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26/10/2005
-
22h54
da Efe
Líderes da oposição democrata no Congresso dos Estados Unidos exigiram ao presidente George W. Bush nesta quarta-feira uma nova estratégia antiterrorista, após acusá-lo de não estabelecer um plano que proteja o país de outro ataque terrorista.
Os líderes da minoria democrata no Senado, Harry Reid, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, além de vários ex-membros do gabinete de Bill Clinton, divulgaram uma análise sobre os supostos erros da atual política de Bush contra o terrorismo.
Eles também apresentaram uma carta enviada hoje ao presidente americano lembrando que o governo dele prometeu divulgar uma nova estratégia antiterrorista que, aparentemente, foi adiada por tempo indeterminado devido a impedimentos burocráticos.
A carta cita um relatório anual recente do Centro Nacional contra o Terrorismo, que demonstra uma tendência crescente nos ataques terroristas no mundo todo, incluindo os cometidos em Madri, Londres e Bali.
Ataques
O número de ataques terroristas significativos aumentou de 124 em 2001 para 651 em 2004, deixando 1.907 mortos, segundo os democratas. Além disso, há crescentes provas de que a guerra no Iraque "agravou ainda mais a ameaça terrorista contra o país árabe".
De acordo com a carta assinada por Reid e Pelosi, "o Iraque ameaça se transformar no que não era antes da guerra: um ímã e um campo de treinamento para os terroristas".
A análise divulgada hoje, preparada em parte pela ex-secretária de Estado Madeleine Albright e pelo ex-chefe de pessoal da Casa Branca John Podesta, oferece a Bush uma série de recomendações para melhorar a segurança nacional e a imagem dos EUA entre os muçulmanos, entre outros assuntos.
Resposta
Segundo os democratas, a pobre resposta inicial do governo Bush ao furacão Katrina, no final de agosto, demonstra que a Casa Branca não fez o suficiente para proteger o país de um desastre ou de um atentado terrorista semelhante ao de 11 de setembro de 2001.
"O presidente Bush ainda não deu ao povo americano uma estratégia de amplo alcance e a longo prazo que o proteja de ataques terroristas. Nós, democratas, achamos que os EUA mais fortes começam em casa", disse Pelosi em comunicado que acompanha o relatório.
O relatório, com cerca de 30 páginas e intitulado "Combatendo um terror catastrófico: uma estratégia de segurança para a nação", apresenta idéias para a eliminação de células terroristas e de seus campos de treinamento, para a melhoria da imagem dos EUA no mundo muçulmano e para o fortalecimento da segurança dentro do país.
Audiência
Os democratas divulgaram a carta e a análise, coincidindo com a realização de uma audiência em uma subcomissão judicial do Senado para analisar a capacidade de resposta do governo dos EUA a um ataque terrorista, por causa da passagem do Katrina pelo sudeste do país, no último dia 29 de agosto.
Caso seja cometido outro atentado em solo americano, os primeiros a responder seriam as equipes de emergência, a Polícia, os bombeiros e equipes de pessoal técnico, além da Fema (Agência Federal para a Gestão de Emergências).
A resposta inadequada da Fema às vítimas do Katrina "requer mudanças drásticas em sua preparação e reação a emergências naturais ou causadas pelos terroristas", disse Slade Gorton, membro da comissão nacional que analisou os erros de inteligência anteriores ao 11 de setembro.
"As lições do 11 de setembro e do Katrina são muito dolorosas para se repetirem", advertiu o especialista.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre leis antiterroristas
Democratas exigem de Bush uma nova estratégia antiterrorista
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Líderes da oposição democrata no Congresso dos Estados Unidos exigiram ao presidente George W. Bush nesta quarta-feira uma nova estratégia antiterrorista, após acusá-lo de não estabelecer um plano que proteja o país de outro ataque terrorista.
Os líderes da minoria democrata no Senado, Harry Reid, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, além de vários ex-membros do gabinete de Bill Clinton, divulgaram uma análise sobre os supostos erros da atual política de Bush contra o terrorismo.
Eles também apresentaram uma carta enviada hoje ao presidente americano lembrando que o governo dele prometeu divulgar uma nova estratégia antiterrorista que, aparentemente, foi adiada por tempo indeterminado devido a impedimentos burocráticos.
A carta cita um relatório anual recente do Centro Nacional contra o Terrorismo, que demonstra uma tendência crescente nos ataques terroristas no mundo todo, incluindo os cometidos em Madri, Londres e Bali.
Ataques
O número de ataques terroristas significativos aumentou de 124 em 2001 para 651 em 2004, deixando 1.907 mortos, segundo os democratas. Além disso, há crescentes provas de que a guerra no Iraque "agravou ainda mais a ameaça terrorista contra o país árabe".
De acordo com a carta assinada por Reid e Pelosi, "o Iraque ameaça se transformar no que não era antes da guerra: um ímã e um campo de treinamento para os terroristas".
A análise divulgada hoje, preparada em parte pela ex-secretária de Estado Madeleine Albright e pelo ex-chefe de pessoal da Casa Branca John Podesta, oferece a Bush uma série de recomendações para melhorar a segurança nacional e a imagem dos EUA entre os muçulmanos, entre outros assuntos.
Resposta
Segundo os democratas, a pobre resposta inicial do governo Bush ao furacão Katrina, no final de agosto, demonstra que a Casa Branca não fez o suficiente para proteger o país de um desastre ou de um atentado terrorista semelhante ao de 11 de setembro de 2001.
"O presidente Bush ainda não deu ao povo americano uma estratégia de amplo alcance e a longo prazo que o proteja de ataques terroristas. Nós, democratas, achamos que os EUA mais fortes começam em casa", disse Pelosi em comunicado que acompanha o relatório.
O relatório, com cerca de 30 páginas e intitulado "Combatendo um terror catastrófico: uma estratégia de segurança para a nação", apresenta idéias para a eliminação de células terroristas e de seus campos de treinamento, para a melhoria da imagem dos EUA no mundo muçulmano e para o fortalecimento da segurança dentro do país.
Audiência
Os democratas divulgaram a carta e a análise, coincidindo com a realização de uma audiência em uma subcomissão judicial do Senado para analisar a capacidade de resposta do governo dos EUA a um ataque terrorista, por causa da passagem do Katrina pelo sudeste do país, no último dia 29 de agosto.
Caso seja cometido outro atentado em solo americano, os primeiros a responder seriam as equipes de emergência, a Polícia, os bombeiros e equipes de pessoal técnico, além da Fema (Agência Federal para a Gestão de Emergências).
A resposta inadequada da Fema às vítimas do Katrina "requer mudanças drásticas em sua preparação e reação a emergências naturais ou causadas pelos terroristas", disse Slade Gorton, membro da comissão nacional que analisou os erros de inteligência anteriores ao 11 de setembro.
"As lições do 11 de setembro e do Katrina são muito dolorosas para se repetirem", advertiu o especialista.
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