Publicidade
Publicidade
01/11/2005
-
20h17
da France Presse, em Damasco
A Síria mostrou-se nesta terça-feira disposta a colaborar com a comissão da ONU (Organização das Nações Unidas) que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik al Hariri, depois que uma resolução do Conselho de Segurança exigiu que o país cooperasse.
A imprensa oficial síria manifestou a vontade do país de cooperar com a comissão da ONU e estimou que a resolução, aprovada na véspera, não ameaça a Síria com sanções.
Quatro jornais sírios publicaram o texto integral da resolução 1636-- aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança--, na qual a Síria é convocada a colaborar nas investigações do assassinato de Al Hariri, em um atentado em Beirute em 14 de fevereiro.
No entanto, evitaram dar destaque às cláusulas que incomodam as autoridades sírias-- principalmente a referência ao capítulo 7 da Carta da ONU, que inclui a possibilidade de sanções se a Síria não cooperar, e aos chamados para que Damasco coloque os suspeitos à disposição da comissão de investigação.
"Conselho de Segurança aprova uma resolução sem ameaça de sanções, e pede cooperação", diz a manchete do jornal "Al Thawra", enquanto o "Chareh" estima que "existe a intenção de nos acusar, mas iremos cooperar com a comissão para apresentar provas que comprometam os criminosos".
"Esta não é a primeira vez em que a Síria sofre enormes pressões, mesmo as de agora sendo mais perigosas (...) Saiu ilesa no passado e voltará a superar as tentativas de colocá-la de joelhos", afirma o jornalista do Chareh, Fayez Sayegh.
"Nossa decisão é a de cooperar", garante o "Techrine", destacando que "a resolução não menciona nem o uso da força nem uma possibilidade clara de sanções". Nesse sentido, a ministra síria Bussaina Shaaban afirmou ao canal de TV CNN que "a Síria quer cooperar, porque deseja saber a verdade. Iremos cooperar até encontrarmos os autores."
"Ilógica"
O chanceler sírio, Faruq al Shara, considerou a resolução "ilógica", e disse que responsabilizar a Síria pelo caso seria comparável a envolver os serviços de inteligência americanos, espanhóis e britânicos nos atentados em seus países.
Uma autoridade síria classificou o texto da ONU de "injusto". Mais de mil sírios protestaram nas últimas horas contra a resolução perto da Embaixada americana, agitando bandeiras em que se lia "Não temos nada a esconder".
Para um diplomata ocidental em Damasco, a Síria "tem apenas uma opção, que é cooperar com a comunidade internacional segundo as regras da resolução 1636 da ONU (...) O presidente sírio deve, pode e é capaz de cooperar para salvar a estabilidade de seu país", afirma.
No último sábado (29), antes de a resolução ser aprovada, o presidente sírio, Bachar al Assad, ordenou a criação de uma comissão de investigação especial para cooperar com as Nações Unidas.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Conselho de Segurança da ONU
Leia o que já foi publicado sobre a crise sírio-libanesa
Leia o que já foi publicado sobre Rafik al Hariri
Síria se mostra disposta a cooperar com ONU após resolução
Publicidade
A Síria mostrou-se nesta terça-feira disposta a colaborar com a comissão da ONU (Organização das Nações Unidas) que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik al Hariri, depois que uma resolução do Conselho de Segurança exigiu que o país cooperasse.
A imprensa oficial síria manifestou a vontade do país de cooperar com a comissão da ONU e estimou que a resolução, aprovada na véspera, não ameaça a Síria com sanções.
Quatro jornais sírios publicaram o texto integral da resolução 1636-- aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança--, na qual a Síria é convocada a colaborar nas investigações do assassinato de Al Hariri, em um atentado em Beirute em 14 de fevereiro.
No entanto, evitaram dar destaque às cláusulas que incomodam as autoridades sírias-- principalmente a referência ao capítulo 7 da Carta da ONU, que inclui a possibilidade de sanções se a Síria não cooperar, e aos chamados para que Damasco coloque os suspeitos à disposição da comissão de investigação.
"Conselho de Segurança aprova uma resolução sem ameaça de sanções, e pede cooperação", diz a manchete do jornal "Al Thawra", enquanto o "Chareh" estima que "existe a intenção de nos acusar, mas iremos cooperar com a comissão para apresentar provas que comprometam os criminosos".
"Esta não é a primeira vez em que a Síria sofre enormes pressões, mesmo as de agora sendo mais perigosas (...) Saiu ilesa no passado e voltará a superar as tentativas de colocá-la de joelhos", afirma o jornalista do Chareh, Fayez Sayegh.
"Nossa decisão é a de cooperar", garante o "Techrine", destacando que "a resolução não menciona nem o uso da força nem uma possibilidade clara de sanções". Nesse sentido, a ministra síria Bussaina Shaaban afirmou ao canal de TV CNN que "a Síria quer cooperar, porque deseja saber a verdade. Iremos cooperar até encontrarmos os autores."
"Ilógica"
O chanceler sírio, Faruq al Shara, considerou a resolução "ilógica", e disse que responsabilizar a Síria pelo caso seria comparável a envolver os serviços de inteligência americanos, espanhóis e britânicos nos atentados em seus países.
Uma autoridade síria classificou o texto da ONU de "injusto". Mais de mil sírios protestaram nas últimas horas contra a resolução perto da Embaixada americana, agitando bandeiras em que se lia "Não temos nada a esconder".
Para um diplomata ocidental em Damasco, a Síria "tem apenas uma opção, que é cooperar com a comunidade internacional segundo as regras da resolução 1636 da ONU (...) O presidente sírio deve, pode e é capaz de cooperar para salvar a estabilidade de seu país", afirma.
No último sábado (29), antes de a resolução ser aprovada, o presidente sírio, Bachar al Assad, ordenou a criação de uma comissão de investigação especial para cooperar com as Nações Unidas.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice