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25/10/2005
-
21h05
da Efe
Milhares de turistas aguardavam nesta terça-feira, em plena rodovia de acesso ao aeroporto de Cancún, a saída de seus vôos do balneário mexicano sem instalações sanitárias, alimentos, bebidas, ou mesmo um abrigo para se protegerem do sol implacável.
Após permanecerem presos na cidade caribenha por cinco dias, sob condições-limite de sobrevivência, os 40 mil turistas que foram surpreendidos pelo furacão Wilma começaram a abandonar o lugar aos poucos.
O aeroporto, situado a cerca de 15 quilômetros do centro da cidade, só era acessível aos passageiros com vôos confirmados. Centenas de turistas foram proibidos de voar, e tiveram que retornar a pé ao lugar de onde saíram.
Durante a manhã, só foram permitidas as aterrissagens de vôos das companhias aéreas Mexicana, Aeroméxico e USA-3000. Os únicos passageiros que puderam entrar no aeroporto o fizeram utilizando ônibus fretados por suas operadoras de turismo.
Caos
Em meio ao caos provocado pela ininterrupta chegada de pessoas que se viam obrigadas a dar a meia volta, três turistas espanhóis, sem dinheiro nem forças para caminhar, suplicaram por ajuda.
Mónica Tejerina, Adriana Barba e Sergio Martínez, vindos de Madri e Valência, tiveram de retornar à cidade para solicitar ajuda à embaixada da Espanha, que poderá instalá-los em um hotel até a saída de seus vôos.
"Não temos dinheiro nem para mais um táxi", disse à Efe Tejerina, que relatou o pesadelo vivido nos últimos dias. Os espanhóis passaram os últimos dias em um abrigo, sobrevivendo à base de atum e pão.
Sergio Martínez afirmou que o grupo não pôde se comunicar com ninguém, pois não havia telefones disponíveis, nem possibilidade de fazer ligações por celulares.
A família porto-riquenha Nieto, com duas crianças de 3 e 4 anos, teve de esperar durante 4 horas, na beira da estrada, pela saída de seu vôo, já confirmado pela companhia EUA-3000.
Dorothy Cobe, procedente de Illinois (Estados Unidos), que viajou ao México acompanhada de filha, genro e duas crianças, assegurou à EFE que a família permaneceu em um quarto de hotel que, assim como o resto dos estabelecimentos, não pôde oferecer nenhum serviço básico aos hóspedes.
"Contamos às crianças que isto é uma aventura, como em um acampamento", explicou a mulher, que se protegia do forte sol com um guarda-chuva.
Assim como em muitos outros casos, foram seus familiares nos Estados Unidos que ligaram para as companhias aéreas e puderam informá-los sobre a saída de seus vôos.
Espanhóis
Cerca de 1.200 turistas espanhóis que estavam presos em Cancún voltaram para casa nas últimas 24 horas, informou hoje à Efe a embaixadora da Espanha no México, Cristina Barrios.
Os aviões saíram da cidade de Mérida, a cerca de trezentos quilômetros de Cancún, disse a embaixadora. Três decolaram na segunda-feira e dois hoje.
Entretanto, ainda restam outros 2.500 turistas espanhóis que aguardam o embarque, após terem passado vários dias sob condições caóticas.
O gabinete da Presidência do México divulgou um comunicado informando que os aeroportos de Cancún e Cozumel foram reabertos hoje para vôos comerciais e funcionarão das oito do amanhã às seis da tarde "até que a situação se normalize".
Os serviços de transporte marítimo também começam a ser reativados para atender às regiões de Cozumel, Playa del Carmen e Isla Mujeres.
A secretaria de Comunicações e Transportes (SCT) informou que 2 mil pessoas foram transportadas por barco nesta segunda-feira de Cozumel até Playa del Carmen.
A Presidência indicou ainda que já foi o porto da ilha de Cozumel já voltou a funcionar, o que "permitirá o aumento do fornecimento de alimentos, materiais e máquinas para a reconstrução da região".
A estrada Cancún-Mérida também já foi reaberta.
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Milhares de turistas aguardam vôos para deixar Cancún
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Milhares de turistas aguardavam nesta terça-feira, em plena rodovia de acesso ao aeroporto de Cancún, a saída de seus vôos do balneário mexicano sem instalações sanitárias, alimentos, bebidas, ou mesmo um abrigo para se protegerem do sol implacável.
Após permanecerem presos na cidade caribenha por cinco dias, sob condições-limite de sobrevivência, os 40 mil turistas que foram surpreendidos pelo furacão Wilma começaram a abandonar o lugar aos poucos.
O aeroporto, situado a cerca de 15 quilômetros do centro da cidade, só era acessível aos passageiros com vôos confirmados. Centenas de turistas foram proibidos de voar, e tiveram que retornar a pé ao lugar de onde saíram.
Durante a manhã, só foram permitidas as aterrissagens de vôos das companhias aéreas Mexicana, Aeroméxico e USA-3000. Os únicos passageiros que puderam entrar no aeroporto o fizeram utilizando ônibus fretados por suas operadoras de turismo.
Caos
Em meio ao caos provocado pela ininterrupta chegada de pessoas que se viam obrigadas a dar a meia volta, três turistas espanhóis, sem dinheiro nem forças para caminhar, suplicaram por ajuda.
Mónica Tejerina, Adriana Barba e Sergio Martínez, vindos de Madri e Valência, tiveram de retornar à cidade para solicitar ajuda à embaixada da Espanha, que poderá instalá-los em um hotel até a saída de seus vôos.
"Não temos dinheiro nem para mais um táxi", disse à Efe Tejerina, que relatou o pesadelo vivido nos últimos dias. Os espanhóis passaram os últimos dias em um abrigo, sobrevivendo à base de atum e pão.
Sergio Martínez afirmou que o grupo não pôde se comunicar com ninguém, pois não havia telefones disponíveis, nem possibilidade de fazer ligações por celulares.
A família porto-riquenha Nieto, com duas crianças de 3 e 4 anos, teve de esperar durante 4 horas, na beira da estrada, pela saída de seu vôo, já confirmado pela companhia EUA-3000.
Dorothy Cobe, procedente de Illinois (Estados Unidos), que viajou ao México acompanhada de filha, genro e duas crianças, assegurou à EFE que a família permaneceu em um quarto de hotel que, assim como o resto dos estabelecimentos, não pôde oferecer nenhum serviço básico aos hóspedes.
"Contamos às crianças que isto é uma aventura, como em um acampamento", explicou a mulher, que se protegia do forte sol com um guarda-chuva.
Assim como em muitos outros casos, foram seus familiares nos Estados Unidos que ligaram para as companhias aéreas e puderam informá-los sobre a saída de seus vôos.
Espanhóis
Cerca de 1.200 turistas espanhóis que estavam presos em Cancún voltaram para casa nas últimas 24 horas, informou hoje à Efe a embaixadora da Espanha no México, Cristina Barrios.
Os aviões saíram da cidade de Mérida, a cerca de trezentos quilômetros de Cancún, disse a embaixadora. Três decolaram na segunda-feira e dois hoje.
Entretanto, ainda restam outros 2.500 turistas espanhóis que aguardam o embarque, após terem passado vários dias sob condições caóticas.
O gabinete da Presidência do México divulgou um comunicado informando que os aeroportos de Cancún e Cozumel foram reabertos hoje para vôos comerciais e funcionarão das oito do amanhã às seis da tarde "até que a situação se normalize".
Os serviços de transporte marítimo também começam a ser reativados para atender às regiões de Cozumel, Playa del Carmen e Isla Mujeres.
A secretaria de Comunicações e Transportes (SCT) informou que 2 mil pessoas foram transportadas por barco nesta segunda-feira de Cozumel até Playa del Carmen.
A Presidência indicou ainda que já foi o porto da ilha de Cozumel já voltou a funcionar, o que "permitirá o aumento do fornecimento de alimentos, materiais e máquinas para a reconstrução da região".
A estrada Cancún-Mérida também já foi reaberta.
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