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12/10/2005
-
16h34
da Folha Online
O primeiro-ministro alemão, Gerhard Schröder, disse nesta quarta-feira que "definitivamente" não fará parte do próximo governo da Alemanha.
"Não irei fazer parte do próximo governo, definitivamente não", disse Schröder durante discurso hoje, em Hanover.
O chanceler alemão disse que o novo governo, que será comandado pela líder conservadora Angela Merkel, precisa continuar com as reformas econômicas, mas sem deixar de lado as proteções sociais. Schröder ainda fez comentários sobre a futura direção da União Européia, referindo-se ao primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e enfatizou que prefere uma parceria com Paris.
"Digo a meu colega britânico [Tony Blair] que o povo da Alemanha não quer a desnacionalização total. O modelo anglo-saxão não terá chance na Europa", disse Schröder. "Quem quer que queira defender um modelo social europeu precisa garantir que a relação franco-alemã permaneça intacta."
Schröder ainda defendeu um Estado com força suficiente para ajudar as pessoas por meio de uma referência à demora do governo americano em agir para ajudar as vítimas do furacão Katrina.
"Não quero nomear exemplos de catástrofes, onde se pode ver que não há um Estado organizado. Poderia citar países, mas o cargo que ainda mantenho me proíbe de fazer isso --mas todos sabem que me refiro aos EUA", disse o chanceler.
Schröder foi uma dos que, em 2002, se manifestou contra o presidente norte-americano, George W. Bush, que buscava apoio para obter a aprovação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para declarar guerra ao Iraque.
Desde então, as relações entre os dois países têm registrado avanços, ainda que modestos. Schröder disse que o novo governo da Alemanha tem de manter sua política externa "independente" e apoiar o uso da força contra o terrorismo internacional apenas como último recurso e com a anuência da ONU.
"Foi decisivo para nós dizer 'sim' à luta contra os terroristas no Afeganistão (...) e tem de ser decisivo também nas negociações da coalizão dizer que não queremos soldados alemães no Iraque."
Schröder já havia sugerido ontem que não queria permanecer como membro do governo de Merkel, depois que os social-democratas obtiveram oito cargos no gabinete da futura chanceler. Os oito assentos restantes ficarão com membros do CDU ( União Democrata Cristã, o partido de Merkel) e do CSU (União Social Cristã).
O atual chanceler disse que tomará parte nas próximas negociações da coalizão "para que corram bem", mas não deu indicações do que irá fazer no futuro.
Com agências internacionais
Schröder diz que "definitivamente" não fará parte do novo governo alemão
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O primeiro-ministro alemão, Gerhard Schröder, disse nesta quarta-feira que "definitivamente" não fará parte do próximo governo da Alemanha.
"Não irei fazer parte do próximo governo, definitivamente não", disse Schröder durante discurso hoje, em Hanover.
O chanceler alemão disse que o novo governo, que será comandado pela líder conservadora Angela Merkel, precisa continuar com as reformas econômicas, mas sem deixar de lado as proteções sociais. Schröder ainda fez comentários sobre a futura direção da União Européia, referindo-se ao primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e enfatizou que prefere uma parceria com Paris.
"Digo a meu colega britânico [Tony Blair] que o povo da Alemanha não quer a desnacionalização total. O modelo anglo-saxão não terá chance na Europa", disse Schröder. "Quem quer que queira defender um modelo social europeu precisa garantir que a relação franco-alemã permaneça intacta."
Schröder ainda defendeu um Estado com força suficiente para ajudar as pessoas por meio de uma referência à demora do governo americano em agir para ajudar as vítimas do furacão Katrina.
"Não quero nomear exemplos de catástrofes, onde se pode ver que não há um Estado organizado. Poderia citar países, mas o cargo que ainda mantenho me proíbe de fazer isso --mas todos sabem que me refiro aos EUA", disse o chanceler.
Schröder foi uma dos que, em 2002, se manifestou contra o presidente norte-americano, George W. Bush, que buscava apoio para obter a aprovação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para declarar guerra ao Iraque.
Desde então, as relações entre os dois países têm registrado avanços, ainda que modestos. Schröder disse que o novo governo da Alemanha tem de manter sua política externa "independente" e apoiar o uso da força contra o terrorismo internacional apenas como último recurso e com a anuência da ONU.
"Foi decisivo para nós dizer 'sim' à luta contra os terroristas no Afeganistão (...) e tem de ser decisivo também nas negociações da coalizão dizer que não queremos soldados alemães no Iraque."
Schröder já havia sugerido ontem que não queria permanecer como membro do governo de Merkel, depois que os social-democratas obtiveram oito cargos no gabinete da futura chanceler. Os oito assentos restantes ficarão com membros do CDU ( União Democrata Cristã, o partido de Merkel) e do CSU (União Social Cristã).
O atual chanceler disse que tomará parte nas próximas negociações da coalizão "para que corram bem", mas não deu indicações do que irá fazer no futuro.
Com agências internacionais
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