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20/10/2005 - 08h54

Furacão Wilma provoca retirada de milhares do Caribe e EUA

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da Folha Online

Milhares de pessoas receberam nesta quinta-feira ordens de retirada de uma área que compreende mais de mil quilômetros e reúne as regiões costeiras de Belize, Cuba, Honduras, Jamaica, Ilhas Cayman e Haiti, ameaçadas pelo furacão Wilma, um dos mais intensos já registrados por institutos meteorológicos.

Nos Estados Unidos, turistas que estavam no arquipélago de Florida Keys, na costa do Estado da Flórida, também devem deixar a região. Ao menos 13 pessoas morreram pela passagem do fenômeno na América Central e Caribe.

O furacão perdeu a sua força nesta quinta-feira --passando para a categoria 4 com ventos de 240 km/h-- e se tornou ainda mais lento, fazendo com que o Centro Nacional de Furacões dos EUA, com sede em Miami, revisasse a previsão de chegada do fenômeno aos EUA.

Ontem esperava-se que o furacão atingisse a Flórida ainda neste fim de semana. Agora, especialistas dizem que o Wilma deve chegar à região apenas na próxima segunda-feira (24).

Espera

Vários países dessa região do Atlântico se preparam, agora, para o "pior". A maior parte da América Central ainda se recupera da passagem do furacão Stan no início deste mês pela região, o que provocou ao menos 1.500 mortes.

Boa parte da península de Yucatán, no México, estava sob alerta de furacão nesta quinta-feira. O problema para as autoridades é que ao menos 70 mil turistas ainda estão em Cancun --também no México-- e em outras áreas que podem ser duramente afetadas pelo furacão.

No Estado mexicano de Quintana Roo --que inclui Cancún-- autoridades decretaram estado de alerta vermelho, ordenaram a retirada dos turistas de quatro ilhas, incluindo a Isla Mujeres, e pediram o fechamento de um porto em Cozumel.

Fortes chuvas acompanhadas de ventos atingiram toda a área costeira de Honduras nesta quarta-feira, e provocaram a queda da energia elétrica em ao menos 20 cidades. Várias estradas ficaram bloqueadas e dois vilarejos tiveram de ser esvaziados.

Ao menos 500 turistas americanos e europeus foram retirados de várias cidades ameaçadas em Honduras, e levados para hotéis em ilhas na baía hondurenha.

A chefe da agência de Defesa Civil do Haiti, Maria Alta Jean-Baptiste, afirmou que ao menos 12 pessoas morreram no país devido a deslizamentos de terra desde o início desta semana. Ao menos 2.000 haitianos tiveram que abandonar suas casas por causa do Wilma.

Na Jamaica, onde fortes chuvas caem desde domingo (16), quase todas as escolas estão fechadas e 350 pessoas estão em abrigos. Um homem morreu após ser arrastado por fortes correntezas em uma enchente.

Perigo

Na manhã desta quinta-feira, o Wilma estava 315 quilômetros a leste do balneário mexicano de Cozumel, na península de Yucatán, avançando a 13 km/h no rumo oeste-noroeste, com ventos máximos de 250 km/h, o que transforma o fenômeno em um "furacão extremamente perigoso", principalmente por causa das flutuações de intensidade, segundo meteorologistas do centro americano.

A pressão central no olho do furacão continua sendo muito pequena, de 894 milibares, o que torna o Wilma muito perigoso, já que uma pressão pequena possibilita que os ventos sustentáveis ganhem mais intensidade.

De acordo com as previsões, o Wilma não deve atingir a região do golfo do México -- devastada pela passagem dos furacões Katrina e Rita, que causaram a morte de mais de 1.200 pessoas e causaram bilhões de dólares em prejuízos.

Wilma é o 12º furacão a se formar na atual temporada de furacões do Atlântico --que começou em 1º de junho passado, e vai até novembro próximo. A contagem de recordes de furacões --bem como o registro de cada fenômeno-- acontece desde 1851.

Com agências internacionais

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