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12/11/2005
-
16h32
da Folha Online
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, em sua primeira visita ao Iraque desde a invasão americana (março de 2003), pediu neste sábado que se reforce o processo de reconciliação entre todos os grupos do país.
Annan condenou o "comportamento brutal" dos responsáveis pelos ataques como o do carro-bomba que destruiu um mercado em Bagdá, matando ao menos oito e ferindo dezenas de pessoas, poucas horas antes de sua chegada à área fortemente protegida da cidade, conhecida como "Zona Verde".
Em Bagdá, o secretário-geral da ONU se reuniu, entre outros líderes locais, com o primeiro-ministro iraquiano, Ibrahim al Jaafari, com quem conversou sobre o andamento do processo de transição política e dos preparativos para as eleições de 15 de dezembro.
"A ONU quer que todos os iraquianos participem da construção de um Iraque unido, e apóia qualquer iniciativa a favor da unidade dos iraquianos", disse Annan em entrevista coletiva com al Jaafari.
Annan afirmou que ele encorajou uma iniciativa da Liga Árabe em pedir uma conferência de reconciliação nacional no Iraque. "A transição política deve ser um processo que inclusivo e transparente e tem que levar em conta os interesses de todos os grupos", disse Annan após o encontro com políticos xiitas e sunitas.
Ibrahim al Jaafari, por sua vez, disse que tratou com Annan sobre como as Nações Unidas podem ajudar o Iraque a elevar a capacidade de seus soldados e policiais para que possam "controlar a situação e manter a segurança do país sem a ajuda das forças multinacionais".
O primeiro-ministro iraquiano não confirmou nem desmentiu o anúncio feito ontem pelo extinto Partido Baath sobre a morte de Ezat Ibrahim al-Douri, o número dois do regime de Saddam Hussein e único colaborador do ex-ditador que não foi capturado. De qualquer maneira, considerou que a notícia da morte de Al-Douri "afetará negativamente os terroristas".
Visitas
A visita de Annan, que não foi previamente anunciada devido a preocupações com sua segurança, acontece após as visitas do ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw, e da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, nos últimos dias.
Na sexta-feira, Rice afirmou que ela queria ajudar a amenizar as tensões entre grupos políticos que devem dominar as eleições parlamentares previstas para o dia 15 de dezembro. Oficiais americanos foram alertados que alguns grupos insurgentes devem intensificar a campanha de violência para desestimular a votação.
O secretário-geral chegou da Jordânia, onde discutiu os atentados suicidas que mataram 57 pessoas e destruíram três hotéis. "Esta região e particularmente o Iraque sofreram muito com ataques terroristas. Até quando estamos distantes sentimos a dor que foi infligida às famílias", disse ele.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Kofi Annan
Annan pede reconciliação em 1ª viagem ao Iraque desde invasão
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O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, em sua primeira visita ao Iraque desde a invasão americana (março de 2003), pediu neste sábado que se reforce o processo de reconciliação entre todos os grupos do país.
Annan condenou o "comportamento brutal" dos responsáveis pelos ataques como o do carro-bomba que destruiu um mercado em Bagdá, matando ao menos oito e ferindo dezenas de pessoas, poucas horas antes de sua chegada à área fortemente protegida da cidade, conhecida como "Zona Verde".
AP |
Kofi Annan fez visita surpresa ao Iraque |
"A ONU quer que todos os iraquianos participem da construção de um Iraque unido, e apóia qualquer iniciativa a favor da unidade dos iraquianos", disse Annan em entrevista coletiva com al Jaafari.
Annan afirmou que ele encorajou uma iniciativa da Liga Árabe em pedir uma conferência de reconciliação nacional no Iraque. "A transição política deve ser um processo que inclusivo e transparente e tem que levar em conta os interesses de todos os grupos", disse Annan após o encontro com políticos xiitas e sunitas.
Ibrahim al Jaafari, por sua vez, disse que tratou com Annan sobre como as Nações Unidas podem ajudar o Iraque a elevar a capacidade de seus soldados e policiais para que possam "controlar a situação e manter a segurança do país sem a ajuda das forças multinacionais".
O primeiro-ministro iraquiano não confirmou nem desmentiu o anúncio feito ontem pelo extinto Partido Baath sobre a morte de Ezat Ibrahim al-Douri, o número dois do regime de Saddam Hussein e único colaborador do ex-ditador que não foi capturado. De qualquer maneira, considerou que a notícia da morte de Al-Douri "afetará negativamente os terroristas".
Visitas
A visita de Annan, que não foi previamente anunciada devido a preocupações com sua segurança, acontece após as visitas do ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw, e da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, nos últimos dias.
Na sexta-feira, Rice afirmou que ela queria ajudar a amenizar as tensões entre grupos políticos que devem dominar as eleições parlamentares previstas para o dia 15 de dezembro. Oficiais americanos foram alertados que alguns grupos insurgentes devem intensificar a campanha de violência para desestimular a votação.
O secretário-geral chegou da Jordânia, onde discutiu os atentados suicidas que mataram 57 pessoas e destruíram três hotéis. "Esta região e particularmente o Iraque sofreram muito com ataques terroristas. Até quando estamos distantes sentimos a dor que foi infligida às famílias", disse ele.
Com agências internacionais
Especial
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