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16/09/2005
-
13h11
da Folha Online
Mais de 200 pessoas morreram e aproximadamente 600 ficaram feridas no Iraque nos últimos três dias, marcados pela declaração de guerra feita supostamente pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, que lidera a Al Qaeda no Iraque. No último episódio de violência, ocorrido nesta sexta-feira, a explosão de um carro-bomba matou 12 pessoas e feriu outras 20 no norte do país.
Ataques de grupos armados na região de Bagdá mataram outras 15 pessoas nesta sexta-feira.
Rebeldes sunitas usam a violência para pressionar a saída de soldados americanos do Iraque e atacar os xiitas, facção religiosa que é maioria --mas era oprimida durante o regime do ex-ditador Saddam Hussein, sunita-- e que chegou ao poder nas eleições realizadas em 30 de janeiro último.
A onda de violência foi iniciada na quarta-feira (14), quando 12 carros-bomba explodiram em Bagdá, matando 170 pessoas. As ações foram reivindicadas por Al Zarqawi. Os ataques continuaram ontem, deixando 35 mortos.
Guerra civil
O aumento da violência pode levar a uma eclosão da guerra civil no país mas, líderes religiosos sunitas e xiitas pediram, durante as orações desta sexta-feira para que os atentados sejam interrompidos.
Zarqawi, em seu suposto comunicado divulgado nesta quarta-feira, disse que os ataques eram uma "retaliação" à ação americana na cidade de Tal Afar, (norte), um bastião rebelde que tem sido atacado por forças da coalizão que tentam acabar com a insurgência local.
Apesar disso, soldados americanos continuam a operação na região onde, segundo o governo americano, 500 supostos insurgentes foram mortos.
Mortes
Em um dos primeiros ataques ocorridos nesta sexta-feira, um suicida detonou um carro-bomba na mesquita de Hussainiyat Al Rasoul Al Azam, em Tuz Khormato (210 km ao norte de Bagdá), matando 12 pessoas.
Logo depois, a polícia capturou um jovem que trazia, sob suas roupas, um cinto cheio de explosivos. Ele ia em direção a uma segunda mesquita na mesma cidade. O suicida se identificou como sendo Muhammed Ali, cidadão de origem saudita.
Logo pela manhã desta sexta-feira [o fuso horário é de sete horas a mais no Iraque] agressores abriram fogo contra trabalhadores na capital, matando três pessoas.
Outro carro-bomba explodiu na cidade de Haswa, perto de Bagdá, matando outros três policiais e ferindo outros quatro, informou a polícia.
Em Iskandariyah, 50 quilômetros ao sul da capital, agressores entraram na casa de um funcionário da Prefeitura local e o assassinaram a tiros, junto a quatro seguranças.
No distrito de Sadr City --reduto xiita da capital-- rebeldes mataram o xeque Fadil Al Lami, clérigo de uma mesquita local, quando ele abastecia seu carro em um posto de gasolina. A polícia descobriu também três corpos nessa mesma região --um deles era de um soldado iraquiano.
Com agências internacionais
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Mais de 200 pessoas morreram e aproximadamente 600 ficaram feridas no Iraque nos últimos três dias, marcados pela declaração de guerra feita supostamente pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, que lidera a Al Qaeda no Iraque. No último episódio de violência, ocorrido nesta sexta-feira, a explosão de um carro-bomba matou 12 pessoas e feriu outras 20 no norte do país.
Ataques de grupos armados na região de Bagdá mataram outras 15 pessoas nesta sexta-feira.
Rebeldes sunitas usam a violência para pressionar a saída de soldados americanos do Iraque e atacar os xiitas, facção religiosa que é maioria --mas era oprimida durante o regime do ex-ditador Saddam Hussein, sunita-- e que chegou ao poder nas eleições realizadas em 30 de janeiro último.
A onda de violência foi iniciada na quarta-feira (14), quando 12 carros-bomba explodiram em Bagdá, matando 170 pessoas. As ações foram reivindicadas por Al Zarqawi. Os ataques continuaram ontem, deixando 35 mortos.
Guerra civil
O aumento da violência pode levar a uma eclosão da guerra civil no país mas, líderes religiosos sunitas e xiitas pediram, durante as orações desta sexta-feira para que os atentados sejam interrompidos.
Zarqawi, em seu suposto comunicado divulgado nesta quarta-feira, disse que os ataques eram uma "retaliação" à ação americana na cidade de Tal Afar, (norte), um bastião rebelde que tem sido atacado por forças da coalizão que tentam acabar com a insurgência local.
Apesar disso, soldados americanos continuam a operação na região onde, segundo o governo americano, 500 supostos insurgentes foram mortos.
Mortes
Em um dos primeiros ataques ocorridos nesta sexta-feira, um suicida detonou um carro-bomba na mesquita de Hussainiyat Al Rasoul Al Azam, em Tuz Khormato (210 km ao norte de Bagdá), matando 12 pessoas.
Logo depois, a polícia capturou um jovem que trazia, sob suas roupas, um cinto cheio de explosivos. Ele ia em direção a uma segunda mesquita na mesma cidade. O suicida se identificou como sendo Muhammed Ali, cidadão de origem saudita.
Logo pela manhã desta sexta-feira [o fuso horário é de sete horas a mais no Iraque] agressores abriram fogo contra trabalhadores na capital, matando três pessoas.
Outro carro-bomba explodiu na cidade de Haswa, perto de Bagdá, matando outros três policiais e ferindo outros quatro, informou a polícia.
Em Iskandariyah, 50 quilômetros ao sul da capital, agressores entraram na casa de um funcionário da Prefeitura local e o assassinaram a tiros, junto a quatro seguranças.
No distrito de Sadr City --reduto xiita da capital-- rebeldes mataram o xeque Fadil Al Lami, clérigo de uma mesquita local, quando ele abastecia seu carro em um posto de gasolina. A polícia descobriu também três corpos nessa mesma região --um deles era de um soldado iraquiano.
Com agências internacionais
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