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30/09/2005
-
15h05
da Efe, em Berlim
O chanceler Gerhard Schröder, do Partido Social Democrata Alemão (SPD) e a líder da oposição Angela Merkel, da União Democrata-Cristã (CDU), intensificaram nesta sexta-feira as pressões mútuas para ocupar a chefia do Governo em uma "grande coalizão".
Schröder pediu a Merkel que "não dê ultimatos", enquanto ela insistiu que a desistência de Schröder em ocupar o cargo de chanceler no novo governo é uma condição para abrir as negociações formais para uma coalizão.
"Para uma grande coalizão, é preciso uma base de confiança", afirmou o chanceler ao jornal "Sachsische Zeitung", de Dresden (leste da Alemanha), onde as eleições serão realizadas no próximo domingo (2). Schröder e Merkel participarão de comícios no distrito.
Schröder também afirmou que as "questões pessoais devem se esclarecer no decorrer das negociações" de coalizão, e não se colocarem como condição prévia.
Merkel --que também deu uma entrevista ao jornal "Sachsische Zeitung"-- afirma que nesta questão há "duas regras": a primeira, que o partido mais votado "tem direito a nomear o chanceler"; a segunda é que "cada partido toma soberanamente suas decisões" sobre a distribuição de cargos.
A disputa entre os dois líderes pela Chancelaria causou retração no otimismo sobre a formação de uma grande coalizão. Dentro dos partidos, há cada vez mais dúvidas.
Preocupação
Do lado social-democrata, aumentam os temores de que a entrada do SPD em uma grande coalizão tire parte de sua identidade por ceder a pressões dos democrata-cristãos. Em seu programa, os adversários têm propostas que afetam os trabalhadores como a flexibilização do processo de demissão.
Do lado democrata-cristão, a resistência de Schröder a aceitar que Merkel ocupe a Chancelaria faz crescer a desconfiança. No entanto, dentro da CDU, a solidariedade a Merkel começa a perder força.
As críticas à líder conservadora começaram a aumentar. Cada vez mais atribuem à direção "neoliberal" de Merkel os decepcionantes resultados eleitorais do último dia 18.
"Fizemos uma campanha muito sóbria e muito fria", disse o ministro do Interior do Estado alemão da Baviera, Günther Beckstein, em declarações a serem publicadas na próxima edição da revista "Der Spiegel".
O presidente da Organização dos Trabalhadores Democratas-cristãos (CDA), Karl Josef Laumann, criticou a campanha. "Não chegamos ao coração da população. A CDU se identificou muito com o lado meramente econômico do partido".
"Os que comemoraram a eliminação de elementos social-democratas dentro da CDU agora têm de se contentar com uma grande coalizão", acrescentou.
O presidente Horst Köhler disse acreditar que os partidos chegarão a uma "decisão sensata" e afirmou que é preciso dar-lhes tempo para que busquem um acordo.
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Schröder e Merkel fazem pressão mútua pela Chancelaria alemã
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O chanceler Gerhard Schröder, do Partido Social Democrata Alemão (SPD) e a líder da oposição Angela Merkel, da União Democrata-Cristã (CDU), intensificaram nesta sexta-feira as pressões mútuas para ocupar a chefia do Governo em uma "grande coalizão".
Schröder pediu a Merkel que "não dê ultimatos", enquanto ela insistiu que a desistência de Schröder em ocupar o cargo de chanceler no novo governo é uma condição para abrir as negociações formais para uma coalizão.
"Para uma grande coalizão, é preciso uma base de confiança", afirmou o chanceler ao jornal "Sachsische Zeitung", de Dresden (leste da Alemanha), onde as eleições serão realizadas no próximo domingo (2). Schröder e Merkel participarão de comícios no distrito.
Schröder também afirmou que as "questões pessoais devem se esclarecer no decorrer das negociações" de coalizão, e não se colocarem como condição prévia.
Merkel --que também deu uma entrevista ao jornal "Sachsische Zeitung"-- afirma que nesta questão há "duas regras": a primeira, que o partido mais votado "tem direito a nomear o chanceler"; a segunda é que "cada partido toma soberanamente suas decisões" sobre a distribuição de cargos.
A disputa entre os dois líderes pela Chancelaria causou retração no otimismo sobre a formação de uma grande coalizão. Dentro dos partidos, há cada vez mais dúvidas.
Preocupação
Do lado social-democrata, aumentam os temores de que a entrada do SPD em uma grande coalizão tire parte de sua identidade por ceder a pressões dos democrata-cristãos. Em seu programa, os adversários têm propostas que afetam os trabalhadores como a flexibilização do processo de demissão.
Do lado democrata-cristão, a resistência de Schröder a aceitar que Merkel ocupe a Chancelaria faz crescer a desconfiança. No entanto, dentro da CDU, a solidariedade a Merkel começa a perder força.
As críticas à líder conservadora começaram a aumentar. Cada vez mais atribuem à direção "neoliberal" de Merkel os decepcionantes resultados eleitorais do último dia 18.
"Fizemos uma campanha muito sóbria e muito fria", disse o ministro do Interior do Estado alemão da Baviera, Günther Beckstein, em declarações a serem publicadas na próxima edição da revista "Der Spiegel".
O presidente da Organização dos Trabalhadores Democratas-cristãos (CDA), Karl Josef Laumann, criticou a campanha. "Não chegamos ao coração da população. A CDU se identificou muito com o lado meramente econômico do partido".
"Os que comemoraram a eliminação de elementos social-democratas dentro da CDU agora têm de se contentar com uma grande coalizão", acrescentou.
O presidente Horst Köhler disse acreditar que os partidos chegarão a uma "decisão sensata" e afirmou que é preciso dar-lhes tempo para que busquem um acordo.
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