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07/11/2005 - 14h40

Para OMS, pandemia de gripe aviária "é questão de tempo"

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da Folha Online

Lee Jong-wook, diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou nesta segunda-feira que a mutação da variante mais agressiva do vírus da gripe aviária, conhecida por H5N1, pode ocorrer em breve e que o início de uma pandemia "é questão de tempo". As declarações foram feitas durante um evento que reuniu mais de 600 especialistas da doença de todo o mundo.

"A magnitude do sofrimento causado pela próxima pandemia de gripe aviária será incalculável se o mundo estiver despreparado", afirmou Jong-wook. "Temos assistido a uma impiedosa disseminação da gripe aviária" entre aves migratórias e domésticas", afirmou.

Cientistas têm acompanhado a disseminação do H5N1 devido ao fato de que o vírus pode sofrer uma mutação, e passar a ser transmitido de humanos para humanos. Atualmente, seres humanos só se contaminam quando têm contato com animais doentes.

Jong-wook afirmou que o vírus ainda não se tornou letal para os humanos, mas "os sinais" de que isso podem acontecer "estão chegando", disse. A variante H5N1 do vírus da gripe aviária já atingiu animais em 15 países da Europa e da Ásia desde que foi identificada pela primeira vez em animais, em 1996.

Segundo estimativas da OMS, ao menos 7,4 milhões de pessoas podem morrer em todo o mundo por conta de uma pandemia causada pela gripe aviária.

Ao menos 60% dos países vinculados à OMS declararam ter um plano de emergência contra uma possível pandemia mas, na maior parte dos casos, o planejamento "não passa de um pedaço de papel", afirmou Mike Ryan, diretor da OMS para situações de emergência.

Inverno

"Se a pandemia acontecer no inverno [do hemisfério Norte, que começa em dezembro próximo], o mundo não poderá enfrentar a doença", afirmou a ministra espanhola da Saúde, Elena Salgado.

Ainda que a gripe aviária tenha sido reincidente nos últimos anos, cientistas têm monitorado a disseminação do vírus H5N1 desde que a doença começou a infectar pessoas em 2004. Os primeiros casos foram registrados no Vietnã.

Desde então, mais de 120 pessoas foram infectadas no Vietnã, Camboja, Tailândia e Indonésia, afirmou a OMS. Mais de a metade dessas pessoas morreram.

Mais de 150 milhões de aves morreram ou foram sacrificadas em vários países, mas isso não pôde interromper a disseminação da doença na Ásia Central, Rússia e Leste Europeu.

Samuel Jutzi, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), afirmou que o prejuízo causado pela morte das aves já chega a US$ 10 bilhões.

Com agências internacionais

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