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19/09/2005
-
01h21
da France Presse, em Berlim
Os eleitores alemães mandaram um recado nas urnas e puniram duramente a democrata cristã (CDU-CSU) Angela Merkel nas eleições legislativas deste domingo, apesar de a coalizão liderada pela candidata ter vencido por uma apertada margem, avalia a imprensa alemã nas edições desta segunda-feira.
"Este resultado é um fracasso para as Uniões Cristãs e sua candidata à chancelaria (Merkel)", afirma o jornal conservador alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung". "Ninguém pensou que as Uniões Cristãs estariam longe de seu resultado em 2002", acrescenta o jornal.
A CDU-CSU terá 225 cadeiras, contra 222 do Partido Socialdemocrata (SPD) do chanceler Gerhard Schroeder, segundo dados oficiais provisórios divulgados pela Comissão Eleitoral. Em relação ao número de votos, a CDU-CSU obteve 35,2% (38,5%, em 2002), contra os 34,3% do SPD (38,5%, em 2002), de acordo com a mesma fonte.
A "mulher do leste (...) obteve claramente menos votos" que o rival de Schroeder em 2002, o presidente da União Social Cristã (CSU), Edmund Stoiber, ressalta o jornal popular "Bild".
"Merkel ganhou e, apesar disso, perdeu", acrescenta o jornal mais lido no país, evocando a "derrota amarga" desta que aspira a ser a primeira mulher chanceler da Alemanha.
O leste da Alemanha "puniu uma candidata à chancelaria originária de um Estado do ex-bloco comunista", comenta o jornal regional "Leipziger Volkszeitung", com sede na ex-RDA.
"O futuro pessoal de Merkel é incerto", opina, por sua vez, o "Westdeutsche Allgemeine Zeitung", o segundo maior jornal alemão, acrescentando que "uma semana turbulenta espera pela CDU, na qual quase todo mundo vai ser revisto, inclusive o lugar de Merkel".
"Pode-se, de forma legítima, questionar se um governo formado em condições tão incertas poderá durar quatro anos", destaca o jornal de centro direita "Frankfurter Rundschau".
A vitória do partido de Merkel não leva a candidata à chancelaria, já que não conseguiu a maioria necessária. O Bundestag (Parlamento federal) contará com um total de 613 cadeiras, sendo preciso obter 307 para atingir a maioria absoluta da Casa.
Agora, ambos os candidatos terão de negociar com outras forças políticas para tentar formar uma coalizão estável no Parlamento.
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"Este resultado é um fracasso para as Uniões Cristãs e sua candidata à chancelaria (Merkel)", afirma o jornal conservador alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung". "Ninguém pensou que as Uniões Cristãs estariam longe de seu resultado em 2002", acrescenta o jornal.
A CDU-CSU terá 225 cadeiras, contra 222 do Partido Socialdemocrata (SPD) do chanceler Gerhard Schroeder, segundo dados oficiais provisórios divulgados pela Comissão Eleitoral. Em relação ao número de votos, a CDU-CSU obteve 35,2% (38,5%, em 2002), contra os 34,3% do SPD (38,5%, em 2002), de acordo com a mesma fonte.
A "mulher do leste (...) obteve claramente menos votos" que o rival de Schroeder em 2002, o presidente da União Social Cristã (CSU), Edmund Stoiber, ressalta o jornal popular "Bild".
"Merkel ganhou e, apesar disso, perdeu", acrescenta o jornal mais lido no país, evocando a "derrota amarga" desta que aspira a ser a primeira mulher chanceler da Alemanha.
O leste da Alemanha "puniu uma candidata à chancelaria originária de um Estado do ex-bloco comunista", comenta o jornal regional "Leipziger Volkszeitung", com sede na ex-RDA.
"O futuro pessoal de Merkel é incerto", opina, por sua vez, o "Westdeutsche Allgemeine Zeitung", o segundo maior jornal alemão, acrescentando que "uma semana turbulenta espera pela CDU, na qual quase todo mundo vai ser revisto, inclusive o lugar de Merkel".
"Pode-se, de forma legítima, questionar se um governo formado em condições tão incertas poderá durar quatro anos", destaca o jornal de centro direita "Frankfurter Rundschau".
A vitória do partido de Merkel não leva a candidata à chancelaria, já que não conseguiu a maioria necessária. O Bundestag (Parlamento federal) contará com um total de 613 cadeiras, sendo preciso obter 307 para atingir a maioria absoluta da Casa.
Agora, ambos os candidatos terão de negociar com outras forças políticas para tentar formar uma coalizão estável no Parlamento.
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