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26/10/2005 - 14h04

Sobe para cinco número de mortos devido atentado suicida em Israel

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da Folha Online

Subiu para cinco o número de mortos no atentado suicida ocorrido nesta quarta-feira em frente a um estande de falafel --comida típica árabe-judaica-- em uma feira na cidade israelense de Hadera. Outras 21 pessoas estão feridas. Minutos após o ataque, uma pessoa que se identificou como membro do grupo extremista palestino Jihad Islâmico reivindicou o atentado.

Ronen Zvulun/Reuters
Policiais israelenses vigiam a área após atentado suicida que matou cinco pessoas
O ataque aconteceu por volta das 16h (12h de Brasília), e foi reivindicado por meio de um telefonema anônimo a várias redações de agências de notícias da região.

Tanto a agência de notícias Associated Press quanto a France Presse receberam ligações anônimas em seus escritórios israelenses sobre a autoria do atentado. Nos telefonemas, o suposto membro do grupo extremista disse que o atentado foi uma "vingança" contra o assassinato de Luai Saadi, comandante do grupo, morto em um tiroteio travado com soldados israelenses em Tulkarem, na Cisjordânia.

Em resposta, os militantes tinham prometido vingar-se. Desde o início desta semana, dezenas de foguetes Qassam [de fabricação caseira] foram lançados contra cidades israelenses, o que provocou uma resposta do Exército. Militares israelenses realizaram nesta quarta-feira uma ofensiva a nordeste de Gaza.

Esse foi o primeiro atentado suicida ocorrido dentro do Estado israelense desde 28 de agosto último, quando um outro homem se explodiu na entrada da estação de ônibus em Beersheba (sul), ferindo 20 pessoas. Ele tinha sido interceptado pela polícia minutos antes.

Hadera, localizada na costa israelense e na região central do país, sofreu vários ataques após o início da Segunda Intifada [revolta popular palestina contra a ocupação israelense, iniciada em setembro de 2000].

Esta quarta-feira também marca o aniversário de dez anos da morte de um outro líder do Jihad Islâmico, Fathi Shekaki em Malta, durante uma suposta ação israelense.

Corpos

Nas ruas onde ocorria a feira de Hadera, havia pedaços de corpos, vidro quebrado e poças de sangue. Ao menos quatro estandes foram destruídos com a explosão.

Equipes de resgate retiravam os feridos, e começavam a recolher os corpos que estavam no local.

"Há partes de corpos daqui até o meu apartamento. O estrago foi muito grande", afirmou Fidan Akiva, à rede de TV israelense Canal 10, que disse morar a cem metros de onde ocorreu a explosão.

"Não esperávamos que isso acontecesse em um lugar tão movimentado. Aprendemos que o mundo é bom, mas aparentemente estamos errados", disse.

A retirada das colônias israelenses da faixa de Gaza --encerrada no mês passado e que colocou um fim a ocupação do território por 38 anos-- levou especialistas e autoridades locais a considerarem que um período mais longo de paz poderia estar começando na região

Resposta israelense

"Esse é apenas mais um elo na mortífera cadeia de terrorismo que é alimentada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), que continua sem fazer qualquer ação para barrar os ataques terroristas", disse nesta quarta-feira o porta-voz do governo israelense, David Baker.

"A ANP deveria, de uma vez por todas, desarmar todos os grupos extremistas palestinos", afirmou.

O porta-voz da polícia israelense em Hadera, Dov Lotzky, disse que o suicida estava em uma fila no estande de falafel quando detonou os explosivos.

Reação palestina

O negociador palestino Saeb Erekat condenou a ação, classificando-a como um ataque terrorista. "Nós condenamos o ataque em Hadera, como sempre condenamos atentados suicidas que deixam vítimas entre os israelenses. Esperamos que esse ataque não mine os esforços pela paz", afirmou.

Em março passado, grupos extremistas palestinos concordaram em aderir a um cessar-fogo que tinha sido acordado no mês anterior entre o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.

Desde o cessar-fogo, é atribuído ao Jihad Islâmico quatro ataques suicidas. O grupo também concordou com a trégua, e afirma que os atentados "são respostas específicas a determinadas ações israelenses".

Com agências internacionais

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