Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/11/2005 - 09h02

Israel ataca suposto alvo do Hizbollah no sul do Líbano

Publicidade

da Folha Online

Aviões israelenses lançaram um ataque nesta terça-feira contra um local supostamente usado por membros do Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano], um dia depois que militantes atacaram soldados israelenses que estavam em postos de comando nas fazendas do Chebaa, área fronteiriça entre Líbano, Síria e Israel.

Ontem, o conflito entre membros do grupo e o Exército israelense deixou 11 soldados feridos e quatro militantes. Os confrontos começaram na tarde desta segunda-feira e duraram várias horas, na véspera da festa da independência libanesa.

De acordo com o comunicado do Exército, divulgado nesta terça-feira, os ataques de hoje ocorreram em um vilarejo na fronteira de Abayseh, ao norte da fronteira entre Líbano e Israel. Não há, até o momento, informações sobre vítimas.

O ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, afirmou nesta terça-feira que esse ataque é a maior ofensiva realizada nas fronteiras do Líbano desde 2000, quando o governo de Israel retirou seus soldados do sul do território libanês.

Terroristas

O governo dos Estados Unidos, que considera o Hizbollah uma organização terrorista, condenou os confrontos e disse que Israel deveria responder "de foma comedida" às ações do grupo.

Atualmente, o Hizbollah controla o lado libanês da fronteira com Israel, e é um aliado da Síria no Líbano. Nas últimas semanas, líderes do grupo fizeram diversas críticas à ONU (Organização das Nações Unidas) e à investigação sobre a morte do ex-premiê libanês Rafik al Hariri, morto em 14 de fevereiro passado, após a explosão de uma bomba em Beirute. Investigadores da organização apontaram várias autoridades sírias que estariam envolvidas no assassinato.

O aumento da tensão no sul do Líbano provoca uma vigilância ainda maior sobre a Síria, tanto por parte da ONU como pela própria comunidade internacional. Países como Estados Unidos e Reino Unido defendem a aplicação de sanções contra os sírios, por conta do assassinato de Al Hariri.

Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, Mofaz culpou a Síria e o Irã pelos ataques do Hizbollah, dizendo que a ação do grupo tem por objetivo diminuir a pressão internacional sobre o governo sírio.

"Atrás dos ataques há interesses sírios e iranianos para incendiar a fronteira nordeste e desviar as atenções da Síria", afirmou ele.

Com agências internacionais

Especial
  • Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
  • Leia o que já foi publicado sobre o Hizbollah
  • Leia o que já foi publicado sobre o Exército israelense
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página