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02/10/2005
-
10h18
da Folha Online
Em coletiva de imprensa realizada neste domingo, o chefe de polícia da ilha indonésia de Bali, Mangku Pastika, afirmou que as explosões que atingiram ontem o local foram de autoria de suicidas, que traziam bombas coladas ao corpo. Os mortos já chegam a 26 neste domingo, depois que autoridades forenses conseguiram identificar o corpo de mais uma vítima.
Esse número de mortos inclui um número ainda não identificado pela polícia de homens-bomba que teriam participado dos atentados.
As primeiras explosões de Bali ocorreram às 19h20 de ontem (9h20 deste sábado, no horário de Brasília) no café Nyoman, localizado na praia de Jimbaran. Pouco mais de 20 minutos depois, às 19h42 (9h42 deste sábado, no horário de Brasília), houve o registro de uma nova explosão no o bar e restaurante Raja, localizado ao lado de um shopping center, no centro de Kuta, que fica a 30 quilômetros da praia. Ambos locais são muito freqüentados por turistas.
De acordo com Pastika --que dirigiu as investigações realizadas após os atentados que atingiram o local em 2002, e mataram 202 pessoas--, "está claro que eram mais de três [autores] e havia, ao menos, três pessoas mais. Há outras pessoas implicadas nesses ataques. Há os que planejaram, os que os preparam, os que fabricaram as bombas e são esses que devemos procurar".
Não está claro, ainda, quantos suicidas teriam participado das ações, e quantos explosivos foram detonados nos locais atingidos. A agência de notícias Reuters afirma que três bombas explodiram, enquanto a agência Efe cita cinco explosões.
"Há evidências de materiais explosivos amarrados a corpos, o que indica que os atentados foram cometidos por suicidas", disse o policial, que não esclareceu quantos corpos ou bombas foram detonados nesses locais. "Há pedaços de torsos com material explosivo, pedaços de jaquetas e de mochilas".
A polícia também teria encontrado em um dos dois locais onde ocorreram as explosões uma cabeça que pode pertencer a um dos suicidas.
Terror
Os ataques aconteceram um mês depois de o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhyono, ter alertado a população local sobre a possibilidade de atentados terroristas.
Por enquanto, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela ação. Autoridades suspeitam, no entanto, do envolvimento de membros do grupo Jemaah Islamiyah. Em 12 de outubro de 2002, eles realizaram uma série de explosões em Kuta que mataram 202 pessoas, a maioria deles turistas australianos.
Esse grupo extremista islâmico é acusado de manter contatos em outros países do Sudeste Asiático e de ter ligação com a rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden
O ataque de 2002, com o maior número de vítimas desde os atentados de 11 de setembro de 2001, chocou o mundo e representou um golpe terrível para Bali, levando a Ásia a se mobilizar mais contra a ameaça do Jemaah Islamiyah.
Outros dois atentados na capital indonésia, Jacarta --ocorridos no hotel Marriot, em 2003, e na embaixada australiana, em 2004-- foram atribuídos ao mesmo grupo. Os dois ataques mataram 23 pessoas.
Com agências internacionais
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Em coletiva de imprensa realizada neste domingo, o chefe de polícia da ilha indonésia de Bali, Mangku Pastika, afirmou que as explosões que atingiram ontem o local foram de autoria de suicidas, que traziam bombas coladas ao corpo. Os mortos já chegam a 26 neste domingo, depois que autoridades forenses conseguiram identificar o corpo de mais uma vítima.
Esse número de mortos inclui um número ainda não identificado pela polícia de homens-bomba que teriam participado dos atentados.
As primeiras explosões de Bali ocorreram às 19h20 de ontem (9h20 deste sábado, no horário de Brasília) no café Nyoman, localizado na praia de Jimbaran. Pouco mais de 20 minutos depois, às 19h42 (9h42 deste sábado, no horário de Brasília), houve o registro de uma nova explosão no o bar e restaurante Raja, localizado ao lado de um shopping center, no centro de Kuta, que fica a 30 quilômetros da praia. Ambos locais são muito freqüentados por turistas.
De acordo com Pastika --que dirigiu as investigações realizadas após os atentados que atingiram o local em 2002, e mataram 202 pessoas--, "está claro que eram mais de três [autores] e havia, ao menos, três pessoas mais. Há outras pessoas implicadas nesses ataques. Há os que planejaram, os que os preparam, os que fabricaram as bombas e são esses que devemos procurar".
Não está claro, ainda, quantos suicidas teriam participado das ações, e quantos explosivos foram detonados nos locais atingidos. A agência de notícias Reuters afirma que três bombas explodiram, enquanto a agência Efe cita cinco explosões.
"Há evidências de materiais explosivos amarrados a corpos, o que indica que os atentados foram cometidos por suicidas", disse o policial, que não esclareceu quantos corpos ou bombas foram detonados nesses locais. "Há pedaços de torsos com material explosivo, pedaços de jaquetas e de mochilas".
A polícia também teria encontrado em um dos dois locais onde ocorreram as explosões uma cabeça que pode pertencer a um dos suicidas.
Terror
Os ataques aconteceram um mês depois de o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhyono, ter alertado a população local sobre a possibilidade de atentados terroristas.
Por enquanto, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela ação. Autoridades suspeitam, no entanto, do envolvimento de membros do grupo Jemaah Islamiyah. Em 12 de outubro de 2002, eles realizaram uma série de explosões em Kuta que mataram 202 pessoas, a maioria deles turistas australianos.
Esse grupo extremista islâmico é acusado de manter contatos em outros países do Sudeste Asiático e de ter ligação com a rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden
O ataque de 2002, com o maior número de vítimas desde os atentados de 11 de setembro de 2001, chocou o mundo e representou um golpe terrível para Bali, levando a Ásia a se mobilizar mais contra a ameaça do Jemaah Islamiyah.
Outros dois atentados na capital indonésia, Jacarta --ocorridos no hotel Marriot, em 2003, e na embaixada australiana, em 2004-- foram atribuídos ao mesmo grupo. Os dois ataques mataram 23 pessoas.
Com agências internacionais
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