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07/11/2005
-
18h14
da Folha Online
Manifestantes atiraram coquetéis molotov e pedras contra policiais e atearam fogo em um ônibus em Toulouse, no sul da França, nesta segunda-feira.
O ônibus foi parado por um grupo de cerca de 50 jovens, que ordenaram que o motorista descesse e, em seguida, colocaram fogo no veículo, segundo Francis Soutric, da prefeitura de Toulouse. Não havia passageiros no ônibus.
Quando a polícia chegou ao local, o grupo atirou coquetéis molotov e pedras contra os policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo.
As cenas de violência registradas na França desde o dia 27 de outubro -- iniciadas por rebelados de bairros do subúrbio parisiense-- já ocorrem em cerca de 300 localidades do país [entre bairros, distritos e cidades].
Segundo o Ministério da Justiça francês, até o momento foi registrada um morte devido aos confrontos. Cerca de 4.700 veículos foram incendiados e 1.200 pessoas foram detidas. Um total de 77 policiais e 33 membros das equipes de resgate ficaram feridos desde o início dos episódios de violência.
Morte
Segundo a polícia, um homem morreu em decorrência dos machucados sofridos, após ter sido espancado na noite de sexta-feira (4), em Seine-Saint-Denis.
Policiais disseram não ter muitas informações sobre o caso, mas o jornal "Le Parisien" afirma que o homem tinha 60 anos, e foi identificado pelo nome de Jean-Jacques Le Chenadec. Ele morreu nesta segunda-feira em no hospital Jean-Verdier de Bondy.
Ainda segundo o "Le Parisien", o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, teve um encontro com a mulher de Le Chenadec, Nicole, e com um amigo da vítima, que estava com ele no momento em que foi atacado. Ele foi espancado por um grupo e no hospital entrou em coma. O corpo ainda passará por uma necropsia, para determinar a causa exata da morte.
Um bebê de 13 meses teve que ser hospitalizado porque recebeu uma pedrada na cabeça. Ele estava no ônibus que foi atacado pelos manifestantes na quinta-feira (4). Uma outra mulher sofreu graves queimaduras depois que o ônibus em que viajava foi incendiado.
Países como Austrália, Áustria, Alemanha e Hungria pediram aos seus cidadãos para que "tomem cuidado" na França, assim como os Estados Unidos e a França alertaram seus turistas contra a violência.
Toque de recolher
O premiê francês, Dominique de Villepin afirmou nesta segunda-feira que toques de recolher serão impostos onde for necessário, e que 9.500 policiais foram destacados para impedir os confrontos em toda a França.
"Se for necessário, prefeitos poderão impor um toque de recolher sob a autoridade do ministro do Interior, se acharem que será útil para permitir o retorno à calma e garantir a segurança dos moradores", afirmou Villepin à rede de TV TF1.
A declaração foi dada depois que a prefeitura de Raincy-- uma das cidades do subúrbio de Paris atingidas pelos confrontos-- anunciou que se preparava para impor um toque de recolher na noite de hoje ou desta terça-feira.
Início
Em 27 de outubro passado, dois adolescentes moradores da região de Clichy-sous-Bois (nordeste de Paris) morreram eletrocutados ao se esconderem dentro de um transformador de energia, após serem supostamente perseguidos por policiais, versão que é negada pelas autoridades francesas.
Desde então, moradores dos distritos do subúrbio de Paris e de outras regiões próximas à cidade têm realizado uma série de violentas manifestações, marcadas pela queima de centenas de veículos e confrontos com a polícia.
Os locais onde ocorrem as manifestações são ocupados em sua maioria por famílias de imigrantes árabes e africanos. Devido às suspeitas de que militantes extremistas islâmicos estejam por trás dos confrontos na França --realizados, como já afirmaram os próprios policiais, por "grupos móveis" de jovens-- uma organização islâmica francesa emitiu uma fatwa [lei] condenando a violência.
Em um comunicado, a União de Organizações Islâmicas da França (UOIF) condena a violência "com a maior firmeza" e pede "com insistência o retorno à calma o quanto antes".
A França abriga 5 milhões de muçulmanos, e tem a maior população islâmica da Europa Ocidental.
Com agências internacionais
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Manifestantes atiram coquetéis molotov contra policiais na França
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Manifestantes atiraram coquetéis molotov e pedras contra policiais e atearam fogo em um ônibus em Toulouse, no sul da França, nesta segunda-feira.
O ônibus foi parado por um grupo de cerca de 50 jovens, que ordenaram que o motorista descesse e, em seguida, colocaram fogo no veículo, segundo Francis Soutric, da prefeitura de Toulouse. Não havia passageiros no ônibus.
Efe |
Policial apaga fogo em veículo incendiado na França; 4700 carros foram queimados |
As cenas de violência registradas na França desde o dia 27 de outubro -- iniciadas por rebelados de bairros do subúrbio parisiense-- já ocorrem em cerca de 300 localidades do país [entre bairros, distritos e cidades].
Segundo o Ministério da Justiça francês, até o momento foi registrada um morte devido aos confrontos. Cerca de 4.700 veículos foram incendiados e 1.200 pessoas foram detidas. Um total de 77 policiais e 33 membros das equipes de resgate ficaram feridos desde o início dos episódios de violência.
Morte
Segundo a polícia, um homem morreu em decorrência dos machucados sofridos, após ter sido espancado na noite de sexta-feira (4), em Seine-Saint-Denis.
Policiais disseram não ter muitas informações sobre o caso, mas o jornal "Le Parisien" afirma que o homem tinha 60 anos, e foi identificado pelo nome de Jean-Jacques Le Chenadec. Ele morreu nesta segunda-feira em no hospital Jean-Verdier de Bondy.
Ainda segundo o "Le Parisien", o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, teve um encontro com a mulher de Le Chenadec, Nicole, e com um amigo da vítima, que estava com ele no momento em que foi atacado. Ele foi espancado por um grupo e no hospital entrou em coma. O corpo ainda passará por uma necropsia, para determinar a causa exata da morte.
Um bebê de 13 meses teve que ser hospitalizado porque recebeu uma pedrada na cabeça. Ele estava no ônibus que foi atacado pelos manifestantes na quinta-feira (4). Uma outra mulher sofreu graves queimaduras depois que o ônibus em que viajava foi incendiado.
Países como Austrália, Áustria, Alemanha e Hungria pediram aos seus cidadãos para que "tomem cuidado" na França, assim como os Estados Unidos e a França alertaram seus turistas contra a violência.
Toque de recolher
O premiê francês, Dominique de Villepin afirmou nesta segunda-feira que toques de recolher serão impostos onde for necessário, e que 9.500 policiais foram destacados para impedir os confrontos em toda a França.
"Se for necessário, prefeitos poderão impor um toque de recolher sob a autoridade do ministro do Interior, se acharem que será útil para permitir o retorno à calma e garantir a segurança dos moradores", afirmou Villepin à rede de TV TF1.
A declaração foi dada depois que a prefeitura de Raincy-- uma das cidades do subúrbio de Paris atingidas pelos confrontos-- anunciou que se preparava para impor um toque de recolher na noite de hoje ou desta terça-feira.
Início
Em 27 de outubro passado, dois adolescentes moradores da região de Clichy-sous-Bois (nordeste de Paris) morreram eletrocutados ao se esconderem dentro de um transformador de energia, após serem supostamente perseguidos por policiais, versão que é negada pelas autoridades francesas.
Desde então, moradores dos distritos do subúrbio de Paris e de outras regiões próximas à cidade têm realizado uma série de violentas manifestações, marcadas pela queima de centenas de veículos e confrontos com a polícia.
Os locais onde ocorrem as manifestações são ocupados em sua maioria por famílias de imigrantes árabes e africanos. Devido às suspeitas de que militantes extremistas islâmicos estejam por trás dos confrontos na França --realizados, como já afirmaram os próprios policiais, por "grupos móveis" de jovens-- uma organização islâmica francesa emitiu uma fatwa [lei] condenando a violência.
Em um comunicado, a União de Organizações Islâmicas da França (UOIF) condena a violência "com a maior firmeza" e pede "com insistência o retorno à calma o quanto antes".
A França abriga 5 milhões de muçulmanos, e tem a maior população islâmica da Europa Ocidental.
Com agências internacionais
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