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07/10/2005
-
09h26
da Folha Online
Mohamed El Baradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2005 juntamente à Agência Internacional e Energia Atômica (AIEA) que dirige atualmente, é um advogado com uma longa carreira diplomática dentro da ONU (Organização das Nações Unidas) e no Ministério das Relações Exteriores de seu país natal, o Egito.
Sua atuação na AIEA é marcada pelo diálogo, e pela negociação pacífica para a não-proliferação de armas nucleares no mundo.
El Baradei foi eleito para o terceiro mandato frente à AIEA em 26 de junho passado, após sofrer um bloqueio de meses dos Estados Unidos, que tentou evitá-la por não estar satisfeito a postura de diálogo do diretor-geral frente ao Irã e por suas críticas à intervenção militar no Iraque em 2003. Em 2001, foi eleito pela segunda vez como diretor da agência, cargo que assumiu em 1997.
O egípcio nasceu em 17 de junho de 1942 no Cairo (capital egípcia), em uma família tradicional de advogados. El Baradei estudou direito na Universidade do Cairo e, em 1964, já trabalhava no Ministério egípcio das Relações Exteriores.
Trabalhou nas missões permanentes do Egito na ONU, em Nova York e em Genebra, encarregado de assuntos políticos, legais e de controle de armas.
Em 1974, graduou-se como doutor em Direito Internacional na Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. Nesse mesmo ano, foi nomeado ministro das Relações Exteriores do Egito.
Iraque
Há três anos, El Baradei se transformou em um personagem público em nível internacional devido às inspeções da AIEA no Iraque, pouco antes da invasão americana no país, ocorrida em março de 2003.
O egípcio tentou até o último momento, junto ao sueco Hans Blix --a quem sucedeu em 1997 na direção da AIEA, e que naquela época era chefe da Unmovic --a comissão de vigilância, verificação e inspeção no Iraque--, evitar a guerra, alegando que seus inspetores não puderam constatar que o regime de Saddam Hussein tinha reativado seu programa nuclear.
No litígio atômico com o Irã, El Baradei, que também é defensor de uma estratégia moderada baseada no diálogo, afirma que até agora os especialistas da AIEA não encontraram provas de que Teerã tente conseguir armas nucleares.
No passado, El Baradei assinalou que uma combinação de inspeções rigorosas e diplomacia pode solucionar a crise atômica com o Irã. Sua postura frente à república islâmica foi criticada pelos EUA, que defendem uma política mais agressiva para evitar a proliferação de tecnologia e armas nucleares.
O advogado é casado com uma professora da Escola Internacional de Viena e tem dois filhos que vivem e trabalham no Reino Unido.
Com Efe
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El Baradei privilegia diálogo nas negociações sobre armas nucleares
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Mohamed El Baradei, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2005 juntamente à Agência Internacional e Energia Atômica (AIEA) que dirige atualmente, é um advogado com uma longa carreira diplomática dentro da ONU (Organização das Nações Unidas) e no Ministério das Relações Exteriores de seu país natal, o Egito.
Sua atuação na AIEA é marcada pelo diálogo, e pela negociação pacífica para a não-proliferação de armas nucleares no mundo.
El Baradei foi eleito para o terceiro mandato frente à AIEA em 26 de junho passado, após sofrer um bloqueio de meses dos Estados Unidos, que tentou evitá-la por não estar satisfeito a postura de diálogo do diretor-geral frente ao Irã e por suas críticas à intervenção militar no Iraque em 2003. Em 2001, foi eleito pela segunda vez como diretor da agência, cargo que assumiu em 1997.
O egípcio nasceu em 17 de junho de 1942 no Cairo (capital egípcia), em uma família tradicional de advogados. El Baradei estudou direito na Universidade do Cairo e, em 1964, já trabalhava no Ministério egípcio das Relações Exteriores.
Trabalhou nas missões permanentes do Egito na ONU, em Nova York e em Genebra, encarregado de assuntos políticos, legais e de controle de armas.
Em 1974, graduou-se como doutor em Direito Internacional na Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. Nesse mesmo ano, foi nomeado ministro das Relações Exteriores do Egito.
Iraque
Há três anos, El Baradei se transformou em um personagem público em nível internacional devido às inspeções da AIEA no Iraque, pouco antes da invasão americana no país, ocorrida em março de 2003.
O egípcio tentou até o último momento, junto ao sueco Hans Blix --a quem sucedeu em 1997 na direção da AIEA, e que naquela época era chefe da Unmovic --a comissão de vigilância, verificação e inspeção no Iraque--, evitar a guerra, alegando que seus inspetores não puderam constatar que o regime de Saddam Hussein tinha reativado seu programa nuclear.
No litígio atômico com o Irã, El Baradei, que também é defensor de uma estratégia moderada baseada no diálogo, afirma que até agora os especialistas da AIEA não encontraram provas de que Teerã tente conseguir armas nucleares.
No passado, El Baradei assinalou que uma combinação de inspeções rigorosas e diplomacia pode solucionar a crise atômica com o Irã. Sua postura frente à república islâmica foi criticada pelos EUA, que defendem uma política mais agressiva para evitar a proliferação de tecnologia e armas nucleares.
O advogado é casado com uma professora da Escola Internacional de Viena e tem dois filhos que vivem e trabalham no Reino Unido.
Com Efe
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