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27/09/2005 - 17h55

Exército israelense lança quatro mísseis na faixa de Gaza

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da Folha Online

O Exército israelense lançou quatro mísseis em campos abertos da faixa de Gaza nesta terça-feira, pela primeira vez desde a retirada de Gaza, no final de agosto. Não houve relato de feridos.

A ofensiva israelense aconteceu depois que militantes palestinos lançaram dois foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra a região de Negev e a cidade de Sderot, sem deixar vítimas nem prejuízos.

Pouco antes dos ataques com foguetes, o líder do grupo extremista palestino Hamas, Mohammed al Hindi, se reuniu com líderes palestinos. A reunião ocorreu após uma extensa ofensiva israelense contra militantes, em resposta aos ataques com foguetes contra cidades israelenses no final de semana.

De acordo com Al Hindi, os líderes palestinos o informaram que a ofensiva israelense deve ter fim em breve. "Quando isto acontecerm, suspenderemos os ataques com foguetes", afirmou.

Trégua

Também nesta terça-feira, o líder do Jihad Islâmico, Khaled al Batsh, anunciou que seu grupo e outras facções militantes reiteravam o compromisso com o cessar-fogo, após dias de ataques aéreos israelenses, em retaliação a ataques palestinos da faixa de Gaza.

"Nós renovamos nosso compromisso com a calma, com a condição de que Israel pare com as agressões contra nosso povo", afirmou al Batsh, após um encontro entre líderes militantes em Gaza.

O anúncio do Jihad Islâmico acontece dois dias depois que o líder do Hamas na faixa de Gaza, Mahmoud Zahar, declarou a suspensão dos ataques contra Israel.

Nos últimos dias, o Exército israelense retomou os ataques aéreos contra líderes militantes, matando dois altos membros do Jihad Islâmico.

Quase 300 supostos militantes foram presos nos últimos dois dias em Gaza e na Cisjordânia. Nesta terça-feira, 82 supostos militantes do Hamas foram presos na Cisjordânia.

O episódio de violência entre palestinos e israelenses eclodiu após uma explosão em uma festa do Hamas, que deixou 19 mortos, na sexta-feira (23).

Críticas

O ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, afirmou nesta terça-feira que não está satisfeito com o compromisso do Hamas, horas depois que o grupo militantes assumiu a responsabilidade pelo seqüestro e assassinato de Sasson Nuriel, 55, natural de Jerusalém e encontrado morto ontem.

"As palavras de Mahmoud Zahar não me satisfazem", afirmou Mofaz, acrescentando que os ataques não cessaram e que deseja que outros líderes do Hamas dêem as mesmas declarações.

"O Hamas cometeu um ato imperdoável, e nós temos que ditar as regras do novo jogo", afirmou Mofaz à rádio militar. "Nós não deixaremos este ato passar em branco. O Hamas precisa saber que Israel irá agira para proteger seus cidadãos.'

Em um comunicado, o Hamas assumiu a responsabilidade pelo seqüestro de Nuriel, que foi identificado como agente do Shin Bet (serviço secreto israelense). O seqüestro teria ocorrido na quarta-feira, com a intenção de forçar a libertação de prisioneiros palestinos sob a custódia de Israel.

No entanto, de acordo com o comunicado, após a série de prisões contra militantes na Cisjordânia, o grupo decidiu matar o agente.

Vídeo

O grupo militante divulgou um vídeo nesta terça-feira que mostra Nuriel com os olhos vendados e as mãos amarradas, pedindo que os prisioneiros palestinos fossem soltos. "Soltem os garotos na prisão", ele diz no vídeo.

Nuriel aparece sentado em frente a uma bandeira islâmica verde freqüentemente usada pelo Hamas. Sobre suas pernas, aparece um documento que parece ser sua carteira de motorista.

O seqüestro e a divulgação do vídeo parece indicar a adoção de uma nova tática por parte dos militantes em sua luta contra Israel.

Com agências internacionais

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