Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/11/2005 - 15h47

Testemunha do assassinato de Al Hariri morre em acidente suspeito

Publicidade

da Efe, em Beirute

Uma testemunha do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik al Hariri, morto em um atentado a bomba ocorrido em 14 de fevereiro passado, na capital do Líbano, Beirute, morreu em um acidente de trânsito suspeito, segundo a edição de hoje do jornal "An Nahar", que diz que a hipótese de assassinato está sendo investigada.

Nowar Donna, dono de uma loja de telefones celulares em Trípoli, no norte do país, morreu quando seu carro caiu em um precipício junto à estrada que leva à localidade de Btegrin.

Uma pessoa que viajava com ele no banco traseiro do carro também morreu, acrescentou o "An Nahar", afirmando que as forças de segurança libanesa abriram uma investigação por causa da suspeita de que "se trate de um assassinato premeditado".

Donna tinha sido interrogado pelo comitê internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o assassinato de Al Hariri e pelas autoridades judiciais libanesas após ter sido identificado como o vendedor de cinco dos oito telefones celulares usados por vários dos suspeitos nas horas anteriores ao assassinato.

O assassinato de Al Hariri --que foi primeiro-ministro libanês de 1992 a 1998, e depois de 2000 a 2004-- provocou um agravamento da crise sírio-libanesa. Meses antes de ser morto, o líder havia abandonado o cargo, por discordar da forte influência exercida pela Síria sobre o presidente libanês, Emile Lahoud.

O assassinato de Al Hariri --que foi primeiro-ministro libanês de 1992 a 1998, e depois de 2000 a 2004-- provocou um agravamento da crise sírio-libanesa. Meses antes de ser morto, o líder havia abandonado o cargo, por discordar da forte influência exercida pela Síria sobre o presidente libanês, Emile Lahoud.

A tensão entre os dois países levou à intervenção internacional, e à saída dos soldados sírios do Líbano após 29 anos. Militares sírios tinham sido enviados aos territórios libaneses para auxiliar no controle da guerra civil, que eclodira no país entre os anos de 1975 e 1991.

Mesmo com o fim do conflito civil, a Síria se recusou a tirar seus soldados do Líbano, o que ocorreu apenas em abril deste ano, sob forte pressão internacional. Desde então, a oposição libanesa culpa a Síria pela morte de Al Hariri, assim como pelo assassinato do jornalista Samir Kassir, que também era contra a influência síria no Líbano, e pela morte em um atentado a bomba do antigo líder do Partido Comunista libanês, George Hawi, em junho passado.

No mês passado, uma equipe de investigadores da ONU, chefiada pelo promotor alemão Detlev Mehlis, concluiu que há vínculos entre autoridades sírias e a morte de Al Hariri.

O documento afirma que funcionários de alto escalão do governo sírio e do governo libanês estão envolvidos no assassinato do ex-premiê. A investigação estabeleceu que "muitas pistas apontam diretamente para membros da segurança síria".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a crise sírio-libanesa
  • Leia o que já foi publicado sobre Rafik al Hariri
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página