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25/11/2005
-
09h00
da France Presse, em Rafah
da Folha Online
O terminal de Rafah, única passagem que liga a faixa de Gaza ao Egito, será declarada aberta nesta sexta-feira durante uma cerimônia que contará com a participação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Na prática, entretanto, a passagem só abre a partir deste sábado, e por quatro horas diárias, informou o jornal israelense "Haaretz".
Segundo a rádio israelense, a abertura dos portões foi atrasada porque os monitores da União Européia (UE), que vão observar a passagem, não estão prontos para iniciar o seu trabalho antes deste sábado.
A reabertura do terminal na fronteira entre os territórios palestinos e o Egito colocará um fim ao isolamento de 1,3 milhão de palestinos que até a retirada das colônias judaicas de Gaza, concluída em 12 de setembro passado, tinham seus movimentos pela região limitados. O Egito é um local de trânsito obrigatório para os palestinos que moram na faixa de Gaza e que desejam viajar para outros países, pois Israel lhes proíbe de passar por seu território, exceto em casos especiais.
A passagem de Rafah e o controle da fronteira entre territórios egípcios e palestinos foi um dos principais obstáculos na aplicação do retirada israelense de Gaza. Para que o planejamento de remoção das colônias judaicas fosse executado, o governo de Israel teve que fazer um acordo com o Egito, e passar o controle militar de Rafah para os egípcios. A partir desta sexta-feira, são os palestinos que controlam a passagem, com a supervisão de monitores da UE.
O cruzamento ficou aberto entre os dias 12 e 14 de setembro passado, logo depois que o Exército israelense saiu da faixa de Gaza. O objetivo da reabertura da passagem foi dar a oportunidade de os palestinos resolverem problemas de caráter humanitário, como o dos doentes e estudantes que devem viajar ao Egito, ou permitir o retorno dos palestinos que ficaram do outro lado da fronteira.
A passagem foi logo fechada porque nem as autoridades egípcias nem a ANP conseguiram controlar a afluência em massa dos palestinos por Rafah.
Acordo
O acordo que permitiu a reabertura da passagem foi concluído no último dia 15, e contou com a participação da secretária americana de Estado, Condoleezza Rice. Segundo o "Haaretz", imagens de Rafah serão transmitidas em tempo real para uma sala de controle, onde ficarão monitores israelenses, palestinos, egípcios e europeus.
O enviado do Quarteto [EUA, União Européia, Rússia e ONU] --grupo que formulou o plano de paz que prevê a criação de um Estado palestino-- James Wolfensohn, agradeceu a Abbas e ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, pelo acordo.
Wolfensohn escreveu, em sua nota de agradecimento aos dois líderes, que a comunidade internacional está a par do teste que implica a abertura de Rafah para as relações entre palestinos e israelenses. Atendendo ao pedido de Rice, afirmou o enviado especial, os Estados Unidos vão trabalhar próximos das duas partes para garantir a implementação do acordo.
Especial
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Leia o que já foi publicado sobre a passagem de Rafah
Acordo permite que palestinos reabram passagem que liga Gaza ao Egito
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da Folha Online
O terminal de Rafah, única passagem que liga a faixa de Gaza ao Egito, será declarada aberta nesta sexta-feira durante uma cerimônia que contará com a participação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. Na prática, entretanto, a passagem só abre a partir deste sábado, e por quatro horas diárias, informou o jornal israelense "Haaretz".
Khalil Hamra/AP |
Palestino espera em Gaza abertura de terminal de Rafah para ir ao Egito |
A reabertura do terminal na fronteira entre os territórios palestinos e o Egito colocará um fim ao isolamento de 1,3 milhão de palestinos que até a retirada das colônias judaicas de Gaza, concluída em 12 de setembro passado, tinham seus movimentos pela região limitados. O Egito é um local de trânsito obrigatório para os palestinos que moram na faixa de Gaza e que desejam viajar para outros países, pois Israel lhes proíbe de passar por seu território, exceto em casos especiais.
A passagem de Rafah e o controle da fronteira entre territórios egípcios e palestinos foi um dos principais obstáculos na aplicação do retirada israelense de Gaza. Para que o planejamento de remoção das colônias judaicas fosse executado, o governo de Israel teve que fazer um acordo com o Egito, e passar o controle militar de Rafah para os egípcios. A partir desta sexta-feira, são os palestinos que controlam a passagem, com a supervisão de monitores da UE.
O cruzamento ficou aberto entre os dias 12 e 14 de setembro passado, logo depois que o Exército israelense saiu da faixa de Gaza. O objetivo da reabertura da passagem foi dar a oportunidade de os palestinos resolverem problemas de caráter humanitário, como o dos doentes e estudantes que devem viajar ao Egito, ou permitir o retorno dos palestinos que ficaram do outro lado da fronteira.
A passagem foi logo fechada porque nem as autoridades egípcias nem a ANP conseguiram controlar a afluência em massa dos palestinos por Rafah.
Acordo
O acordo que permitiu a reabertura da passagem foi concluído no último dia 15, e contou com a participação da secretária americana de Estado, Condoleezza Rice. Segundo o "Haaretz", imagens de Rafah serão transmitidas em tempo real para uma sala de controle, onde ficarão monitores israelenses, palestinos, egípcios e europeus.
O enviado do Quarteto [EUA, União Européia, Rússia e ONU] --grupo que formulou o plano de paz que prevê a criação de um Estado palestino-- James Wolfensohn, agradeceu a Abbas e ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, pelo acordo.
Wolfensohn escreveu, em sua nota de agradecimento aos dois líderes, que a comunidade internacional está a par do teste que implica a abertura de Rafah para as relações entre palestinos e israelenses. Atendendo ao pedido de Rice, afirmou o enviado especial, os Estados Unidos vão trabalhar próximos das duas partes para garantir a implementação do acordo.
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