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27/11/2005
-
19h38
da Efe, em Londres
O Ministério da Defesa britânico iniciou uma investigação sobre supostos abusos contra membros dos Royal Marines depois que um vídeo divulgado neste domingo ter mostrado que os recrutas são obrigados a brigar nus. Nas imagens, um deles é chutado até ficar inconsciente.
O Conselho de Investigações Especiais da Polícia Militar será o responsável por esclarecer o assunto, que afeta um comando da Marinha britânica. Segundo o Ministério, o conselho pode apresentar acusações criminais contra os soldados se for confirmado que houve maus-tratos.
"A Marinha está levando estas acusações muito a sério, pois tem uma política de tolerância zero aos abusos e ao assédio", disse um porta-voz em comunicado.
"Se comprovarmos que esta norma foi violada, tomaremos as medidas disciplinares apropriadas", acrescentou o funcionário do Ministério, que garantiu que este tipo de comportamento abusivo "não é comum" nas Forças Armadas britânicas.
O Reino Unido recebeu com surpresa e indignação a publicação das imagens de um vídeo no jornal "News of The World", nos quais um grupo de militares nus aparece assistindo a uma briga entre dois homens em um "ringue" de terra.
Em um momento da filmagem, outros dois soldados entram em cena --um vestido de colegial e outro de cirurgião. Este último, que depois foi identificado como oficial, começa a dar chutes em um dos combatentes, que estava ajoelhado e acaba deitado no chão, supostamente inconsciente.
Aparentemente, isso faz parte de um trote conhecido como os Jogos Olímpicos dos Bebês, na qual os recrutas devem passar por várias provas enquanto os "espectadores" consomem álcool. Segundo o jornal, os atos ocorreram em maio deste ano, em quartéis próximos à cidade de Plymouth, no sul da Inglaterra.
Em declarações ao "News of the World", o soldado que entregou o vídeo, Chris Ryan, explicou que decidiu fazer isso porque é um dos incidentes mais graves que viu e poderia ter causado a morte do jovem. Segundo Ryan, este caso é "apenas a ponta do iceberg" de uma grande quantidade de supostos abusos que acontecem nas Forças Armadas britânicas.
Entre outras coisas, o militar denunciou que os soldados são submetidos a descargas elétricas com eletrodos ligados aos genitais, além de serem obrigados a se arrastar nus por locais cheios de espinhos e saltar das janelas dos quartos e lutar com uma mão atada às costas.
Na entrevista ao jornal, Ryan pergunta como "é possível confiar que as tropas se comportarão de forma profissional e com dignidade em combates e missões de paz se enfrentam este tipo de tratamento".
Segundo o militar, comportamentos assim "deixam uma mensagem errada para as novas gerações: a de que se pode abusar do mais fraco".
O porta-voz de Defesa do Partido Conservador, Adam Incram, afirmou que "este tipo de ato é totalmente inaceitável", e disse que é preciso punir os responsáveis severamente, porque eles contribuem para o surgimento de "uma má reputação das Forças Armadas". O coronel Bob Stewart, um respeitado militar que comandou as forças britânicas na Bósnia, classificou a cena como "horrível" e "absolutamente condenável".
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O Ministério da Defesa britânico iniciou uma investigação sobre supostos abusos contra membros dos Royal Marines depois que um vídeo divulgado neste domingo ter mostrado que os recrutas são obrigados a brigar nus. Nas imagens, um deles é chutado até ficar inconsciente.
O Conselho de Investigações Especiais da Polícia Militar será o responsável por esclarecer o assunto, que afeta um comando da Marinha britânica. Segundo o Ministério, o conselho pode apresentar acusações criminais contra os soldados se for confirmado que houve maus-tratos.
"A Marinha está levando estas acusações muito a sério, pois tem uma política de tolerância zero aos abusos e ao assédio", disse um porta-voz em comunicado.
"Se comprovarmos que esta norma foi violada, tomaremos as medidas disciplinares apropriadas", acrescentou o funcionário do Ministério, que garantiu que este tipo de comportamento abusivo "não é comum" nas Forças Armadas britânicas.
O Reino Unido recebeu com surpresa e indignação a publicação das imagens de um vídeo no jornal "News of The World", nos quais um grupo de militares nus aparece assistindo a uma briga entre dois homens em um "ringue" de terra.
Em um momento da filmagem, outros dois soldados entram em cena --um vestido de colegial e outro de cirurgião. Este último, que depois foi identificado como oficial, começa a dar chutes em um dos combatentes, que estava ajoelhado e acaba deitado no chão, supostamente inconsciente.
Aparentemente, isso faz parte de um trote conhecido como os Jogos Olímpicos dos Bebês, na qual os recrutas devem passar por várias provas enquanto os "espectadores" consomem álcool. Segundo o jornal, os atos ocorreram em maio deste ano, em quartéis próximos à cidade de Plymouth, no sul da Inglaterra.
Em declarações ao "News of the World", o soldado que entregou o vídeo, Chris Ryan, explicou que decidiu fazer isso porque é um dos incidentes mais graves que viu e poderia ter causado a morte do jovem. Segundo Ryan, este caso é "apenas a ponta do iceberg" de uma grande quantidade de supostos abusos que acontecem nas Forças Armadas britânicas.
Entre outras coisas, o militar denunciou que os soldados são submetidos a descargas elétricas com eletrodos ligados aos genitais, além de serem obrigados a se arrastar nus por locais cheios de espinhos e saltar das janelas dos quartos e lutar com uma mão atada às costas.
Na entrevista ao jornal, Ryan pergunta como "é possível confiar que as tropas se comportarão de forma profissional e com dignidade em combates e missões de paz se enfrentam este tipo de tratamento".
Segundo o militar, comportamentos assim "deixam uma mensagem errada para as novas gerações: a de que se pode abusar do mais fraco".
O porta-voz de Defesa do Partido Conservador, Adam Incram, afirmou que "este tipo de ato é totalmente inaceitável", e disse que é preciso punir os responsáveis severamente, porque eles contribuem para o surgimento de "uma má reputação das Forças Armadas". O coronel Bob Stewart, um respeitado militar que comandou as forças britânicas na Bósnia, classificou a cena como "horrível" e "absolutamente condenável".
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