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15/11/2005
-
13h53
da Efe, em Paris
Pela primeira vez desde o início da onda de distúrbios, e após o discurso sobre a crise feito nesta segunda-feira pelo presidente da França, Jacques Chirac, o primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, foi nesta terça-feira a um dos bairros conflituosos dos arredores de Paris, onde a violência está diminuindo.
"Vim ver os habitantes de Aulnay-sous-Bois, que viveram momento difíceis, para enviar a mensagem do governo", disse o primeiro-ministro da França.
"Uma mensagem de firmeza, pois as violações das leis republicanas devem ser sancionadas, e de responsabilidade e apoio aos que querem sair desta situação. Devemos estar todos mobilizados contra o sentimento de injustiça e as discriminações. É um trabalho cotidiano", disse Villepin.
Destruição
Com um total 215 veículos incendiados em todo o país durante a noite passada, a situação voltou "quase" ao normal, disse a polícia.
Em 19 dias de tensão, 8.810 veículos de todos os tipos foram incendiados desde o início da crise no último dia 27 --houve 30 mil nos dez primeiros meses do ano-- e 2.838 pessoas foram detidas, 80% das quais já estavam fichadas, disse nesta terça-feira o diretor da Polícia, Michel Gaudin, ao jornal "Le Monde".
A Câmara dos Deputados debaterá nesta tarde a adoção da prorrogação por três meses do estado de emergência declarado há uma semana, e que permitiu a instauração do toque de recolher em cerca de 40 cidades.
Villepin defenderá a prorrogação em reunião com os líderes das duas câmaras do Parlamento e com os chefes dos grupos parlamentares, antes do debate a que os comunistas já anunciaram que não assistirão.
Proteção
O primeiro-ministro francês disse nesta terça-feira que a decisão de prorrogar o estado de emergência na França é uma medida de proteção para a população, após anunciar que está sendo feito tudo o possível para acelerar as indenizações para as vítimas dos distúrbios.
Villepin fez essas declarações em resposta a uma pergunta na sessão de controle ao governo na Assembléia Nacional (Câmara dos Deputados), antes da sessão especial que analisará o projeto de lei da prorrogação.
"É uma medida de proteção da população afetada pela violência, e de precaução", disse Villepin, que respondeu às críticas da esquerda sobre prorrogar o estado de emergência ao assinalar que foi aplicada nos últimos seis dias com "grande discernimento, em função da gravidade dos eventos".
Villepin lembrou que o governo poderá pôr fim ao estado de emergência a qualquer momento, através de outro decreto que também seria submetido ao Parlamento para sua aprovação, quando for constatado que a calma se restabelece de forma duradoura na França.
As autoridades temem uma nova onda de violência no período das festas de fim de ano, e por isso preferem se adiantar e ter esta medida de exceção em mãos, baseada em uma lei adotada em 1955 durante a guerra da Argélia.
Com a prorrogação do estado de emergência e a manutenção nos bairros conflituosos de vários efetivos antidistúrbios (CRS), o governo quer enviar aos autores dos atos de vandalismo a mensagem de que está disposto a agir a qualquer momento.
Chirac, que chegou ao Palácio do Eliseu há dez anos com a "fratura social" como ponto a ser combatido, e que baseou sua campanha à reeleição em 2002 na segurança, tem grande responsabilidade nesta crise.
Vários editorialistas destacam que Chirac, que estava de óculos diante das câmeras, parecia "envelhecido", e lembram que, segundo uma pesquisa recente, menos de um terço dos franceses confiam nele para dar soluções à crise.
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Pela primeira vez desde o início da onda de distúrbios, e após o discurso sobre a crise feito nesta segunda-feira pelo presidente da França, Jacques Chirac, o primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, foi nesta terça-feira a um dos bairros conflituosos dos arredores de Paris, onde a violência está diminuindo.
"Vim ver os habitantes de Aulnay-sous-Bois, que viveram momento difíceis, para enviar a mensagem do governo", disse o primeiro-ministro da França.
"Uma mensagem de firmeza, pois as violações das leis republicanas devem ser sancionadas, e de responsabilidade e apoio aos que querem sair desta situação. Devemos estar todos mobilizados contra o sentimento de injustiça e as discriminações. É um trabalho cotidiano", disse Villepin.
Destruição
Com um total 215 veículos incendiados em todo o país durante a noite passada, a situação voltou "quase" ao normal, disse a polícia.
Em 19 dias de tensão, 8.810 veículos de todos os tipos foram incendiados desde o início da crise no último dia 27 --houve 30 mil nos dez primeiros meses do ano-- e 2.838 pessoas foram detidas, 80% das quais já estavam fichadas, disse nesta terça-feira o diretor da Polícia, Michel Gaudin, ao jornal "Le Monde".
A Câmara dos Deputados debaterá nesta tarde a adoção da prorrogação por três meses do estado de emergência declarado há uma semana, e que permitiu a instauração do toque de recolher em cerca de 40 cidades.
Villepin defenderá a prorrogação em reunião com os líderes das duas câmaras do Parlamento e com os chefes dos grupos parlamentares, antes do debate a que os comunistas já anunciaram que não assistirão.
Proteção
O primeiro-ministro francês disse nesta terça-feira que a decisão de prorrogar o estado de emergência na França é uma medida de proteção para a população, após anunciar que está sendo feito tudo o possível para acelerar as indenizações para as vítimas dos distúrbios.
Villepin fez essas declarações em resposta a uma pergunta na sessão de controle ao governo na Assembléia Nacional (Câmara dos Deputados), antes da sessão especial que analisará o projeto de lei da prorrogação.
"É uma medida de proteção da população afetada pela violência, e de precaução", disse Villepin, que respondeu às críticas da esquerda sobre prorrogar o estado de emergência ao assinalar que foi aplicada nos últimos seis dias com "grande discernimento, em função da gravidade dos eventos".
Villepin lembrou que o governo poderá pôr fim ao estado de emergência a qualquer momento, através de outro decreto que também seria submetido ao Parlamento para sua aprovação, quando for constatado que a calma se restabelece de forma duradoura na França.
As autoridades temem uma nova onda de violência no período das festas de fim de ano, e por isso preferem se adiantar e ter esta medida de exceção em mãos, baseada em uma lei adotada em 1955 durante a guerra da Argélia.
Com a prorrogação do estado de emergência e a manutenção nos bairros conflituosos de vários efetivos antidistúrbios (CRS), o governo quer enviar aos autores dos atos de vandalismo a mensagem de que está disposto a agir a qualquer momento.
Chirac, que chegou ao Palácio do Eliseu há dez anos com a "fratura social" como ponto a ser combatido, e que baseou sua campanha à reeleição em 2002 na segurança, tem grande responsabilidade nesta crise.
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