Publicidade
Publicidade
14/11/2005
-
19h26
da Folha Online
Na tentativa de pôr fim à onda de violência que afeta a França desde o dia 27 de outubro, o Conselho de Ministro francês aprovou nesta segunda-feira a prorrogação por três meses do estado de emergência. A decisão deve ser aprovada nesta terça-feira pelo Parlamento.
A medida passaria a valer a partir de 21 de novembro, data em que termina o período de emergência em vigor, decretado na semana passada por um prazo de 12 dias. "É uma medida de proteção e precaução", disse o porta-voz do governo francês, Jean-François Copé.
O estado de emergência permite que autoridades prendam pessoas envolvidas em atos de vandalismo, limitem o movimento de pessoas ou veículos, confisquem armas e fechem espaços públicos.
Em seu primeiro pronunciamento à nação desde o início da crise, em 27 de outubro, o presidente da França, Jacques Chirac, convocou todos os franceses, independentemente de sua origem, a se envolverem "verdadeira e pessoalmente" na luta contra o "veneno da discriminação". Chirac falou em rede nacional por rádio e TV, nesta segunda-feira.
O presidente francês também disse que a prioridade do governo no momento é restaurar a ordem e aplicar as leis contra a imigração ilegal e o tráfico de pessoas.
Além disso, Chirac anunciou a criação de um "serviço civil voluntário" para os jovens. A França abriga 5 milhões de muçulmanos, e tem a maior população islâmica da Europa Ocidental.
O estopim da revolta, iniciada por jovens filhos de imigrantes, em sua maioria do norte da África, foi a morte acidental de dois adolescentes, que se eletrocutaram ao entrar numa subestação de energia. Eles estariam tentando se esconder da polícia.
Mas o motivo real dos distúrbios, de acordo com analistas, é a revolta contra a exclusão social dos habitantes dos subúrbios das grandes cidades, só inflamada pela morte dos dois adolescentes.
As manifestações de revolta ficaram concentradas nos arredores de Paris, nos oito primeiros dias. Depois disso começaram a ser registrados atos de vandalismo em outras cidades francesas.
Carros incendiados
Na 18ª noite consecutiva de distúrbios, os manifestantes queimaram 284 veículos e 115 pessoas foram detidas, segundo balanço da polícia. Na noite anterior, foram incendiados 374 veículos. Desde o início dos distúrbios, quase 3.000 pessoas foram detidas.
A polícia diz que, desde a adoção do estado de emergência, os conflitos nas ruas diminuíram. "A calma está confirmada", disse o porta-voz da polícia, Patrick Hamon. Na madrugada do dia 6 para o dia 7, foram queimados 1.400 carros. Segundo a polícia, cerca de 8.000 veículos foram incendidas em toda a França desde que começaram os distúrbios.
Com agências internacionais
Especial
Veja imagens da violência na capital francesa
Leia o que já foi publicado sobre distúrbios em Paris
Sites relacionados
Veja vídeo da BBC com imagens da última noite de violência em Paris
França prorroga emergência; Chirac pede fim da discriminação
Publicidade
Na tentativa de pôr fim à onda de violência que afeta a França desde o dia 27 de outubro, o Conselho de Ministro francês aprovou nesta segunda-feira a prorrogação por três meses do estado de emergência. A decisão deve ser aprovada nesta terça-feira pelo Parlamento.
A medida passaria a valer a partir de 21 de novembro, data em que termina o período de emergência em vigor, decretado na semana passada por um prazo de 12 dias. "É uma medida de proteção e precaução", disse o porta-voz do governo francês, Jean-François Copé.
O estado de emergência permite que autoridades prendam pessoas envolvidas em atos de vandalismo, limitem o movimento de pessoas ou veículos, confisquem armas e fechem espaços públicos.
Em seu primeiro pronunciamento à nação desde o início da crise, em 27 de outubro, o presidente da França, Jacques Chirac, convocou todos os franceses, independentemente de sua origem, a se envolverem "verdadeira e pessoalmente" na luta contra o "veneno da discriminação". Chirac falou em rede nacional por rádio e TV, nesta segunda-feira.
O presidente francês também disse que a prioridade do governo no momento é restaurar a ordem e aplicar as leis contra a imigração ilegal e o tráfico de pessoas.
Além disso, Chirac anunciou a criação de um "serviço civil voluntário" para os jovens. A França abriga 5 milhões de muçulmanos, e tem a maior população islâmica da Europa Ocidental.
O estopim da revolta, iniciada por jovens filhos de imigrantes, em sua maioria do norte da África, foi a morte acidental de dois adolescentes, que se eletrocutaram ao entrar numa subestação de energia. Eles estariam tentando se esconder da polícia.
Mas o motivo real dos distúrbios, de acordo com analistas, é a revolta contra a exclusão social dos habitantes dos subúrbios das grandes cidades, só inflamada pela morte dos dois adolescentes.
As manifestações de revolta ficaram concentradas nos arredores de Paris, nos oito primeiros dias. Depois disso começaram a ser registrados atos de vandalismo em outras cidades francesas.
Carros incendiados
Na 18ª noite consecutiva de distúrbios, os manifestantes queimaram 284 veículos e 115 pessoas foram detidas, segundo balanço da polícia. Na noite anterior, foram incendiados 374 veículos. Desde o início dos distúrbios, quase 3.000 pessoas foram detidas.
A polícia diz que, desde a adoção do estado de emergência, os conflitos nas ruas diminuíram. "A calma está confirmada", disse o porta-voz da polícia, Patrick Hamon. Na madrugada do dia 6 para o dia 7, foram queimados 1.400 carros. Segundo a polícia, cerca de 8.000 veículos foram incendidas em toda a França desde que começaram os distúrbios.
Com agências internacionais
Especial
Sites relacionados
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice