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14/10/2005
-
16h08
da Folha Online
Karl Rove, o principal assessor político do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, testemunhou nesta sexta-feira perante um júri federal que investiga o vazamento da identidade de uma agente da CIA [agência de inteligência americana].
Foi a quarta aparição de Rove perante a Justiça, enquanto promotores decidem se irão ou não acusá-lo formalmente.
Rove --o mais poderoso e controverso estrategista político de Washington-- não fez comentários ao entrar, na manhã desta sexta-feira, na corte federal para prestar depoimento, esperando convencer o júri de que não agiu ilegalmente. Ele também não deu declarações ao deixar o local, quatro horas mais tarde.
Promotores disseram a Rove que não podem garantir que ele não seja indiciado pelo vazamento da identidade da agente da CIA Valerie Plame.
O marido de Plame, Joseph Wilson, acusa a administração de Bush de ter revelado a identidade de sua mulher em represália às críticas feitas por ele à política do governo Bush no Iraque, em um artigo publicado no jornal americano "The New York Times" em julho de 2003.
Indiciamento
Segundo fontes judiciais, o promotor de Justiça Patrick Fitzgerald, responsável pelo caso, pode enviar cartas de "aviso" a altos funcionários da administração e Bush, alertando que estão sob investigação, e indiciá-los ainda na próxima semana.
Fitzgerald também pode decidir que Rove não cometeu crime e divulgar um relatório com suas conclusões.
O advogado de Rove, Robert Luskin, afirma que seu cliente não fez parte do "esquema" organizado para punir Wilson "por meio da revelação da identidade de sua mulher."
Dois anos atrás, a Casa Branca divulgou um comunicado afirmando que Rove e Lewis Libby, chefe de equipe do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, não tiveram nenhum papel no vazamento da identidade de Plame. Desde então, a imprensa identificou ambos como as fontes da informação.
Testemunhas
Judith Miller --repórter do "The New York Times" que ficou presa por 85 dias antes de concordar em revelar sua fonte-- testemunhou à Justiça a respeito das três conversas que teve com Libby.
O repórter da revista "Time" Matt Cooper afirmou em depoimento que Rove foi a primeira pessoa a lhe dizer que Plame trabalhava para a CIA. Cooper também teria falado a respeito de Wilson e sua mulher com Libby.
Fitzgerald parece se focar em evidências de que altos funcionários da Casa Branca tenham levantado informações sobre Wilson e sua mulher em junho de 2003 ou antes.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Karl Rove
Assessor de Bush depõe sobre caso envolvendo agente da CIA
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Karl Rove, o principal assessor político do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, testemunhou nesta sexta-feira perante um júri federal que investiga o vazamento da identidade de uma agente da CIA [agência de inteligência americana].
Foi a quarta aparição de Rove perante a Justiça, enquanto promotores decidem se irão ou não acusá-lo formalmente.
Rove --o mais poderoso e controverso estrategista político de Washington-- não fez comentários ao entrar, na manhã desta sexta-feira, na corte federal para prestar depoimento, esperando convencer o júri de que não agiu ilegalmente. Ele também não deu declarações ao deixar o local, quatro horas mais tarde.
Promotores disseram a Rove que não podem garantir que ele não seja indiciado pelo vazamento da identidade da agente da CIA Valerie Plame.
O marido de Plame, Joseph Wilson, acusa a administração de Bush de ter revelado a identidade de sua mulher em represália às críticas feitas por ele à política do governo Bush no Iraque, em um artigo publicado no jornal americano "The New York Times" em julho de 2003.
Indiciamento
Segundo fontes judiciais, o promotor de Justiça Patrick Fitzgerald, responsável pelo caso, pode enviar cartas de "aviso" a altos funcionários da administração e Bush, alertando que estão sob investigação, e indiciá-los ainda na próxima semana.
Fitzgerald também pode decidir que Rove não cometeu crime e divulgar um relatório com suas conclusões.
O advogado de Rove, Robert Luskin, afirma que seu cliente não fez parte do "esquema" organizado para punir Wilson "por meio da revelação da identidade de sua mulher."
Dois anos atrás, a Casa Branca divulgou um comunicado afirmando que Rove e Lewis Libby, chefe de equipe do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, não tiveram nenhum papel no vazamento da identidade de Plame. Desde então, a imprensa identificou ambos como as fontes da informação.
Testemunhas
Judith Miller --repórter do "The New York Times" que ficou presa por 85 dias antes de concordar em revelar sua fonte-- testemunhou à Justiça a respeito das três conversas que teve com Libby.
O repórter da revista "Time" Matt Cooper afirmou em depoimento que Rove foi a primeira pessoa a lhe dizer que Plame trabalhava para a CIA. Cooper também teria falado a respeito de Wilson e sua mulher com Libby.
Fitzgerald parece se focar em evidências de que altos funcionários da Casa Branca tenham levantado informações sobre Wilson e sua mulher em junho de 2003 ou antes.
Com agências internacionais
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