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02/11/2005 - 09h22

Carro-bomba mata cinco e fere 15 na Índia

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da Efe, em Nova Déli

Cinco pessoas morreram hoje e 15 ficaram feridas em um ataque suicida em Srinagar, capital do Estado indiano de Jammu, onde a violência continua a poucos dias da abertura da linha divisória com o Paquistão.

Um carro-bomba explodiu às 11h10 (3h40 de Brasília) na praça de Nowgam, nos arredores de Srinagar, quando as forças de segurança na área tentaram parar o veículo após terem sido avisadas de um possível atentado.

O motorista, identificado como Mubashir, tentou fugir e detonou os explosivos no carro, o que causou a morte de um agente e três civis, entre eles uma mulher, além do próprio autor da ação terrorista. O grupo radical islâmico Jaish-e-Mohammad (JeM) se responsabilizou pelo atentado posteriormente.

A explosão ocorreu perto da residência do agora ex-chefe do Governo de Jammu e Caxemira, o Mufti Mohammad Said, horas antes de ele ter sido substituído no cargo pelo líder do Partido do Congresso, Ghulam Nabi Azad.

Nos últimos trinta anos, o partido governava o Estado em coalizão com o Partido Democrático do Povo, a que pertence Said. Devido ao acordo entre os dois grupos políticos, Said renunciou há três dias.

Este foi o último ato da violência perpetrado por um dos grupos terroristas islâmicos que atuam desde 1989 na área indiana da Caxemira para exigir a independência desse território ou sua anexação ao Paquistão.

Nova Délhi e Islamabad reivindicam em sua totalidade essa região muçulmana desde a partilha de 1947, e o conflito por esse território himalaio constitui o maior entrave para a normalização das relações entre as duas potências nucleares vizinhas do Sul da Ásia.

A Índia acusa o governo paquistanês de dar abrigo e apoio aos grupos radicais na área, o que Islamabad nega. Na segunda-feira, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, pediu ao presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, que controle os grupos terroristas que atuam contra a Índia, após os atentados do sábado em Nova Déli, que deixaram 62 mortos e foram atribuídos a um grupo islâmico caxemiriano.

Os atentados ocorreram quando três bombas explodiram num espaço de meia hora em dois dos mercados mais populares da cidade e em um ônibus. As autoridades indianas suspeitam da participação do grupo caxemiriano Lashkar-e-Toiba (LeT), que tem seu quartel-general em território paquistanês, mas Islamabad citou um porta-voz do grupo que nega estar por trás dos ataques.

De qualquer forma, desde o início do processo de paz entre os dois países, em janeiro de 2004, as relações entre Índia e Paquistão melhoraram consideravelmente.

A Linha de Controle que separa as áreas indiana e paquistanesa na Caxemira será aberta na próxima segunda-feira em cinco pontos, para permitir os contatos entre as famílias caxemirianas depois do devastador terremoto do último dia 8.

Apesar do tremor, que causou a morte de cerca de 60 mil pessoas nos dois lados da linha divisória, a violência continua na região, tanto no lado paquistanês como no indiano.

O Exército americano afirmou que um de seus helicópteros Chinook, que transportava material de socorro para as vítimas do terremoto na parte paquistanesa da Caxemira, foi atacado na terça-feira por um foguete, o que foi negado pelo Paquistão.

'O aparelho não foi atingido e voltou sem maiores incidentes à base de Chaklala (perto de Islamabad) por volta das 02h30 (07h30 de Brasília)', diz um comunicado distribuído na terça-feira pela Embaixada americana em Islamabad.

O governo paquistanês, no entanto, sustenta que 'houve uma explosão controlada de um lado da estrada, exatamente na mesma hora em que voava o helicóptero por esse área', segundo o porta-voz das Forças Armadas paquistanesas, general Shaukat Sultan.

Com agências internacionais

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