Publicidade
Publicidade
14/10/2005
-
10h20
da Folha Online
Insurgentes sunitas fizeram nesta sexta-feira uma série de ataques contra o maior partido político sunita iraquiano, cujos líderes manifestaram nesta semana apoio à nova Constituição. Rebeldes atearam fogo e bombardearam vários escritórios da legenda. Amanhã, eleitores deverão ir às urnas para votar em referendo que vai definir a adoção do texto.
Em Azamiyah, maior cidade sunita próxima à capital Bagdá, centenas de pessoas fizeram uma manifestação perto da mesquita de Abu Hanifa --um dos centros do Partido Islâmico-- pedindo pelo "não" à Constituição, e dizendo que o líder da legenda, Mohsen Abdul Hamid, é um "traidor". Na manhã desta sexta-feira, rebeldes jogaram uma granada na casa do principal clérigo da mesquita de Abu Hanifa, o xeque Muayad al Azami, mas ninguém ficou ferido na explosão.
Depois, insurgentes explodiram uma bomba perto do escritório do Partido Islâmico em Bagdá, e atearam fogo a outro escritório do partido, em Fallujah (50 km a oeste da capital), considerada um bastião da insurgência sunita, atacada duramente e praticamente destruída em uma ofensiva americana realizada em novembro de 2004.
Uma bomba explodiu em uma rua da capital, ferindo quatro civis perto de uma escola, que foi cercada por blocos de concreto e arame farpado, para ser usada como posto de votação, durante o referendo que será realizado amanhã.
Alaa Makki, líder local do partido em Bagdá, condenou o ataque e disso que isso "não vai interromper" os esforços do grupo em usar "o processo político para lutar contra o terrorismo e promover a estabilidade no Iraque".
Em Kirkuk (290 km ao norte de Bagdá), um carro-bomba explodiu, deixando cinco pessoas feridas.
Líderes do Partido Islâmico --de orientação sunita-- anunciaram nesta semana o apoio à Constituição, depois que emendas foram feitas no texto, em uma tentativa de assegurar o suporte dos sunitas ao documento, que ameaçavam boicotar o referendo.
Campanha
Na cidade de Tikrit (130 km ao norte da capital iraquiana, Bagdá), --que abrigava a casa do ex-ditador Saddam Hussein-- o principal religioso denunciou a posição do Partido Islâmico nesta sexta-feira, dizendo que seus membros "romperam com o nacionalismo em troca de nada".
O xeque Rasheed Yousif al Khishman disse, durante a cerimônia realizada nesta sexta-feira na mesquita de Al Raheem, para que os iraquianos "votem contra a Constituição infiel, escrita por mãos estrangeiras", em uma alusão à intervenção americana no governo do Iraque.
Já em Samarra (100 km ao norte da capital), o xeque Adil Mahmoud, da Associação dos Sábios Muçulmanos, foi mais moderado no seu sermão: "Eu vou às urnas para votar 'não', mas deixo a escolha para vocês fazerem, de acordo com suas preferências políticas", afirmou aos iraquianos que participavam da cerimônia.
Apesar da posição do Partido Islâmico, outras legendas sunitas continuam contrárias ao texto da Constituição, devido principalmente às críticas sobre a divisão do país.
Líderes sunitas dizem que o novo texto divide o Iraque em três grandes distritos: os curdos ficam com o norte, os xiitas com o sul --duas regiões com grande produção de petróleo-- e os sunitas com o centro e o oeste.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre a Constituição no Iraque
Rebeldes ateiam fogo em escritório de partido iraquiano pró-Constituição
Publicidade
Insurgentes sunitas fizeram nesta sexta-feira uma série de ataques contra o maior partido político sunita iraquiano, cujos líderes manifestaram nesta semana apoio à nova Constituição. Rebeldes atearam fogo e bombardearam vários escritórios da legenda. Amanhã, eleitores deverão ir às urnas para votar em referendo que vai definir a adoção do texto.
Em Azamiyah, maior cidade sunita próxima à capital Bagdá, centenas de pessoas fizeram uma manifestação perto da mesquita de Abu Hanifa --um dos centros do Partido Islâmico-- pedindo pelo "não" à Constituição, e dizendo que o líder da legenda, Mohsen Abdul Hamid, é um "traidor". Na manhã desta sexta-feira, rebeldes jogaram uma granada na casa do principal clérigo da mesquita de Abu Hanifa, o xeque Muayad al Azami, mas ninguém ficou ferido na explosão.
Depois, insurgentes explodiram uma bomba perto do escritório do Partido Islâmico em Bagdá, e atearam fogo a outro escritório do partido, em Fallujah (50 km a oeste da capital), considerada um bastião da insurgência sunita, atacada duramente e praticamente destruída em uma ofensiva americana realizada em novembro de 2004.
Uma bomba explodiu em uma rua da capital, ferindo quatro civis perto de uma escola, que foi cercada por blocos de concreto e arame farpado, para ser usada como posto de votação, durante o referendo que será realizado amanhã.
Alaa Makki, líder local do partido em Bagdá, condenou o ataque e disso que isso "não vai interromper" os esforços do grupo em usar "o processo político para lutar contra o terrorismo e promover a estabilidade no Iraque".
Em Kirkuk (290 km ao norte de Bagdá), um carro-bomba explodiu, deixando cinco pessoas feridas.
Líderes do Partido Islâmico --de orientação sunita-- anunciaram nesta semana o apoio à Constituição, depois que emendas foram feitas no texto, em uma tentativa de assegurar o suporte dos sunitas ao documento, que ameaçavam boicotar o referendo.
Campanha
Na cidade de Tikrit (130 km ao norte da capital iraquiana, Bagdá), --que abrigava a casa do ex-ditador Saddam Hussein-- o principal religioso denunciou a posição do Partido Islâmico nesta sexta-feira, dizendo que seus membros "romperam com o nacionalismo em troca de nada".
O xeque Rasheed Yousif al Khishman disse, durante a cerimônia realizada nesta sexta-feira na mesquita de Al Raheem, para que os iraquianos "votem contra a Constituição infiel, escrita por mãos estrangeiras", em uma alusão à intervenção americana no governo do Iraque.
Já em Samarra (100 km ao norte da capital), o xeque Adil Mahmoud, da Associação dos Sábios Muçulmanos, foi mais moderado no seu sermão: "Eu vou às urnas para votar 'não', mas deixo a escolha para vocês fazerem, de acordo com suas preferências políticas", afirmou aos iraquianos que participavam da cerimônia.
Apesar da posição do Partido Islâmico, outras legendas sunitas continuam contrárias ao texto da Constituição, devido principalmente às críticas sobre a divisão do país.
Líderes sunitas dizem que o novo texto divide o Iraque em três grandes distritos: os curdos ficam com o norte, os xiitas com o sul --duas regiões com grande produção de petróleo-- e os sunitas com o centro e o oeste.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice