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30/10/2005 - 14h15

Extremistas palestinos prometem suspender ataques contra Israel

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da Folha Online

Membros de grupos extremistas palestinos prometeram suspender os ataques contra cidades de Israel neste domingo, em especial o Jihad Islâmico -- autor do atentado ocorrido em Hadera na semana passada, que matou cinco civis israelenses, e desencadeou uma megaofensiva de Israel contra territórios palestinos.

Membros do governo israelense e palestino teriam também concordado neste domingo em interromper a megaofensiva em territórios palestinos iniciada na quarta-feira (26), um dia depois do ataque em Hadera.

Khaled al Batch, porta-voz do Jihad Islâmico em Gaza, afirmou em um comunicado distribuído à impresa que seu grupo "está comprometido com a calma até quando os sionistas também aderirem [à trégua]".

O Jihad Islâmico afirmou que a ação em Hadera foi uma vingança contra Israel, cujos soldados mataram no início da semana passada, um líder do grupo na Cisjordânia, durante uma operação para prender extremistas.

O acordo entre palestinos e israelenses --que foi informado pelo jornal israelense "Haaretz" neste domingo, e agências de notícias internacionais-- não teve, porém, confirmação oficial do governo israelense. Caso realmente se estabeleça, irá romper com a primeira onda de violência que abalou as relações entre os dois governos desde a retirada das 21 colônias judaicas existentes em Gaza, e de outras quatro, na Cisjordânia, finalizada em setembro passado.

A interrupção da ofensiva --caso seja oficialmente confirmada-- acontece depois que funcionários da agência contraterrorista israelense alertaram o governo de que membros da rede terrorista Al Qaeda, comandada por Osama bin Laden, estão infiltrados em Gaza. Danny Arditi, conselheiro antiterror do primeiro-ministro Ariel Sharon, disse que a chegada de terroristas da rede à região "aparentemente" aconteceram no último mês, quando o Egito abriu sua fronteira com Gaza.

"A abertura da passagem (...) aparentemente permitiu que membros da AL Qaeda entrassem em Gaza", afirmou Arditi.

Trégua

Desde a semana passada, Israel tem feito bombardeios aéreos em Gaza, enquanto que grupos extremistas palestinos --principalmente o Jihad Islâmico-- continuaram a atirar foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra cidades israelenses ao sul.

Fontes do Ministério do Interior palestino afirmaram neste domingo que militantes concordaram em parar com os ataques de foguetes, mas ainda haverá uma reunião entre líderes desses grupos, na noite deste domingo.

Uma fonte do governo israelense disse que "aparentemente houve um entendimento" entre ambos os lados no sentido

Mas a capitã do Exército israelense Yael Hartmann, que também é porta-voz, afirmou que a política dos militares sobre a continuação da ofensiva não mudou.

Desacordo

Durante a reunião do gabinete israelense, realizada neste domingo, Sharon prometeu uma "severa" retaliação contra qualquer ataque a Israel, mas afirmou discordar da afirmação feita pelo ministro da Defesa Shaul Mofaz na sexta-feira (28), a um jornal israelense. Ele disse que a paz "é impossível" de ser feita sob a atual administração palestina, liderada pelo presidente da ANP, Mahmoud Abbas.

Esse último episódio de violência foi um duro teste ao acordo de paz realizado entre Abbas e Sharon em fevereiro passado, durante a cúpula de Sharm el Sheikh (Egito), que se estendeu a todos os grupos extremistas palestinos no mês seguinte.

O Jihad Islâmico tinha aceitado participar da trégua, mas acabou não cumprindo o acordo. O grupo realizou diversos atentados terroristas, incluindo quatro ataques suicidas, classificados pelos líderes do grupo como "represálias" contra as violações israelenses ao cessar-fogo.

Em Gaza, Israel reabriu duas passagens neste domingo para permitir que caminhões transportando produtos e outros bens para dentro do território palestino. Apesar disso, palestinos ainda estão proibidos de se locomover.

Com agências internacionais

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