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26/09/2005 - 21h10

Soldado americana é condenada por torturar iraquianos em Abu Ghraib

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da Efe

A soldado americana Lynndie England foi hoje declarada culpada de seis das sete acusações apresentadas contra ela por torturas a prisioneiros da prisão iraquiana de Abu Ghraib.

No julgamento militar realizado em Fort Hood (Texas), England, 22, foi declarada inocente apenas da acusação de conspiração. A sentença do caso-- que pode fazer England passar até dez anos presa-- será anunciada ainda nesta semana.

O júri, formado por cinco militares, levou apenas duas horas para chegar ao veredicto.

A soldado se transformou no símbolo dos abusos contra os prisioneiros de Abu Ghraib quando foram divulgadas fotos nas quais ela sorria ao expor os genitais de um dos presos e ao segurar outro por uma corrente no pescoço, fazendo-o caminhar de quatro.

Defesa

Os advogados de England alegaram que a soldado participou das torturas devido à sua pouca inteligência e ao fato de ter problemas de personalidade que a tornam uma mulher excessivamente obediente.

O capitão Jonathan Crisp, responsável por sua defesa, alegou que England, uma antiga empregada de uma fábrica de frangos, se viu impelida a agradar seu namorado, o então sargento Charles Graner-- suposto líder do grupo de torturadores.

Graner, que cumpre pena de 10 anos de prisão, é o pai do filho de England, que nasceu enquanto ela aguardava o julgamento.

Humor

Em sua declaração final, o promotor encarregado do caso, o capitão Chris Graveline, alegou que England participou dos atos porque se divertia e que seu senso do humor é "perverso".

O caso de England é o último de uma série de outros levados a julgamento envolvendo soldados de baixa patente em situações semelhantes.

Militares de alta patente também foram repreendidos pelos abusos em Abu Ghraib.

Desde então, aumentaram as denúncias de maus-tratos das forças americanas em relação a presos em lugares como o Afeganistão e a base naval de Guantánamo, em Cuba.

Especial
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