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15/09/2005 - 21h50

Presidente venezuelano acusa Washington de fazer "terrorismo de Estado"

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da EFE

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou Washington hoje, nas Nações Unidas, de proteger terroristas e exercer um "verdadeiro terrorismo de Estado".

Em entrevista coletiva, após discursar na Cúpula Mundial de 2005, o líder venezuelano denunciou que os Estados Unidos têm um "duplo discurso" em relação ao terrorismo, pois dizem combatê-lo, mas também o praticam.

Chávez deu como exemplo a "guerra ilegal e imoral" do Iraque, assim como a proteção que o Governo americano concede a supostos terroristas, como o dissidente cubano Luis Posadas Carriles, que tem nacionalidade venezuelana e cuja extradição foi pedida por Caracas.

"Algumas das coisas que alguns governos fazem com o maior descaramento é o duplo discurso sobre o terrorismo. Por um lado dizem combatê-lo, mas por outro, o praticam", disse o presidente.

Chávez considera que a invasão da cidade iraquiana de Fallujah foi um verdadeiro ato terrorista, pois houve o uso de napalm e substâncias químicas.

O mesmo ocorre, disse Chávez, com a resistência dos EUA em conceder a extradição de Posada Carriles, "que foi condenado por um atentado contra um avião cubano em 1976", no qual morreram 73 pessoas, e a quem Chávez considerou "pai de todos os terroristas do continente".

Assassinato

Chavéz criticou também o televangelista americano Pat Robertson, da "extrema direita republicana e assessor da Casa Branca, e que pediu meu assassinato na televisão. Este homem deveria estar preso, porque sugerir o assassinato de alguém é terrorismo. Mas o governo o protege".

Os Estados Unidos, disse o presidente da Venezuela, é 'um Estado terrorista que viola todas as disposições de forma descarada'.

Sobre as perguntas de uma jornalista, Chávez esclareceu que não julga o povo americano, pelo qual tem um 'grande respeito' e que considera uma 'vítima' do Governo dos EUA.

Katrina

O presidente venezuelano também criticou a atuação do Governo de Bush em relação ao desastre causado pelo furacão Katrina, pois abandonou os mais desfavorecidos no sudeste dos EUA.

Chávez também criticou a falta de sensibilidade ambiental e o desperdício de energia dos Estados Unidos, um país que, "só com 5% da população mundial, consome 25% da produção de petróleo."

"O mundo não agüenta este modelo de desenvolvimento econômico. É um claro ataque ao meio ambiente, que provoca o derretimento do Ártico e o aquecimento do planeta", afirmou.

Por cauda deste desperdício de energia, Chávez advertiu que os altos preços do petróleo continuarão, fundamentalmente porque a maioria dos países da Organização de Exportadores de Petróleo (Opep) está em sua máxima capacidade de produção.

Especial
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