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23/10/2005 - 01h22

Furacão Wilma devasta Yucatán e ameaça a Flórida

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da France Presse

O furacão Wilma atingiu com força a península mexicana de Yucatán (leste) neste sábado e, embora tenha perdido intensidade, ameaça agora o Estado americano da Flórida, onde foi decretada a retirada obrigatória da população em diversas zonas.

As chuvas torrenciais provocadas por Wilma inundaram a região turística de Yucatán, causando sérios danos. Ao menos três pessoas morreram no México vítimas da passagem do furacão.

As vítimas fatais são dois queimados em um acidente com um bujão de gás e um homem atingido por uma árvore. Dois pescadores também estão desaparecidos no Estado de Campeche, segundo as autoridades.

O bujão de gás explodiu em Playa del Carmen, no estado de Quintana Roo, ferindo ainda cinco pessoas. O homem atingido pela árvore faleceu no vizinho Estado de Yucatán.

Agora à noite, Wilma saía de península de Yucatán como furacão da categoria 2 da escala Saffir-Simpson (até 5), com ventos de 160 km/h, e estava a 650 km a sudoeste de Key West, na Flórida.

O Centro Nacional de Furacões (NHC) estima que Wilma atingirá a Flórida como furacão de categoria 1 ou 2, após castigar o Caribe mexicano por mais de 40 horas.

As autoridades da Flórida ordenaram a saída obrigatória de milhares de residentes do sul do Estado, prevendo a chegada de Wilma entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira.

Pelo menos 80 mil residentes dos Keys, a rede de ilhas do sul da Flórida, receberam ordem para abandonar a região, do mesmo modo que os habitantes das zonas baixas e costeiras dos condados de Lee e Collier (sudoeste), onde estão as cidades de Fort Myers e Naples, e a exclusiva localidade de Marco Island.

No sudeste da Flórida, onde estão importantes cidades como Miami e Fort Lauderdale, foi decretado o fechamento de escolas e repartições a partir de segunda-feira.

No México, o governador de Quintana Roo, Félix González, disse que "nunca na história viu um fenômeno meteorológico como o de agora, que equivale a quatro ou cinco furacões passando de forma subseqüente".

Em Playa del Carmen, 80 km ao sul de Cancún (leste), a passagem do Wilma inundou quase todas as casas e destruiu diversas lojas, facilitando a ação de saqueadores.

"Playa está destroçada, temos muita água, todos os postes estão no chão, estamos inundados, Playa não é assim", lamentou Moisés Ramírez, comandante da Defesa Civil local.

No total, o fenômeno paralisou a vida de mais de um milhão de habitantes na península de Yucatán e a previsão é de que a situação de emergência total se manterá até domingo.

No balneário de Cancún, de 700 mil habitantes, a zona hoteleira sofreu com inundações de cinco a oito metros, mas a área residencial, apesar de algumas casas destelhadas, resistiu bem.

"A água chegou ao terceiro andar dos hotéis", disse Humberto Hernández Uzon, do serviço meteorológico mexicano.

Wilma arrancou árvores, postes, destruiu telhados, arrastou carros e forçou milhares de pessoas a buscarem refúgio na região.

Pelo menos 38.000 turistas estrangeiros, que não conseguiram ou não tiveram condições de deixar o México, foram levados para abrigos, como ginásios ou escolas. Mais de 60.000 pessoas estão alojadas em abrigos provisórios desde quinta-feira.

Os estragos causados por Wilma obrigaram o México a decretar estado de emergência em 55 municípios.

Com ventos que chegaram a superar os 280 km/h em alguns momentos, o Wilma atingiu primeiro a ilha de Cozumel, 130 km ao sul de Cancún, depois Playa del Carmen e por último Cancún.

Nas ilhas Cozumel e Mulheres, os danos foram severos e a água chegou a um metro e meio de altura, segundo um boletim da secretaria de governo.

Em Cuba, quase 560 mil pessoas foram obrigadas a sair de suas casas, principalmente em Pinar del Río (oeste), afetada por chuvas, tornados e inundações.

Enquanto o furacão Wilma sai de Yucatán, outra tempestade tropical surge no Caribe sob o nome de Alpha, a 22ª tormenta do ano, fazendo de 2005 o ano com maior atividade ciclônica da história.

Às 21h GMT (19h de Brasília), o centro de Alpha estava a cerca de 200 km a sudoeste de Santo Domingo, na República Dominicana, com ventos de 65 km/h, segundo o NHC.

Alpha se desloca para noroeste a 25 km/h e deve atingir a ilha de Hispaniola, compartilhada por República Dominicana e Haiti, no final da noite deste sábado ou madrugada de domingo.

Da ilha de Hispaniola, Alpha deve avançar sobre as ilhas Turks e Caicos e as Bahamas, segundo os especialistas, que não prevêem a passagem da tempestade pelos Estados Unidos.

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