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17/10/2005
-
08h30
da Folha Online
Aviões e helicópteros do Exército americano bombardearam neste domingo dois vilarejos perto da cidade de Ramadi --capital da Província de Al Anbar e foco da insurgência sunita no Iraque-- matando ao menos 70 pessoas que, segundo os militares, eram insurgentes. Testemunhas dizem, entretanto, que entre os mortos há 39 civis iraquianos. A ação aconteceu um dia depois da realização do referendo sobre a Constituição no país.
Neste domingo, um grupo com dezenas de iraquianos se juntou perto de um veículo do Exército dos Estados Unidos, que havia sido destruído um dia antes por uma bomba colocada na estrada, no vilarejo de Al Bu Ubaid. Aviões americanos bombardearam o local, matando 20 pessoas, de acordo com o comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira. Os militares afirmaram que o grupo, classificado como "terrorista", estava armando outra bomba no local.
Várias testemunhas e um líder local afirmaram que os mortos eram civis que estavam olhando o veículo americano destruído. O líder tribal Chiad Saad afirmou que 25 civis morreram. Essa informação foi confirmada por várias outras testemunhas que não quiseram se identificar, à agência de notícias Associated Press.
As outras mortes aconteceram no vilarejo de Al Bu Faraj.
O Exército americano informou que agressores abriram fogo contra um helicóptero militar, que retornou fogo, matando ao menos dez pessoas. Os supostos rebeldes entraram em uma casa próxima, que foi bombardeada por outra bomba aérea por um caça F/A-18. Ao menos 40 supostos insurgentes foram mortos. Testemunhas disseram que entre os mortos há ao menos 14 civis foram mortos nessa ofensiva.
O comunicado do Exército americano, segundo a agência de notícias Reuters, nega que civis tenham morrido na operação.
Al Anbar e especificamente o vale do rio Eufrates, que atravessa a província, é onde supostamente se esconde o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, que lidera a Al Qaeda no Iraque e mantém ligações com Osama bin Laden, segundo a inteligência americana.
Referendo
Nesta segunda-feira, membros da Comissão Eleitoral iraquiana continuavam a contar os votos do referendo sobre a nova Constituição. Resultados iniciais mostram que o rascunho da Constituição deverá ser aprovado.
Em Al Anbar, aparentemente os sunitas conseguiram os dois terços necessários de votos contrários à Constituição para conseguir impedir a adoção do documento.
Mas era necessário que esse mesmo número de sunitas votassem contra em mais duas províncias o que, segundo a agência de notícias Associated Press, não aconteceu. Os resultados oficiais do referendo só serão divulgados no final desta semana.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre ataques em Ramadi
EUA dizem ter matado 70 supostos rebeldes a oeste do Iraque
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Aviões e helicópteros do Exército americano bombardearam neste domingo dois vilarejos perto da cidade de Ramadi --capital da Província de Al Anbar e foco da insurgência sunita no Iraque-- matando ao menos 70 pessoas que, segundo os militares, eram insurgentes. Testemunhas dizem, entretanto, que entre os mortos há 39 civis iraquianos. A ação aconteceu um dia depois da realização do referendo sobre a Constituição no país.
Neste domingo, um grupo com dezenas de iraquianos se juntou perto de um veículo do Exército dos Estados Unidos, que havia sido destruído um dia antes por uma bomba colocada na estrada, no vilarejo de Al Bu Ubaid. Aviões americanos bombardearam o local, matando 20 pessoas, de acordo com o comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira. Os militares afirmaram que o grupo, classificado como "terrorista", estava armando outra bomba no local.
Várias testemunhas e um líder local afirmaram que os mortos eram civis que estavam olhando o veículo americano destruído. O líder tribal Chiad Saad afirmou que 25 civis morreram. Essa informação foi confirmada por várias outras testemunhas que não quiseram se identificar, à agência de notícias Associated Press.
As outras mortes aconteceram no vilarejo de Al Bu Faraj.
O Exército americano informou que agressores abriram fogo contra um helicóptero militar, que retornou fogo, matando ao menos dez pessoas. Os supostos rebeldes entraram em uma casa próxima, que foi bombardeada por outra bomba aérea por um caça F/A-18. Ao menos 40 supostos insurgentes foram mortos. Testemunhas disseram que entre os mortos há ao menos 14 civis foram mortos nessa ofensiva.
O comunicado do Exército americano, segundo a agência de notícias Reuters, nega que civis tenham morrido na operação.
Al Anbar e especificamente o vale do rio Eufrates, que atravessa a província, é onde supostamente se esconde o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, que lidera a Al Qaeda no Iraque e mantém ligações com Osama bin Laden, segundo a inteligência americana.
Referendo
Nesta segunda-feira, membros da Comissão Eleitoral iraquiana continuavam a contar os votos do referendo sobre a nova Constituição. Resultados iniciais mostram que o rascunho da Constituição deverá ser aprovado.
Em Al Anbar, aparentemente os sunitas conseguiram os dois terços necessários de votos contrários à Constituição para conseguir impedir a adoção do documento.
Mas era necessário que esse mesmo número de sunitas votassem contra em mais duas províncias o que, segundo a agência de notícias Associated Press, não aconteceu. Os resultados oficiais do referendo só serão divulgados no final desta semana.
Com agências internacionais
Especial
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