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04/10/2005 - 14h33

EUA fazem ofensiva no oeste do Iraque; rebeldes atacam na capital

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da Folha Online

Os EUA iniciaram nesta terça-feira a maior ofensiva do Exército realizada no oeste do país --e a segunda de grande porte realizada neste ano-- contra a insurgência iraquiana. Mais de 2.500 marines [fuzileiros navais] invadiram três cidades localizadas na Província de Al Anbar (oeste), considerada um dos maiores bolsões rebeldes do país.

Na capital iraquiana, Bagdá, a explosão de um carro-bomba matou duas pessoas. Logo depois, rebeldes entraram em confronto direto com soldados.

Em junho passado, mais de mil soldados em terra, acompanhados de caças americanos-- realizaram uma série de ações também em Al Anbar, considerada uma porta de entrada para terroristas estrangeiros, devido à proximidade da fronteira com a Síria. O número de mortos dessa operação não foi divulgado.

A nova ofensiva realizada nesta terça-feira é uma extensão da operação iniciada no sábado (1º), quando mil soldados americanos invadiram o vilarejo de Sadah, que abriga 2.000 pessoas. Ao menos 36 supostos insurgentes foram mortos.

Nesta terça-feira, os ataques se concentram em Haditha --localizada a 220 km da capital iraquiana, Bagdá, e pertencente à Província de Al Anbar-- e em outras duas cidades próximas, Haqlaniya e Barwana. A ação denominada "Boca de Rio" tem por objetivo "livrar os cidadãos locais da influência dos terroristas", e terminar com a "campanha de assassinatos e intimidação", afirma um comunicado do Exército americano.

Ainda segundo os militares americanos, três soldados foram mortos em ataques a bomba, realizados perto de Haqlaniya nesta segunda-feira. Um marine foi morto também ontem, perto da fronteira com a Síria. O número de soldados americanos mortos no Iraque, desde que o país foi invadido em 2003, já chega a 1.936.

Bagdá

Na capital do Iraque, duas pessoas foram mortas e outras sete ficaram feridas na explosão de um carro-bomba na Zona Verde --um complexo superprotegido que comporta casas de membros do governo e embaixadas, segundo o tenente Mohammed Kheyon.

O atentado acontece no primeiro dia do Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico]. A rede terrorista Al Qaeda no Iraque --comandada pelo jordaniano Abu Musab al Zarqawi-- supostamente divulgou um comunicado na internet, pedindo para que todos os seus seguidores ataquem soldados americanos e forças iraquianas, marcando o mês como um período "de vítória para os muçulmanos e derrota para os hipócritas e politeístas".

A explosão aconteceu por volta da 13h20 (7h20 de Brasília), perto de um portão usado por vários funcionários para entrar na área. Sons de tiros de metralhadora foram ouvidos imediatamente após a explosão, mas Kheyon disse não ter informações sobre isso.

As pessoas que entram na Zona Verde têm de passar por diversas guaritas, e um guarda que trabalha no local, que preferiu não ser identificado, disse à agência de notícias Associated Press que o suicida passou velozmente pelo primeiro portão, foi perseguido pelos guardas e jogou o seu carro contra o segundo posto de controle.

Logo após a explosão, forças iraquianas, apoiadas por soldados americanos, entraram em conflito direto com insurgentes no sul da capital. De acordo com o Exército americano "mais de três dezenas de [supostos] insurgentes foram mortos, feridos ou detidos]". Três soldados iraquianos foram mortos.

Com agências internacionais

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