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25/09/2005
-
17h31
da Folha Online
O grupo extremista palestino Hamas anunciou neste domingo o fim dos ataques de foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra Israel, após uma ofensiva do Exército israelense na faixa de Gaza.
A ofensiva teve início neste sábado, em resposta ao lançamento de foguetes contra alvos israelenses. Autoridades afirmaram que a ofensiva --que inclui ataques aéreos e uma incursão terrestre-- continuará até que os ataques com foguetes tenham fim.
O Hamas lançou 40 foguetes Qassam contra a cidade de Sderot, em Negev, ferindo seis israelenses, de acordo com o Exército. A ação motivou três ataques aéreos israelenses ao norte de Gaza neste sábado, que mataram quatro membros do Hamas e feriram outras nove pessoas.
Neste domingo, o premiê israelense, Ariel Sharon, afirmou ter ordenado às forças de segurança de Israel que utilizem "todas os meios possíveis" para dar fim aos ataques de militantes palestinos.
Operação
Na noite deste sábado e na manhã deste domingo, o Exército israelense realizou uma ampla operação na faixa de Gaza e na Cisjordânia. Um total de 207 militantes do Hamas e do Jihad Islâmico foram presos--entre eles, os líderes do Hamas Sheikh Hassan Youssef, Sheikh Fathi al Karawi e Mohammed Ghazal.
"Eu ordenei que não houvesse nenhuma limitação, que fossem usado todos os meios para atingir os terroristas, seus equipamentos e seus esconderijos", afirmou Sharon neste domingo, ao final da reunião semanal de gabinete. "A ordem é inequívoca."
A operação militar deste final de semana em Gaza foi a maior desde que Sharon e o líder palestino, Mahmoud Abbas, selaram um acordo verbal de cessar-fogo, em fevereiro. O acordo abriu o caminho para a retirada israelense de Gaza, em agosto último.
Reunião
As operações militares na Cisjordânia -- que aconteceram nas cidades de Hebron, Belém, Jenin, Qalqilya, Ramallah, Tulkarem e Nablus-- e em Gaza aconteceram depois que o gabinete de segurança aprovou, neste sábado, o uso de artilharia para deter o lançamento de foguetes.
A ação também previa o assassinato de líderes do Hamas e a continuidade dos ataques aéreos iniciados no sábado.
"Nós temos que atacar os alvos sem piedade, porque este é um teste importante", afirmou o ministro da Saúde israelense, Danny Naveh.
"Os palestinos acham que estamos enfraquecidos e que a retirada de Gaza foi resultado de violência e terrorismo. Nós deixamos Gaza e o terrorismo continua. Se não houver uma resposta firme e clara, a violência continuará por muitos anos."
Jihad Islâmico
Também neste domingo, o Jihad Islâmico anunciou o fim do cessar-fogo com Israel depois que um ataque aéreo israelense matou um alto militante do grupo na faixa de Gaza.
O ataque atingiu um veículo Mercedes que transportava Mohammed Khalil -- líder do Jihad Islâmico no sul de Gaza, de acordo com o porta-voz do grupo, conhecido como Abu Abdullah. O vice de Khalil também foi morto, e outras quatro pessoas ficaram feridas.
Uma porta-voz do Exército confirmou que Israel realizou um ataque aéreo em Gaza, mas não forneceu maiores detalhes.
O Jihad Islâmico afirmou que haverá retaliação e seus membros disseram que irão abandonar o cessar-fogo vigente desde fevereiro.
"Não há discussão sobre trégua, há espaço apenas para guerra", afirmou Mohammed al Hindi, líder do grupo em Gaza e na Cisjordânia. "Sharon deu fim à trégua ao dar início a esta escalada de violência em Gaza e na Cisjordânia," acrescentou.
A violência cresceu na região na sexta-feira (23), após a explosão de um caminhão durante uma passeata do Hamas. A ação matou 19 pessoas e feriu 85. Líderes palestinos afirmaram que a causa da explosão foi o manuseio inadequado de explosivos de militantes.
O Hamas, no entanto, responsabilizou Israel pela ação, afirmando que aviões israelenses lançaram mísseis contra os participantes.
Com "Haaretz"
Especial
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Hamas anuncia fim do lançamento de foguetes contra Israel
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O grupo extremista palestino Hamas anunciou neste domingo o fim dos ataques de foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra Israel, após uma ofensiva do Exército israelense na faixa de Gaza.
A ofensiva teve início neste sábado, em resposta ao lançamento de foguetes contra alvos israelenses. Autoridades afirmaram que a ofensiva --que inclui ataques aéreos e uma incursão terrestre-- continuará até que os ataques com foguetes tenham fim.
O Hamas lançou 40 foguetes Qassam contra a cidade de Sderot, em Negev, ferindo seis israelenses, de acordo com o Exército. A ação motivou três ataques aéreos israelenses ao norte de Gaza neste sábado, que mataram quatro membros do Hamas e feriram outras nove pessoas.
Neste domingo, o premiê israelense, Ariel Sharon, afirmou ter ordenado às forças de segurança de Israel que utilizem "todas os meios possíveis" para dar fim aos ataques de militantes palestinos.
Operação
Na noite deste sábado e na manhã deste domingo, o Exército israelense realizou uma ampla operação na faixa de Gaza e na Cisjordânia. Um total de 207 militantes do Hamas e do Jihad Islâmico foram presos--entre eles, os líderes do Hamas Sheikh Hassan Youssef, Sheikh Fathi al Karawi e Mohammed Ghazal.
"Eu ordenei que não houvesse nenhuma limitação, que fossem usado todos os meios para atingir os terroristas, seus equipamentos e seus esconderijos", afirmou Sharon neste domingo, ao final da reunião semanal de gabinete. "A ordem é inequívoca."
A operação militar deste final de semana em Gaza foi a maior desde que Sharon e o líder palestino, Mahmoud Abbas, selaram um acordo verbal de cessar-fogo, em fevereiro. O acordo abriu o caminho para a retirada israelense de Gaza, em agosto último.
Reunião
As operações militares na Cisjordânia -- que aconteceram nas cidades de Hebron, Belém, Jenin, Qalqilya, Ramallah, Tulkarem e Nablus-- e em Gaza aconteceram depois que o gabinete de segurança aprovou, neste sábado, o uso de artilharia para deter o lançamento de foguetes.
A ação também previa o assassinato de líderes do Hamas e a continuidade dos ataques aéreos iniciados no sábado.
"Nós temos que atacar os alvos sem piedade, porque este é um teste importante", afirmou o ministro da Saúde israelense, Danny Naveh.
"Os palestinos acham que estamos enfraquecidos e que a retirada de Gaza foi resultado de violência e terrorismo. Nós deixamos Gaza e o terrorismo continua. Se não houver uma resposta firme e clara, a violência continuará por muitos anos."
Jihad Islâmico
Também neste domingo, o Jihad Islâmico anunciou o fim do cessar-fogo com Israel depois que um ataque aéreo israelense matou um alto militante do grupo na faixa de Gaza.
O ataque atingiu um veículo Mercedes que transportava Mohammed Khalil -- líder do Jihad Islâmico no sul de Gaza, de acordo com o porta-voz do grupo, conhecido como Abu Abdullah. O vice de Khalil também foi morto, e outras quatro pessoas ficaram feridas.
Uma porta-voz do Exército confirmou que Israel realizou um ataque aéreo em Gaza, mas não forneceu maiores detalhes.
O Jihad Islâmico afirmou que haverá retaliação e seus membros disseram que irão abandonar o cessar-fogo vigente desde fevereiro.
"Não há discussão sobre trégua, há espaço apenas para guerra", afirmou Mohammed al Hindi, líder do grupo em Gaza e na Cisjordânia. "Sharon deu fim à trégua ao dar início a esta escalada de violência em Gaza e na Cisjordânia," acrescentou.
A violência cresceu na região na sexta-feira (23), após a explosão de um caminhão durante uma passeata do Hamas. A ação matou 19 pessoas e feriu 85. Líderes palestinos afirmaram que a causa da explosão foi o manuseio inadequado de explosivos de militantes.
O Hamas, no entanto, responsabilizou Israel pela ação, afirmando que aviões israelenses lançaram mísseis contra os participantes.
Com "Haaretz"
Especial
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