do Quirguistão, anunciou que impugnará retroativamente essa decisão.
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Extrema direita alemã busca "momento de fama" em eleições
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A extrema direita da Alemanha busca seus 15 minutos de fama nas eleições legislativas, ancorada em Franz Schönhuber, 82, [ex-SS, tropa de elite nazista], enquanto os políticos alemães se preocupam em atrair às urnas 2,6 milhões de jovens eleitores no próximo domingo (18).
No colégio eleitoral de Dresden, que votará 15 dias depois do resto do país, Schönhuber se apresentou nesta quinta-feira como candidato. Ele saiu dos bastidores e acrescentou seu nome às listas do Partido Nacional Democrático (NPD), representante dos neonazistas, oficialmente como independente.
Apesar de se considerar moderado na direita radical alemã, sua inclusão na campanha foi uma surpresa de última hora para a extrema direita. A agremiação não tem chance de obter cadeiras de acordo com as pesquisas de intenção de votos, mas ganhou relevância no reta final da campanha.
A morte de uma candidata do NPD motivou o adiamento da votação no distrito do Leste. Seus 219 mil eleitores podem ser os juizes destas eleições.
A preocupação dos demais partidos alemães, por sua vez, chegou aos jovens eleitores, que parecem mergulhados em apatia.
Para despertá-los, foram lançadas campanhas na internet e com celebridades como o piloto Heinz-Harald Frentzen, os jogadores de futebol Benny Lauth e Thomas Doll e as jogadoras de vôlei de praia Stephanie Pohl e Okka Rau, que, com representantes das artes e da cultura, afirmam em todas as esquinas: "Nós vamos votar, porque não votar significa votar nos radicais de extrema direita".
"Estou aqui para cumprir um dever nacional", disse Schönhuber, acrescentando que concorre sob o princípio da "prioridade nacional", apesar de admitir que não conhece profundamente o programa do NPD. "Chamar-me de velho nazista é uma difamação", acrescentou Schönhuber, que despertou interesse da mídia por sua "candidatura de última hora".
Schönhuber é fundador do partido Republicanos, uma cisão da União Social Cristã de Baviera (CSU) que chegou ao Parlamento Europeu sob sua liderança, em 1989.
O candidato se diz orgulhoso de representar Dresden, cidade onde estudou e que "é um monumento contra a guerra, "da mesmo categoria que Hiroshima, Guernica e Varsóvia'.
Afastado desde 1994, quando abandonou a chefia dos Republicanos, Schönhuber disse ter voltado 'em homenagem' a Kerstin Lorenz, que era candidata do NPD a um mandato direto e morreu após um comício.
Curiosamente, Schönhuber "recomendou" o voto para Gerhard Schröder como chanceler, já que um governo dessa "mulher insensata que é Angela Merkel" seria "uma catástrofe nacional", afirmou.
Desde o ano passado, quando o NPD entrou no Parlamento de Dresden, com 9,1%, sua estratégia é o boicote informativo, segundo um repórter da rádio pública. Não se sabe ainda se com o "líder" Schönhuber essa postura será mantida.
As peculiaridades desta campanha não se encerrarão nem mesmo em 18 de setembro, quando votarem os 61,7 milhões de eleitores de 298 distritos do país, nem em 2 de outubro, quando outros 219 mil votarão.
O Tribunal Constitucional rejeitou ontem os pedidos de vários cidadãos, que pretendiam impedir a publicação das apurações para evitar que Dresden votasse "com vantagem". Uma candidata independente, originária do Quirguistão, anunciou que impugnará retroativamente essa decisão.
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