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20/10/2005
-
22h21
da Folha Online
Altos funcionários sírios e autoridades libanesas tiveram envolvimento com o assassinato do ex-premiê libanês, Rafik al Hariri --ocorrido em fevereiro-- aponta um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado nesta quinta-feira.
O resultado da investigação --coordenada pelo promotor alemão Detlev Mehlis--- sobre a morte de Al Hariri, em uma explosão em 14 de fevereiro, estabelece "que há muitos indícios do envolvimento de agentes de segurança sírios no assassinato".
De acordo com o relatório, cabe agora à Síria "esclarecer uma parte considerável das questões não-esclarecidas" à frente dos investigadores.
Os governos libanês e sírio não comentaram imediatamente o relatório, mas o presidente sírio, Bashar al Assad, afirmou na semana passada que é "100% inocente".
O relatório foi entregue ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na manhã desta quinta-feira. Annan repassou o documento aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU e ao governo libanês.
Ligações
O relatório da ONU afirma que Ahmad Abdel al --membro do grupo militante islâmico Ahbash, do Líbano, que tem laços históricos com autoridades sírias-- desempenhou um importante papel no plano de assassinato de Al Hariri.
Segundo a investigação, Abel al fez ligações telefônicas para "todas as autoridades que foram investigadas sob suspeita de ligação com a morte."
"Há razões para acreditar que a decisão de assassinar [Al Hariri] não foi tomada sem a aprovação de altos membros do governo sírio e que a ação não poderia ter sido organizada sem a ajuda das forças de segurança libanesas", diz o relatório.
De acordo com a investigação da ONU, houve inúmeros contatos telefônicos entre Abdel al e membros da segurança libanesa no dia da morte de Al Hariri --entre eles, Faysal Rasheed, chefe da Segurança de Estado em Beirute.
O relatório indica ainda que Abdel al fez uma ligação para o presidente libanês, Emile Lahoud, minutos antes da explosão que matou Al Hariri.
Organização
A investigação comandada por Mehlis aponta que a explosão que matou o ex-premiê e outras 20 pessoas em Beirute foi realizada por um grupo "muito organizado, com recursos e capacidade consideráveis."
Segundo o relatório, o crime foi preparado durante vários meses e os movimentos de Al Hariri foram monitorados e registrados de perto durante o período de preparativos para o ataque.
De acordo com a comissão da ONU, mais de 400 pessoas foram entrevistadas e 60 mil documentos revisados durante os quatro meses de investigação. "Vários suspeitos" foram identificados e importantes provas recolhidas, diz o relatório.
O documento conclui que a investigação "deve prosseguir" e deve ser realizada por autoridades libanesas, com a ajuda internacional.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a crise sírio-libanesa
Leia o que já foi publicado sobre Rafik al Hariri
Relatório da ONU aponta envolvimento sírio em morte de ex-premiê
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Altos funcionários sírios e autoridades libanesas tiveram envolvimento com o assassinato do ex-premiê libanês, Rafik al Hariri --ocorrido em fevereiro-- aponta um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado nesta quinta-feira.
O resultado da investigação --coordenada pelo promotor alemão Detlev Mehlis--- sobre a morte de Al Hariri, em uma explosão em 14 de fevereiro, estabelece "que há muitos indícios do envolvimento de agentes de segurança sírios no assassinato".
De acordo com o relatório, cabe agora à Síria "esclarecer uma parte considerável das questões não-esclarecidas" à frente dos investigadores.
Os governos libanês e sírio não comentaram imediatamente o relatório, mas o presidente sírio, Bashar al Assad, afirmou na semana passada que é "100% inocente".
O relatório foi entregue ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na manhã desta quinta-feira. Annan repassou o documento aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU e ao governo libanês.
Ligações
O relatório da ONU afirma que Ahmad Abdel al --membro do grupo militante islâmico Ahbash, do Líbano, que tem laços históricos com autoridades sírias-- desempenhou um importante papel no plano de assassinato de Al Hariri.
Segundo a investigação, Abel al fez ligações telefônicas para "todas as autoridades que foram investigadas sob suspeita de ligação com a morte."
"Há razões para acreditar que a decisão de assassinar [Al Hariri] não foi tomada sem a aprovação de altos membros do governo sírio e que a ação não poderia ter sido organizada sem a ajuda das forças de segurança libanesas", diz o relatório.
De acordo com a investigação da ONU, houve inúmeros contatos telefônicos entre Abdel al e membros da segurança libanesa no dia da morte de Al Hariri --entre eles, Faysal Rasheed, chefe da Segurança de Estado em Beirute.
O relatório indica ainda que Abdel al fez uma ligação para o presidente libanês, Emile Lahoud, minutos antes da explosão que matou Al Hariri.
Organização
A investigação comandada por Mehlis aponta que a explosão que matou o ex-premiê e outras 20 pessoas em Beirute foi realizada por um grupo "muito organizado, com recursos e capacidade consideráveis."
Segundo o relatório, o crime foi preparado durante vários meses e os movimentos de Al Hariri foram monitorados e registrados de perto durante o período de preparativos para o ataque.
De acordo com a comissão da ONU, mais de 400 pessoas foram entrevistadas e 60 mil documentos revisados durante os quatro meses de investigação. "Vários suspeitos" foram identificados e importantes provas recolhidas, diz o relatório.
O documento conclui que a investigação "deve prosseguir" e deve ser realizada por autoridades libanesas, com a ajuda internacional.
Com agências internacionais
Especial
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