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16/11/2005
-
20h25
da Folha Online
O Senado francês aprovou nesta quarta-feira a extensão do estado de emergência no país, embora a França já esteja "quase retornando à normalidade", após três semanas de confrontos e violência.
Apesar da queda da violência, o Senado aprovou o pedido do governo para uma prorrogação de três meses da medida-- declarada em 9 de novembro. A extensão foi aprovada por 202 votos a 125 e deve entrar em vigor à meia-noite da próxima segunda-feira (21).
O ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, disse ao Senado que as tensões em alguns locais que sofreram episódios de violência justificava a continuidade do estado de emergência. Na madrugada desta quarta-feira, 79 cidades ainda eram afetadas pelos confrontos-- contra 102 na noite anterior e mais de 300 no auge da onda de violência.
"Setenta e nove cidades ainda é um número alto", afirmou Sarkozy. "O futuro não pode ser construído com base na violência."
Medida
O estado de emergência -- declarado, a princípio, por um período de 12 dias-- concede poderes extras às autoridades locais que, segundo o governo, ainda são necessários para conter a pior onda de violência em quatro décadas na França.
A medida permite a decretação de toques de recolher, operações policiais durante a noite, além de outras medidas de segurança. O governo também estuda a adoção de medidas duras, como a deportação de estrangeiros envolvidos nos confrontos. Vândalos também foram submetidos a julgamentos rápidos.
No entanto, a oposição francesa de esquerda acredita que o estado de emergência não é mais necessário. Senadores socialistas disseram que votariam contra a extensão.
Sarkozy afirmou ao Senado que o estado de emergência será utilizado com responsabilidade e apenas quando necessário. Segundo o ministro, cerca de 75% das 3.000 pessoas presas já tinham passagem pela polícia.
Violência
Segundo a polícia nacional, vândalos atearam fogo em 163 veículos durante a madrugada desta quarta-feira-- número abaixo dos 215 carros queimados na noite anterior.
A maior parte da violência ocorreu nos subúrbios. Apenas 27 veículos foram incendiados em Paris -- contra 60 carros queimados na noite anterior. Um total de 8.973 carros foram queimados desde o início da violência, em 27 de outubro. Na noite de 6 de novembro-- auge da violência-- 1.408 veículos foram queimados em toda a França.
Cerca de 10 mil policiais foram destacados para conter a violência, que teve início depois que dois adolescentes morreram eletrocutados acidentalmente em uma estação de energia elétrica em Clichy-sous-Bois, subúrbio norte de Paris.
Com agências internacionais
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Senado aprova extensão de estado de emergência na França
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O Senado francês aprovou nesta quarta-feira a extensão do estado de emergência no país, embora a França já esteja "quase retornando à normalidade", após três semanas de confrontos e violência.
Apesar da queda da violência, o Senado aprovou o pedido do governo para uma prorrogação de três meses da medida-- declarada em 9 de novembro. A extensão foi aprovada por 202 votos a 125 e deve entrar em vigor à meia-noite da próxima segunda-feira (21).
O ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy, disse ao Senado que as tensões em alguns locais que sofreram episódios de violência justificava a continuidade do estado de emergência. Na madrugada desta quarta-feira, 79 cidades ainda eram afetadas pelos confrontos-- contra 102 na noite anterior e mais de 300 no auge da onda de violência.
"Setenta e nove cidades ainda é um número alto", afirmou Sarkozy. "O futuro não pode ser construído com base na violência."
Medida
O estado de emergência -- declarado, a princípio, por um período de 12 dias-- concede poderes extras às autoridades locais que, segundo o governo, ainda são necessários para conter a pior onda de violência em quatro décadas na França.
A medida permite a decretação de toques de recolher, operações policiais durante a noite, além de outras medidas de segurança. O governo também estuda a adoção de medidas duras, como a deportação de estrangeiros envolvidos nos confrontos. Vândalos também foram submetidos a julgamentos rápidos.
No entanto, a oposição francesa de esquerda acredita que o estado de emergência não é mais necessário. Senadores socialistas disseram que votariam contra a extensão.
Sarkozy afirmou ao Senado que o estado de emergência será utilizado com responsabilidade e apenas quando necessário. Segundo o ministro, cerca de 75% das 3.000 pessoas presas já tinham passagem pela polícia.
Violência
Segundo a polícia nacional, vândalos atearam fogo em 163 veículos durante a madrugada desta quarta-feira-- número abaixo dos 215 carros queimados na noite anterior.
A maior parte da violência ocorreu nos subúrbios. Apenas 27 veículos foram incendiados em Paris -- contra 60 carros queimados na noite anterior. Um total de 8.973 carros foram queimados desde o início da violência, em 27 de outubro. Na noite de 6 de novembro-- auge da violência-- 1.408 veículos foram queimados em toda a França.
Cerca de 10 mil policiais foram destacados para conter a violência, que teve início depois que dois adolescentes morreram eletrocutados acidentalmente em uma estação de energia elétrica em Clichy-sous-Bois, subúrbio norte de Paris.
Com agências internacionais
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