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09/11/2005
-
08h05
da France Presse, em Paris
A polícia patrulha as ruas de Grand Vaux, um complexo de prédios suburbanos no sul de Paris, onde a violência dos últimos dias levou o prefeito de Sevigny-sur-Orge a decretar o toque de recolher a partir da noite desta terça-feira.
Amparado por uma decisão do governo, o prefeito decretou um toque de recolher parcial, que afeta apenas os menores de 16 anos desacompanhados de um maior, explicou Jean Marsaudon, deputado e subprefeito de Grand Vaux, que preside uma célula de crise integrada por vizinhos e autoridades locais.
Na onda de violência que já deixou um morto e mais de 6 mil carros incendiados por toda a França, Grand Vaux, uma localidade de apenas 37 mil habitantes, teve uma escola queimada, mas teve ontem uma noite tranqüila.
Ahmed el Massouri e sua esposa Khadija, que passeavam sem medo diante da prefeitura de Sevigny-sur-Orge, destacaram que estão de acordo com o toque de recolher, que consideram "eficaz".
A alguns minutos da sede da prefeitura, no bairro de Grand Vaux, os prédios de oito andares, geralmente habitados por imigrantes africanos, são vigiados por carros da polícia.
Um grupo de jovens discute em uma esquina os possíveis resultados do toque de recolher: "Se a medida não afetar a gente, não haverá problema, será algo bom", disse Fabrice, 33, 15 vivendo em Grand Vaux.
Para Fabrice, a calma desta quarta-feira não é produto das medidas adotadas pelas autoridades, incluindo o toque de recolher, mas de duas semanas seguidas de violência.
Os jovens imigrantes "querem ser ouvidos" nas zonas onde os índices de desemprego e fracasso escolar são muito superiores ao do resto da França.
"Procuro trabalho, e nada", explicou Karim, 19, morador de um dos prédios de Grand Vaux. Para ele, o principal é que as autoridades deixem os jovens se expressar. "Que detenham isto [os distúrbios], mas deixem a gente falar".
Seu amigo Amir, 19, não sabia do toque de recolher, do mesmo modo que outros jovens entrevistados na região. "De qualquer modo, não importa. Isto não serve para nada, se quiserem sair, vão sair".
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Amparado por uma decisão do governo, o prefeito decretou um toque de recolher parcial, que afeta apenas os menores de 16 anos desacompanhados de um maior, explicou Jean Marsaudon, deputado e subprefeito de Grand Vaux, que preside uma célula de crise integrada por vizinhos e autoridades locais.
Na onda de violência que já deixou um morto e mais de 6 mil carros incendiados por toda a França, Grand Vaux, uma localidade de apenas 37 mil habitantes, teve uma escola queimada, mas teve ontem uma noite tranqüila.
Ahmed el Massouri e sua esposa Khadija, que passeavam sem medo diante da prefeitura de Sevigny-sur-Orge, destacaram que estão de acordo com o toque de recolher, que consideram "eficaz".
A alguns minutos da sede da prefeitura, no bairro de Grand Vaux, os prédios de oito andares, geralmente habitados por imigrantes africanos, são vigiados por carros da polícia.
Um grupo de jovens discute em uma esquina os possíveis resultados do toque de recolher: "Se a medida não afetar a gente, não haverá problema, será algo bom", disse Fabrice, 33, 15 vivendo em Grand Vaux.
Para Fabrice, a calma desta quarta-feira não é produto das medidas adotadas pelas autoridades, incluindo o toque de recolher, mas de duas semanas seguidas de violência.
Os jovens imigrantes "querem ser ouvidos" nas zonas onde os índices de desemprego e fracasso escolar são muito superiores ao do resto da França.
"Procuro trabalho, e nada", explicou Karim, 19, morador de um dos prédios de Grand Vaux. Para ele, o principal é que as autoridades deixem os jovens se expressar. "Que detenham isto [os distúrbios], mas deixem a gente falar".
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