19/10/2005 - 09h39

Wilma chega a categoria 5 e EUA se preparam para enfrentar furacão

da Folha Online

O furacão Wilma chegou nesta quarta-feira à categoria 5 da escala Saffir-Simpson, com ventos que já superam os 280 km/h, capazes de causar uma enorme devastação em áreas muito populosas, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, com sede em Miami. Moradores do Estado da Flórida --que pode ser afetado pelo fenômeno neste fim de semana-- já se preparam para enfrentar fortes tempestades.

Na manhã desta quarta-feira, o furacão estava a 270 quilômetros das Ilhas Cayman e 590 quilômetros de Cozumel, no México. O Wilma se dirige a oeste, a uma velocidade de 13 km/h.

Segundo especialistas, o furacão pode se tornar ainda mais intenso após passar por áreas costeiras do Estado, como Punta Gorda. "Ele pode se tornar uma grande ameaça para a Flórida durante o próximo fim de semana. Mas o cenário também pode mudar completamente até lá", afirmou Dan Brown, meteorologista do centro americano.

No ano passado, o furacão Charley, que alcançou a escala 4 na categoria Saffir-Simpson, passou pela Flórida provocando estragos que ultrapassaram os US$ 20 bilhões, e matando ao menos 150 pessoas.

Segundo o porta-voz do serviço de emergência do Estado, Mike Stone, há suprimentos de água e outros mantimentos necessários para atender a população caso o furacão afete com muita força a Flórida.

Esse é o 12º furacão dessa temporada, que começou em 1º de junho e deve terminar no final do próximo mês.

Caribe

O furacão já causou chuvas e ventos fortes na região da fronteira de Honduras até a fronteira da Nicarágua, mas, segundo equipes de emergência locais, ainda não houve retiradas de moradores e turistas.

Autoridades das ilhas no nordeste do Caribe pediram à população, nesta terça-feira, para que fique alerta com a aproximação do fenômeno. No ano passado, as Ilhas Cayman tiveram 70% de sua infra-estrutura destruída com a passagem do furacão Ivan pela região.

Na Jamaica, fortes chuvas provocaram enchentes em vários lugares do país, e deslizamentos de terra que fecharam estradas. Ao menos cem pessoas foram transferidas para abrigos, e autoridades locais já registram a morte de um fazendeiro de 35 anos que está sendo atribuída à passagem da tempestade pela ilha.

Com agências internacionais

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