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25/10/2005
-
14h48
da Folha Online
Lewis Libby Jr., chefe de gabinete da equipe do vice-presidente americano, Dick Cheney, foi informado por seu próprio chefe sobre a existência da agente da CIA [agência de inteligência dos EUA] Valerie Plame, semanas antes de a informação vir à público em 2003, na coluna do repórter americano Robert Novak, em julho daquele ano.
Essa é a primeira vez que o nome de Cheney é vinculado diretamente ao caso. De acordo com informações obtidas pelo jornal americano "The New York Times" sobre uma conversa que Cheney e Libby tiveram em 12 de junho de 2003 --pouco antes da divulgação da identidade de Plame pela imprensa-- Cheney não sabia o nome da mulher que era agente da CIA, mas tinha conhecimento que ela era mulher do embaixador americano Joseph Wilson.
Na época da divulgação da identidade de Plame, Wilson tinha sido enviado pela CIA à África em 2002, para pesquisar a suposta compra de urânio do Níger pelo Iraque. A intenção era que ele reforçasse a idéia de que o então ditador iraquiano, Saddam Hussein, tinha em seu poder armas de destruição em massa, o que não aconteceu.
Mais de um ano depois, Wilson publicou, no "New York Times", um artigo intitulado "O que eu não encontrei na África", onde ele questionava se a administração do presidente George W. Bush tinha manipulado a CIA sobre o programa de armas de Saddam, para justificar a invasão no Iraque.
Segundo o "New York Times", que cita como fontes procuradores envolvidos no caso, informações sobre a conversa entre Libby e Cheney são totalmente diferentes do que o assessor de Cheney disse durante testemunho sobre o caso.
As informações em poder de Fitzgerald indicam que Libby ouviu falar pela primeira vez da agente em uma conversa com Cheney. Essa discrepância aparente no testemunho pode fazer com que ele seja acusado de falso testemunho perante à Justiça.
Em seu testemunho sobre o caso, Libby afirmou que tinha ouvido "de jornalistas" a informação sobre o trabalho de Plame como agente da CIA e que ela "tinha participado" da decisão de enviar Wilson à missão na África em 2002.
O jornal diz Cheney soube que a mulher de Wilson era agente da CIA por meio de George J. Tenet, o diretor CIA na época, mas nenhum dos dois teria conhecimento que Plame trabalhava à paisana. Revelar a identidade de um agente que trabalha oculto nos EUA é crime. Depois disso, Cheney teria contado a Libby sobre Plame.
Crime
A suposta discussão sobre o caso de Wilson e de Plame entre Cheney e Libby não é crime mas, de acordo com Patrick J. Fitzgerald, conselheiro especial no caso, é ilegal "fazer qualquer ação para impedir o andamento das investigações", o que Libby pode ter feito, quando deu seu testemunho.
Fitzgerald deve decidir até a próxima sexta-feira se irá acusar Libby formalmente que, junto a Karl Rove, assessor de Bush, pode ser indiciado no caso.
Segundo o "New York Times", "não está claro os motivos que levaram Libby à dizer em seu testemunho que ouvira falar de Plame por meio de jornalistas, se ele sabia que Fitzgerald tinha em seu poder informações sobre a conversa que ele tivera com Cheney".
No início das investigações, Bush prometeu a cooperação total dos funcionários da Casa Branca com a investigação.
Com "The New York Times" e agências internacionais
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Casa Branca defende Cheney em caso de agente da CIA
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Lewis Libby Jr., chefe de gabinete da equipe do vice-presidente americano, Dick Cheney, foi informado por seu próprio chefe sobre a existência da agente da CIA [agência de inteligência dos EUA] Valerie Plame, semanas antes de a informação vir à público em 2003, na coluna do repórter americano Robert Novak, em julho daquele ano.
Essa é a primeira vez que o nome de Cheney é vinculado diretamente ao caso. De acordo com informações obtidas pelo jornal americano "The New York Times" sobre uma conversa que Cheney e Libby tiveram em 12 de junho de 2003 --pouco antes da divulgação da identidade de Plame pela imprensa-- Cheney não sabia o nome da mulher que era agente da CIA, mas tinha conhecimento que ela era mulher do embaixador americano Joseph Wilson.
Na época da divulgação da identidade de Plame, Wilson tinha sido enviado pela CIA à África em 2002, para pesquisar a suposta compra de urânio do Níger pelo Iraque. A intenção era que ele reforçasse a idéia de que o então ditador iraquiano, Saddam Hussein, tinha em seu poder armas de destruição em massa, o que não aconteceu.
Mais de um ano depois, Wilson publicou, no "New York Times", um artigo intitulado "O que eu não encontrei na África", onde ele questionava se a administração do presidente George W. Bush tinha manipulado a CIA sobre o programa de armas de Saddam, para justificar a invasão no Iraque.
Segundo o "New York Times", que cita como fontes procuradores envolvidos no caso, informações sobre a conversa entre Libby e Cheney são totalmente diferentes do que o assessor de Cheney disse durante testemunho sobre o caso.
As informações em poder de Fitzgerald indicam que Libby ouviu falar pela primeira vez da agente em uma conversa com Cheney. Essa discrepância aparente no testemunho pode fazer com que ele seja acusado de falso testemunho perante à Justiça.
Em seu testemunho sobre o caso, Libby afirmou que tinha ouvido "de jornalistas" a informação sobre o trabalho de Plame como agente da CIA e que ela "tinha participado" da decisão de enviar Wilson à missão na África em 2002.
O jornal diz Cheney soube que a mulher de Wilson era agente da CIA por meio de George J. Tenet, o diretor CIA na época, mas nenhum dos dois teria conhecimento que Plame trabalhava à paisana. Revelar a identidade de um agente que trabalha oculto nos EUA é crime. Depois disso, Cheney teria contado a Libby sobre Plame.
Crime
A suposta discussão sobre o caso de Wilson e de Plame entre Cheney e Libby não é crime mas, de acordo com Patrick J. Fitzgerald, conselheiro especial no caso, é ilegal "fazer qualquer ação para impedir o andamento das investigações", o que Libby pode ter feito, quando deu seu testemunho.
Fitzgerald deve decidir até a próxima sexta-feira se irá acusar Libby formalmente que, junto a Karl Rove, assessor de Bush, pode ser indiciado no caso.
Segundo o "New York Times", "não está claro os motivos que levaram Libby à dizer em seu testemunho que ouvira falar de Plame por meio de jornalistas, se ele sabia que Fitzgerald tinha em seu poder informações sobre a conversa que ele tivera com Cheney".
No início das investigações, Bush prometeu a cooperação total dos funcionários da Casa Branca com a investigação.
Com "The New York Times" e agências internacionais
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