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01/10/2005 - 09h19

EUA começam nova ofensiva contra rebeldes no Iraque

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da Folha Online

Ao menos mil soldados --acompanhados de caças e helicópteros da Força Aérea americana, iniciaram neste sábado uma nova ofensiva militar no Iraque --denominada Punho de Ferro-- atacando um vilarejo com 2.000 moradores no oeste do país que, segundo o Exército, abriga vários insurgentes.

A ação acontece um dia depois da série de ataques terroristas ocorridos os dois dias que deixaram mais de 112 mortos, reivindicados pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, líder da Al Qaeda no Iraque.

De acordo com militares americanos, o vilarejo de Sadah, localizado perto do rio Eufrates e a 12 quilômetros da fronteira com a Síria, na Província de Al Anbar, está sob o controle dos rebeldes sunitas e tornou-se uma base de operação terrorista. A comunidade é bastante isolada e a maioria das casas fica na área rural da vila.

A intensa série de atentados rebeldes foi iniciada nesta quinta-feira às 18h45 (11h45 desta quinta-feira, no horário de Brasília), com a explosão quase simultânea de três carros-bomba em Balad (80 km ao norte da capital iraquiana, Bagdá), ação que foi reivindicada pelos rebeldes. No último ataque, registrado ontem pela manhã, nove pessoas morreram na explosão de um carro-bomba em uma feira na cidade de Hillah (95 km ao sul de Bagdá).

O grupo de soldados --formados essencialmente por marines (fuzileiros navais)-- entraram no vilarejo logo pela manhã deste sábado [o fuso horário do Iraque é de sete horas a mais], e vários tiros foram ouvidos, segundo a rede de TV CNN, que tem repórteres acompanhando o batalhão americano.

Helicópteros atiraram contra três veículos suspeitos, sendo que dois deles eram carros-bomba, e um terceiro estava carregado de armas.

Estrangeiros

Por meses, o Exército americano tem dito que militantes estrangeiros entram no Iraque para auxiliar na operação de insurgência levada a cabo pelos rebeldes que têm, segundo os EUA, a intenção de desestabilizar o país e interromper o processo de abertura democrática. Por isso, várias ofensivas já foram realizadas em diferentes pontos da Província de Al Anbar --considerada um bastião rebelde no Iraque.

Em setembro passado, a Al Qaeda no Iraque declarou guerra aos muçulmanos xiitas por meio de um comunicado divulgado na internet, pouco depois de reivindicar a autoria de dez explosões de carros-bomba, que mataram cerca de 130 pessoas.

A ação iniciada neste sábado tem por objetivo tentar assegurar o mínimo de segurança ao país que, no próximo dia 15, vai passar por mais uma eleição: iraquianos terão que ir às urnas para participar de um referendo que vai decidir se a nova Constituição --escrita pelo governo provisório atualmente no poder-- vai entrar em vigor.

Amar al Marsoomi, médico do hospital em Qaim --localizada também em Al Anbar e a 20 quilômetros do vilarejo-- disse que até o momento há o registro de apenas dois iraquianos feridos.

Com agências internacionais

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