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29/11/2005
-
19h13
da Efe
Com a popularidade em baixa, a influência enfraquecida e a batalha por sua sucessão em 2007 já em andamento, o presidente da França, Jacques Chirac, completa nesta terça-feira 73 anos.
Como de costume, seus colaboradores se reunirão à tarde no escritório do secretário-geral do Palácio do Eliseu para uma pequena reunião informal e oferecer ao presidente um presente, que deve ser uma peça de arte primitiva, da qual é apreciador.
Chirac, que já confessou não ser "um homem de aniversários", se limitou a responder, nesta segunda-feira, a perguntas da imprensa na cúpula euro-mediterrânea de Barcelona, que não julgaria "o peso dos anos", deixando que outros o façam, e que não tem "muito tempo" para pensar em seu aniversário.
Pesquisas
O veterano político, que preside a França há 10 anos, contempla o fim de sua era. Faltam 17 meses para as próximas eleições presidenciais para as quais, apesar de não ter manifestado suas intenções, dá-se por certo que não aspirará a um terceiro mandato.
Basta que Chirac olhe as pesquisas e editoriais para perceber que 2005 encerrou suas possibilidades nas eleições de 2007, se em algum momento elas foram seu objetivo.
Para 72% dos entrevistados pelo instituto CSA em meados de novembro, Chirac não é importante para a política interior, enquanto 60% e 66%, respectivamente, também não o consideram uma figura chave nas políticas européia e a internacional.
Crise
Esse foi um ano difícil para Chirac. Em maio, houve uma crise provocada pela rejeição dos franceses à Constituição Européia no plebiscito convocado pelo presidente.
Em setembro, sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou uma semana no hospital, e sua recuperação o impediu de viajar de avião durante um mês.
Foi um momento simbólico, pois Dominique de Villepin-- que o presidente havia levado à frente do governo em junho-- assumiu a política internacional ao substituir Chirac na cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas).
Internamente, o centro de poder cruzou progressivamente o Sena, do Palácio do Eliseu até a sede do governo, onde Villepin viu crescer sua popularidade e Nicolas Sarkozy se revela como um possível adversário na disputa das eleições presidenciais de 2007.
Confrontos
A progressivo afastamento de Chirac ficou evidente durante a onda de distúrbios que se abateu sobre os subúrbios da França durante três semanas.
Chirac esperou dias para falar "solenemente" aos franceses pela televisão sobre os acontecimento, nos quais viu uma crise de "referentes e identidade" e um "profundo mal-estar".
A crise deu destaque aos erros da política francesa de integração e atingiu a imagem de quem chegou ao Palácio do Eliseu em 1995 para combater a 'fratura social' e foi reeleito em 2002 com o lema da "segurança".
Por causa dos 73 anos de Chirac, a imprensa fala de uma contagem regressiva já iniciada, de um presidente "desgastado" e "fora de jogo", e do fim de um reinado que "parece interminável", como os de Charles de Gaulle ou François Mitterrand.
Enquanto seus partidários pedem que o "deixe em paz ainda um ano e acabar dignamente seu mandato", o líder socialista, François Hollande, nem sequer comenta as ações Chirac porque "já não têm importância".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Jacques Chirac
Em baixa, presidente francês completa 73 anos com discrição
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Com a popularidade em baixa, a influência enfraquecida e a batalha por sua sucessão em 2007 já em andamento, o presidente da França, Jacques Chirac, completa nesta terça-feira 73 anos.
Como de costume, seus colaboradores se reunirão à tarde no escritório do secretário-geral do Palácio do Eliseu para uma pequena reunião informal e oferecer ao presidente um presente, que deve ser uma peça de arte primitiva, da qual é apreciador.
Chirac, que já confessou não ser "um homem de aniversários", se limitou a responder, nesta segunda-feira, a perguntas da imprensa na cúpula euro-mediterrânea de Barcelona, que não julgaria "o peso dos anos", deixando que outros o façam, e que não tem "muito tempo" para pensar em seu aniversário.
Pesquisas
O veterano político, que preside a França há 10 anos, contempla o fim de sua era. Faltam 17 meses para as próximas eleições presidenciais para as quais, apesar de não ter manifestado suas intenções, dá-se por certo que não aspirará a um terceiro mandato.
Basta que Chirac olhe as pesquisas e editoriais para perceber que 2005 encerrou suas possibilidades nas eleições de 2007, se em algum momento elas foram seu objetivo.
Para 72% dos entrevistados pelo instituto CSA em meados de novembro, Chirac não é importante para a política interior, enquanto 60% e 66%, respectivamente, também não o consideram uma figura chave nas políticas européia e a internacional.
Crise
Esse foi um ano difícil para Chirac. Em maio, houve uma crise provocada pela rejeição dos franceses à Constituição Européia no plebiscito convocado pelo presidente.
Em setembro, sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou uma semana no hospital, e sua recuperação o impediu de viajar de avião durante um mês.
Foi um momento simbólico, pois Dominique de Villepin-- que o presidente havia levado à frente do governo em junho-- assumiu a política internacional ao substituir Chirac na cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas).
Internamente, o centro de poder cruzou progressivamente o Sena, do Palácio do Eliseu até a sede do governo, onde Villepin viu crescer sua popularidade e Nicolas Sarkozy se revela como um possível adversário na disputa das eleições presidenciais de 2007.
Confrontos
A progressivo afastamento de Chirac ficou evidente durante a onda de distúrbios que se abateu sobre os subúrbios da França durante três semanas.
Chirac esperou dias para falar "solenemente" aos franceses pela televisão sobre os acontecimento, nos quais viu uma crise de "referentes e identidade" e um "profundo mal-estar".
A crise deu destaque aos erros da política francesa de integração e atingiu a imagem de quem chegou ao Palácio do Eliseu em 1995 para combater a 'fratura social' e foi reeleito em 2002 com o lema da "segurança".
Por causa dos 73 anos de Chirac, a imprensa fala de uma contagem regressiva já iniciada, de um presidente "desgastado" e "fora de jogo", e do fim de um reinado que "parece interminável", como os de Charles de Gaulle ou François Mitterrand.
Enquanto seus partidários pedem que o "deixe em paz ainda um ano e acabar dignamente seu mandato", o líder socialista, François Hollande, nem sequer comenta as ações Chirac porque "já não têm importância".
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