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14/10/2005 - 08h57

Holanda fecha prédios públicos e faz operação antiterror em Haia

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da Folha Online

A polícia holandesa realizou uma série de operações em Haia, cidade que abriga a sede do governo, e bloqueou a entrada de prédios públicos. Ao menos sete pessoas foram presas, entre eles Samir Azzouz, 19, holandês de origem marroquina que foi inocentado de acusações de terrorismo no início deste ano.

Há informações sobre trocas de tiros na cidade. A polícia teria também chegado a cercar uma escola, mas nada foi confirmado oficialmente.

Azzouz foi considerado suspeito por comprar armas automáticas e explosivos "provavelmente para fazer um ataque em vários prédios do governo", dizia um comunicado da Procuradoria holandesa, divulgado na época em que foi acusado.

Segundo testemunhas, o Binnenhof, um grupo de edifícios que abriga principalmente os gabinetes do primeiro-ministro Jan Peter Balkenende e os ligados ao ministro da Relações Exteriores, Ben Bot, assim como o Parlamento, foram completamente cercados pelas forças de segurança.

O aumento da segurança em Haia acontece um dia depois que vários jornais holandeses publicaram informações sobre novas ameaças contra os membros do Parlamento Ayaan Hirsi Ali [de origem somali] e Geert Wilders, ambos críticos do islamismo radical.

Os dois já tinham sido ameaçados em novembro último, após a morte do cineasta Theo Van Gogh, que foi assassinado após o lançamento do seu curta-metragem, denominado "Submission" (2004), que critica a maneira como as mulheres são tratadas nas sociedades islâmicas, retratando a violência doméstica na sociedade muçulmana e exibindo imagens de versos do Alcorão [livro sagrado para os muçulmanos], escritos no corpo de uma mulher seminua.

Logo após a morte de Van Gogh, Wilders e Ali --que escreveu o roteiro do filme de Van Gogh-- passaram meses escondidos, e são protegidos por um forte esquema de segurança.

Bomba

Em março passado, a polícia holandesa chegou a fechar a sede do governo em Haia, devido a ameaças de bomba na sede do Parlamento e do governo.

Na época, policiais bloquearam todas as entradas do complexo do governo, enquanto o conteúdo de um pacote suspeito, encontrado por funcionários do correio, era analisado pelas autoridades.

Mais tarde, a polícia constatou que não havia qualquer tipo de explosivo no pacote.

Assassinato

Em julho último, o assassino de Van Gogh, Mohammed Bouyeri, 27, foi condenado à prisão perpétua. Bouyeri, que tem dupla cidadania (holandesa e marroquina), fez uma confissão durante o julgamento e afirmou que, se tivesse a chance, "faria tudo de novo".

Van Gogh foi morto em plena luz do dia, quando pedalava a caminho do trabalho. Ele levou vários tiros e teve sua garganta cortada.

Depois de cortar a garganta de Van Gogh, Bouyeri prendeu uma carta nas roupas do cineasta, com um alfinete, na qual ameaçava Ali.

Especial
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