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19/09/2005
-
08h03
da EFE, em Londres
da Folha Online
Ao menos US$ 1 bilhão --destinado ao treinamento e compra de equipamentos ao soldados do Exército do Iraque-- sumiu dos cofres do Ministério da Defesa do país, em "um dos maiores roubos da história", publicou, nesta segunda-feira, o jornal britânico "The Independent".
De acordo com o jornal, a fraude ocorreu entre os meses de junho de 2004 e fevereiro desse ano, quando o país esteve sob o governo de Iyad Allawi, que exercia o cargo de primeiro-ministro interino. Os ministros desse governo foram indicados pelo enviado americano Robert Blackwell, e o funcionário da ONU (Organização das Nações Unidas), Lakhdar Brahimi.
O roubo desse dinheiro que, segundo o jornal, foi cuidadosamente planejado, deixou o Exército iraquiano com armamento "que parecem peças de museu" --afirma o "Independent"-- para enfrentar uma insurgência que cresce no país.
Na semana passada, o líder da Al Qaeda no Iraque, o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, ligado a Osama bin Laden, declarou guerra a xiitas no Iraque e reivindicou uma série de atentados ocorrida na quarta-feira (14), que mataram ao menos 170 pessoas. Os conflitos prosseguiram até o final da semana passada, mais de 200 pessoas foram mortas.
Fraude
Em entrevista ao jornal, o ministro iraquiano das Finanças, Ali Allawi, afirmou que "trata-se possivelmente de um dos maiores roubos da história. Desapareceram grandes quantidades de dinheiro, e em troca só obtivemos ferro velho".
Inicialmente se estimou a soma 'desaparecida' do Ministério da Defesa em US$ 300 milhões, depois se falou em 500 milhões e atualmente se considera que se trata de US$ 1 bilhão.
Segundo Allawi, outros US$ 500 ou 600 milhões desapareceram dos Ministérios de Eletricidade, Transportes, Interior e outros, o que explica, para o ministro, por que a provisão de eletricidade foi tão deficiente em Bagdá desde a queda de Saddam Hussein há 29 meses.
A maior parte do dinheiro que sumiu no Ministério da Defesa foi gasto supostamente na aquisição de armas da Polônia e Afeganistão. O dinheiro foi pago adiantado --ao contrário do costume do país-- e saiu rapidamente da conta do Ministério da Defesa no banco central iraquiano.
O equipamento militar comprado na Polônia inclui helicópteros com mais de 28 anos que, segundo os fabricantes, deveriam ter se transformado em ferro velho após 25 anos de serviço.
Os carros blindados que o Iraque comprou foram tão mal-fabricados que uma bala de uma velha metralhadora AK-47 podia perfurá-los, afirma o jornal.
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Iraque gastou US$ 1 bilhão na "compra de armamento inútil", diz jornal
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da Folha Online
Ao menos US$ 1 bilhão --destinado ao treinamento e compra de equipamentos ao soldados do Exército do Iraque-- sumiu dos cofres do Ministério da Defesa do país, em "um dos maiores roubos da história", publicou, nesta segunda-feira, o jornal britânico "The Independent".
De acordo com o jornal, a fraude ocorreu entre os meses de junho de 2004 e fevereiro desse ano, quando o país esteve sob o governo de Iyad Allawi, que exercia o cargo de primeiro-ministro interino. Os ministros desse governo foram indicados pelo enviado americano Robert Blackwell, e o funcionário da ONU (Organização das Nações Unidas), Lakhdar Brahimi.
O roubo desse dinheiro que, segundo o jornal, foi cuidadosamente planejado, deixou o Exército iraquiano com armamento "que parecem peças de museu" --afirma o "Independent"-- para enfrentar uma insurgência que cresce no país.
Na semana passada, o líder da Al Qaeda no Iraque, o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, ligado a Osama bin Laden, declarou guerra a xiitas no Iraque e reivindicou uma série de atentados ocorrida na quarta-feira (14), que mataram ao menos 170 pessoas. Os conflitos prosseguiram até o final da semana passada, mais de 200 pessoas foram mortas.
Fraude
Em entrevista ao jornal, o ministro iraquiano das Finanças, Ali Allawi, afirmou que "trata-se possivelmente de um dos maiores roubos da história. Desapareceram grandes quantidades de dinheiro, e em troca só obtivemos ferro velho".
Inicialmente se estimou a soma 'desaparecida' do Ministério da Defesa em US$ 300 milhões, depois se falou em 500 milhões e atualmente se considera que se trata de US$ 1 bilhão.
Segundo Allawi, outros US$ 500 ou 600 milhões desapareceram dos Ministérios de Eletricidade, Transportes, Interior e outros, o que explica, para o ministro, por que a provisão de eletricidade foi tão deficiente em Bagdá desde a queda de Saddam Hussein há 29 meses.
A maior parte do dinheiro que sumiu no Ministério da Defesa foi gasto supostamente na aquisição de armas da Polônia e Afeganistão. O dinheiro foi pago adiantado --ao contrário do costume do país-- e saiu rapidamente da conta do Ministério da Defesa no banco central iraquiano.
O equipamento militar comprado na Polônia inclui helicópteros com mais de 28 anos que, segundo os fabricantes, deveriam ter se transformado em ferro velho após 25 anos de serviço.
Os carros blindados que o Iraque comprou foram tão mal-fabricados que uma bala de uma velha metralhadora AK-47 podia perfurá-los, afirma o jornal.
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