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02/10/2005
-
16h02
da France Presse, em Salzwedel
Um posto de controle da Guerra Fria é utilizado atualmente para observar as cegonhas, um muro está tomado por parreiras e orquídeas selvagens saem das lajes de concreto: no antigo "corredor da morte" que separava as duas Alemanhas, a natureza voltou a predominar.
A Cortina de Ferro caiu ali, perto de Salzwedel, uma terra do norte do país freqüentemente envolta em nuvens. O corredor, triste, minado e vigiado por vários cachorros, era iluminado dia e noite e se estendia ao longo de 1.393 km entre o mar Báltico (norte) e a Baviera (sul).
Quinze anos depois da reunificação, essa terra de ninguém se transformou em um ininterrupto "rio verde", um espaço protegido tomado por aves migratórias, por mamíferos de várias espécies e por amantes da natureza e da história contemporânea como o casal Juergen e Traudi Starck, que conhece todos os labirintos de Salzwedel.
Em um bosque, em meio a urtigas, ainda se vêem cimento e pontas de ferro oxidadas. Esses são os restos da aldeia de Jahrsau.
"Essa aldeia sobreviveu à peste e à cólera, à Guerra dos Trinta Anos [1618-1648, que envolveu vários países da Europa], às guerras napoleônicas e às duas guerras mundiais [a primeira, ocorrida entre 1914 e 1918, e a segunda, entre 1939 e 1945]. Mas não resistiu à República Democrática Alemã", relata Juergen, um agricultor "biológico".
"Como essas casas estão perto do corredor da morte, os guardas de fronteira chegaram em uma manhã de 1970 e deram menos de uma hora aos habitantes para abandonarem suas casas. Tudo foi destruído".
Ao longe, pode-se ver um fragmento do muro que separava as duas Alemanhas. Adiante, uma cruz em memória de Hans Franck, morto numa noite de janeiro de 1973 aos 26 anos, quando tentava fugir da Alemanha Oriental.
A alguns quilômetros, há um posto de controle, hoje com os leitos superpostos de seus antigos vigilantes. O local onde os "traidores" ficavam presos agora serve de centro de orientação para os ornitólogos. "Aves de rapina, cegonhas negras e corvos de todo tipo chegam aqui para se reproduzirem. No total, são 75 espécies de aves", relata Traudi.
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Um posto de controle da Guerra Fria é utilizado atualmente para observar as cegonhas, um muro está tomado por parreiras e orquídeas selvagens saem das lajes de concreto: no antigo "corredor da morte" que separava as duas Alemanhas, a natureza voltou a predominar.
A Cortina de Ferro caiu ali, perto de Salzwedel, uma terra do norte do país freqüentemente envolta em nuvens. O corredor, triste, minado e vigiado por vários cachorros, era iluminado dia e noite e se estendia ao longo de 1.393 km entre o mar Báltico (norte) e a Baviera (sul).
Quinze anos depois da reunificação, essa terra de ninguém se transformou em um ininterrupto "rio verde", um espaço protegido tomado por aves migratórias, por mamíferos de várias espécies e por amantes da natureza e da história contemporânea como o casal Juergen e Traudi Starck, que conhece todos os labirintos de Salzwedel.
Em um bosque, em meio a urtigas, ainda se vêem cimento e pontas de ferro oxidadas. Esses são os restos da aldeia de Jahrsau.
"Essa aldeia sobreviveu à peste e à cólera, à Guerra dos Trinta Anos [1618-1648, que envolveu vários países da Europa], às guerras napoleônicas e às duas guerras mundiais [a primeira, ocorrida entre 1914 e 1918, e a segunda, entre 1939 e 1945]. Mas não resistiu à República Democrática Alemã", relata Juergen, um agricultor "biológico".
"Como essas casas estão perto do corredor da morte, os guardas de fronteira chegaram em uma manhã de 1970 e deram menos de uma hora aos habitantes para abandonarem suas casas. Tudo foi destruído".
Ao longe, pode-se ver um fragmento do muro que separava as duas Alemanhas. Adiante, uma cruz em memória de Hans Franck, morto numa noite de janeiro de 1973 aos 26 anos, quando tentava fugir da Alemanha Oriental.
A alguns quilômetros, há um posto de controle, hoje com os leitos superpostos de seus antigos vigilantes. O local onde os "traidores" ficavam presos agora serve de centro de orientação para os ornitólogos. "Aves de rapina, cegonhas negras e corvos de todo tipo chegam aqui para se reproduzirem. No total, são 75 espécies de aves", relata Traudi.
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