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23/09/2000
-
19h04
da Reuters, em Buenos Aires
Embora o presidente peruano Alberto Fujimori possa estar de saída e o regime democrático tenha sucesso em partes da América Latina, a tradição do continente de ter líderes fortes com pequeno gosto pela democracia está distante da morte.
Analistas e políticos acreditam que o apelo do homem forte, ou ``caudillo'', sobreviverá enquanto a maior parte da população da região morar em barracos e ganhar salários mínimos e as classes privilegiadas desfrutarem do conforto do ar condicionado e de feriados em Miami.
``Não podemos nos esquecer que democracias com graves problemas sociais não se tornam estáveis'', afirmou o ex-secretário geral das Nações Unidas Javier Perez de Cuellar, derrotado por Fujimori nas eleições presidenciais de 1995.
Muitas das democracias da região, como México e países que passaram por regimes militares como Chile, Brasil e Argentina, estão tornando-se mais robustas.
Mas existem inúmeros exemplos recentes de populações atraídas pelo encanto de um líder forte que prometa acabar com o caos político mesmo que passando por cima de algumas regras.
``Acredito que quando se passa fome os costumes democráticos ficam em segundo lugar'', disse o consultor político argentino Felipe Noguera.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, por exemplo, se parece e age como um líder populista sul-americano. O ex-paraquedista militar venceu duas eleições gerais em dois anos e deleitou as camadas mais pobres com uma retórica anticapitalista e forte ataque à elite política.
``Se os precedentes históricos estiverem corretos, Chávez é potencialmente perigoso'', afirmou Nicolas Shumway, chefe de Estudos Latino-americanos da University of Texas.
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Fujimori pode não ser último caudilho da AL, dizem analistas
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Embora o presidente peruano Alberto Fujimori possa estar de saída e o regime democrático tenha sucesso em partes da América Latina, a tradição do continente de ter líderes fortes com pequeno gosto pela democracia está distante da morte.
Analistas e políticos acreditam que o apelo do homem forte, ou ``caudillo'', sobreviverá enquanto a maior parte da população da região morar em barracos e ganhar salários mínimos e as classes privilegiadas desfrutarem do conforto do ar condicionado e de feriados em Miami.
``Não podemos nos esquecer que democracias com graves problemas sociais não se tornam estáveis'', afirmou o ex-secretário geral das Nações Unidas Javier Perez de Cuellar, derrotado por Fujimori nas eleições presidenciais de 1995.
Muitas das democracias da região, como México e países que passaram por regimes militares como Chile, Brasil e Argentina, estão tornando-se mais robustas.
Mas existem inúmeros exemplos recentes de populações atraídas pelo encanto de um líder forte que prometa acabar com o caos político mesmo que passando por cima de algumas regras.
``Acredito que quando se passa fome os costumes democráticos ficam em segundo lugar'', disse o consultor político argentino Felipe Noguera.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, por exemplo, se parece e age como um líder populista sul-americano. O ex-paraquedista militar venceu duas eleições gerais em dois anos e deleitou as camadas mais pobres com uma retórica anticapitalista e forte ataque à elite política.
``Se os precedentes históricos estiverem corretos, Chávez é potencialmente perigoso'', afirmou Nicolas Shumway, chefe de Estudos Latino-americanos da University of Texas.
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