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03/11/2005 - 15h13

Caso de agente da CIA gerou crise no governo americano

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da Folha Online

O caso da divulgação do nome da agente da CIA, Valerie Plame, que era mulher do embaixador americano Joseph Wilson, envolve informações sobre a suposta existência de armas de destruição em massa no Iraque, uma das principais justificativas dada pelo governo do presidente George W. Bush para o início da guerra. O caso gerou uma crise no governo americano.

Veja os principais fatos sobre o caso:

3 de novembro de 2005 - Libby se apresenta perante à corte e diz que é inocente. Ele deve voltar a depor em 3 de fevereiro de 2006.

28 de outubro de 2005 - O procurador que investiga o caso de vazamento de informação sobre a identidade de Valerie Plame, agente da CIA [agência de inteligência americana], Patrick Fitzgerald, anuncia o indiciamento de Lewis Libby Jr., que renuncia ao cargo de principal assessor do vice-presidente Dick Cheney logo depois.

25 de outubro de 2005 - O jornal "The New York Times", citando advogados próximos da investigação, informou que Libby ouviu pela primeira vez a informação sobre Plame de Cheney, em 2003, e menos de um mês antes de a informação ser divulgada na mídia, o que não corresponde ao informado pelo ex-assessor durante seu depoimento.

14 de outubro de 2005 Karl Rove --principal assessor de Bush e investigado no caso da agente da CIA-- testemunha perante o tribunal, dois dias depois de Miller testemunhar.

29 de setembro de 2005 - Após ficar 12 semanas presa por não querer revelar quem foi a fonte que disse a ela o nome da agente da CIA, a repórter do jornal americano "The New York Times" Judith Miller --que teve acesso à informação sobre a identidade de Plame-- é solta porque sua fonte lhe dera permissão para testemunhar perante uma corte que investiga o caso. A fonte da repórter era Libby.

13 de julho de 2005 - Dias depois que a mídia aponta Rove como uma das fontes do repórter da revista "Time" Matthew Cooper --que divulgou a identidade sobre a agente da CIA--, o presidente americano, George W. Bush, se nega a comentar a investigação, e seu assessor tem que testemunhar perante uma corte.

3 de julho de 2005 - Um advogado de Rove diz que ele conversara com Cooper antes do nome da agente da CIA se tornar público, mas que o assessor não tinha revelado nenhuma "informação confidencial".

30 de junho de 2005 - A "Time" entrega as notas de Cooper para Fitzgerald, argumentando que a revista "esgotou todos os caminhos de apelação", mas que o repórter deveria ser poupado de ficar na cadeia.

15 de fevereiro de 2005 - Um painel de três juízes federais nega uma apelação combinada de Miller e Cooper. Em junho desse mesmo ano, a Suprema Corte dos EUA se nega a receber a apelação dos repórteres.

12 de agosto de 2004 - Procuradores intimam Miller a depor.

16 de julho de 2004 - O então secretário de Estado, Colin Powell, é chamado para depor perante um júri sobre o caso.

19 de junho de 2004 - Fitzgerald e seus colaboradores fazem uma entrevista com Bush, que não participa da investigação. A Casa Branca diz que o presidente contratou um advogado particular para cuidar do caso, Jim Sharp.

5 de junho de 2004 - A Casa Branca revela que os procuradores interrogaram Cheney sobre Plame.

21 de maio de 2004 - Procuradores intimam Cooper devido ao fato de ele ter publicado a informação sobre a identidade de Plame. De início, ele e os diretores da revista se recusam a cooperar e Cooper depois recua e fala que sua fonte "não via objeções" ao fato de ele prestar testemunho no caso.

30 de dezembro de 2003 - O procurador-geral dos EUA, John Ashcroft, se recusa a participar da investigação, citando "conflito de interesses". Para conduzir o caso, a Justiça condena Patrick Fitzgerald, procurador-geral de Chicago.

30 de setembro de 2003 - Bush se mostra positivo perante a investigação e diz aos repórteres que se há um vazamento de informações em sua administração ele ia querer saber o nome do autor.

29 de setembro de 2003 - Questionado sobre quem teria passado a informação sobre Plame, Robert Novak --o primeiro jornalista a divulgar a identidade da agente--, já sob investigação, se recusa a revelar o nome de suas fontes.

26 de setembro de 2003 - A CIA pede para que o Departamento de Justiça dos EUA inicie uma investigação criminal sobre vazamento da identidade de Plame, ação que é considerada crime no país, e que pode render até dez anos de prisão.

14 de julho de 2003 - O colunista Robert Novak publica o artigo revelando que Plame --mulher de Wilson na época-- era agente da CIA, e afirma que ela sugeriu a ida do marido ao Níger. Novak cita como fontes "dois funcionários do gabinete de Bush".

11 de julho de 2003 - As armas de destruição em massa não foram encontradas no Iraque e os questionamentos sobre a validade das informações passadas pelos serviços de inteligência de Bush acabam por gerar ainda mais debates sobre a guerra. O diretor da CIA, George Tenet, diz que a informação sobre a compra de urânio do Níger por Saddam deveria "ficar fora do discurso dos EUA". Tenet assume a responsabilidade pela "informação errada".

6 de julho de 2003 - Quase três meses após a invasão do Iraque --que teve como um dos principais argumentos a suposta existência de armas de destruição em massa no país-- Wilson escreve um artigo que é publicado no jornal "The New York Times", inititulado "O que eu não encontrei na África", onde ele questionava se a administração de Bush tinha manipulado a CIA sobre o programa de armas de Saddam, para justificar a invasão no Iraque.

28 de junho de 2003 - Em um discurso, Bush diz que o "o governo britânico descobriu que Saddam Hussein [o ex-ditador iraquiano, derrubado em março desse mesmo ano] procurou comprar "quantias significantes de urânio" da África.

Fevereiro de 2002 - Wilson atende um pedido da CIA e vai para o Níger, verificar um relatório da inteligência americana segundo o qual o Iraque havia comprado urânio do país durante a década de 90, para usar na fabricação de armas nucleares.

Com agências internacionais

Especial
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