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06/10/2005 - 13h45

Terroristas fizeram tentativas de ataques nos EUA após 11/9, diz Bush

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da Folha Online

Em uma tentativa de reverter a opinião pública americana sobre a Guerra do Iraque --cada vez menos apoiada no país-- o presidente George W. Bush fez um discurso em defesa da continuação do conflito, encarado por ele como parte da "luta contra o terrorismo", e afirmou que os EUA sofreram tentativas de atentados após o 11/9.

No discurso, realizado em Washington nesta quinta-feira, Bush disse que os EUA sofreram "três tentativas" de atentado por parte da rede terrorista Al Qaeda, após os ataques de 11 de Setembro. O grupo comandado por Osama bin Laden também teria tentado atacar outros sete países, sem sucesso.

"Interrompemos outros cinco planos da Al Qaeda que tinham o objetivo de identificar alvos nos Estados Unidos, ou infiltrar agentes em nosso país", disse Bush, indicando que os americanos "desconhecem" as "vitórias contra o terrorismo".

A última pesquisa realizada nos EUA sobre a opinião pública a respeito da Guerra do Iraque, divulgada em 23 de setembro último, apontou que apenas 21% dos americanos dizem acreditar que o seu país vai vencer a guerra, enquanto que 55% defendem a agilização da saída dos soldados do Iraque.

Bush afirmou que militantes extremistas islâmicos fizeram do Iraque o seu "principal front" de guerra contra uma "sociedade civilizada", e reforçou a idéia de que o conflito no país não tem reforçado o terrorismo.

"Os militantes [extremistas islâmicos] acreditam que, controlando um país, vão conseguir mobilizar todos os muçulmanos a destituir todos os governos moderados para o estabelecimento de um império islâmico", afirmou o presidente.

"Contra esse inimigo, só há uma resposta efetiva. Não vamos nos retirar, nem desistir ou aceitar nada menos que a vitória completa [no Iraque]", disse Bush.

Irã e Síria

O presidente americano afirmou que as organizações terroristas são auxiliadas por "instituições de caridade corruptas" que financiam atividades voltadas ao terror, e por países que também apóiam o terrorismo, como a Síria e o Irã, classificando-os como "aliados por conveniência" desses grupos.

"Países como a Síria e o Irã têm um longo histórico de colaboração com terroristas, e eles não merecem nenhuma paciência por parte das vítimas do terrorismo. Os Estados Unidos não fazem distinção entre aqueles que cometem atos de terror, e aqueles que apóiam os terroristas, porque eles são igualmente culpados de assassinato", afirmou.

Um pouco antes do discurso de Bush, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou, durante uma coletiva de imprensa realizada ao lado do presidente do Iraque, Jalal Talabani, que o governo do Reino Unido tem "suspeitas" de que o Irã fornece tecnologia e armas para grupos paramilitares do Iraque.

A declaração de Blair ocorreu um dia depois de um funcionário do governo britânico --que não quis ser identificado-- afirmar que a Guarda Revolucionária do Irã [espécie de polícia ideológica, criada em 1979, após a Revolução Islâmica ocorrida no país] forneceu aos insurgentes iraquianos tecnologia para a fabricação de explosivos mais potentes.

Sacrifício

O presidente americano também afirmou que as "guerras nunca são vencidas sem sacrifício", e que a Guerra do Iraque requer "mais sacrifícios, mais tempo e determinação".

A maior crítica quanto à Guerra do Iraque --por parte dos americanos-- vem do número de soldados mortos no conflito, que já chega a 1.940 desde que os EUA invadiram o país em 2003, segundo informações divulgadas pelo Pentágono [comando militar americano].

Apesar da ostensiva ação das forças de coalizão contra os insurgentes no Iraque, atentados quase que diários continuam acontecendo no país contra alvos de Exércitos estrangeiros atuando no país, o governo --que os rebeldes consideram ser um aliado dos EUA-- e civis xiitas. Não há um número oficial sobre a morte de civis iraquianos no conflito, muito menos de soldados iraquianos.

A poucos dias do referendo sobre a Constituição no Iraque, um comunicado divulgado na internet e atribuído à Al Qaeda no Iraque --rede comandada pelo terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi-- pedia para que ataques contra forças americanas e iraquianas fossem intensificados.

Com agências internacionais

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