Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/10/2005 - 09h47

Número de mortos em terremoto na Ásia já supera os 26 mil

Publicidade

da Folha Online

O número de pessoas que morreram no terremoto de 7,6 graus ocorrido no último dia 8 que devastou boa parte da região da Caxemira --localizada ao norte da Índia e do Paquistão, e dividida entre os dois países-- já supera os 26 mil. O Ministério da Informação paquistanês confirmou que 25 mil pessoas morreram no país, enquanto que na Índia o número de mortos é de 1.358.

Autoridades paquistanesas dizem que o número de mortos no país deve superar os 40 mil. Equipes de resgate ainda não alcançaram várias regiões remotas, já próximas da cordilheira do Himalaia, onde centenas de pessoas podem ter morrido.

Com a neve caindo em várias partes da Caxemira, a direção da equipe de emergência da ONU (Organização das Nações Unidas), uma das que auxiliam os sobreviventes na região, afirmou que o envio e distribuição de comida, tendas e cobertores deve ser agilizado, para que o socorro também chegue aos vilarejos mais distantes.

Nesta quarta-feira, uma réplica [nome dado para tremores secundários, geralmente de intensidade menor, que acontecem depois de um terremoto] atingiu a mesma região do Paquistão onde houve o terremoto de sábado (8), provocando pânico entre a população.

O tremor, de 5,6 graus na escala Richter, teve seu epicentro registrado a 135 quilômetros ao norte da capital paquistanesa, Islamabad, bem perto do local onde está localizado o centro do tremor ocorrido no último sábado.

O terremoto chegou a provocar o estremecimento de alguns prédios, mas não houve registros de danos materiais. Socorristas tiveram que interromper o trabalho de salvamento de uma mulher por conta do tremor. Quando os membros das equipes de resgate voltaram ao local, ela já tinha morrido.

Muzaffarabad

O subsecretário-geral da ONU e coordenador das operações emergenciais de ajuda, Jan Egeland, fez um vôo de helicóptero sobre a cidade paquistanesa de Muzaffarabad --capital provincial da Caxemira paquistanesa, e onde foi registrado o epicentro do tremor-- e afirmou que há uma "necessidade urgente" de levar aos desabrigados comida, remédios, abrigos e cobertores.

Segundo estimativas da ONU, 2,5 milhões de pessoas estão desabrigadas na região do Himalaia por causa do terremoto.

"Estamos perdendo a corrida contra o relógio nos vilarejos menores", inacessíveis por causa das estradas bloqueadas, afirmou Egeland. "Nunca vi tanta devastação antes. Estamos no sexto dia de operação e a cada dia a escala de devastação só aumenta".

"Morte e desespero"

Aviões das equipes de resgate britânicas conseguiram chegar nesta quinta-feira na Província paquistanesa da Fronteira Nordeste --outra área paquistanesa que foi praticamente devastada pelo terremoto-- levando água, suco e leite aos sobreviventes. Socorristas afirmaram ter encontrado no local cenas de "morte e desespero".

"Todo o vale [onde se localiza a província] está cheirando muito mal", afirmou o médico Irfan Ahmed, conselheiro de saúde do grupo britânico. "As pessoas estão com fome e em pânico".

O grupo organizou os sobreviventes locais para a distribuição dos alimentos.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia cobertura completa sobre o terremoto na Ásia
  • Veja imagens do terremoto que atingiu o sul da Ásia
  • Saiba mais sobre a escala Richter
  • Leia o que já foi publicado sobre terremotos
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página